Área Indígena Pyelito Kue, MS: congressistas ficaram chocados com a ‘condição desumana’ vivida pelos guarani-kaiowá.

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Equipe do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (/MS) acompanhou os representantes da comissão externa do Congresso Nacional, em visita à área indígena Pyelito Kue, na fazenda Cambará, em Iguatemi, sul do estado. Os sete congressistas visitaram o acampamento que se tornou mundialmente famoso após uma carta dos indígenas explicando a sua luta pela terra ser interpretada como ameaça de suicídio coletivo.

 

http://www.ecodebate.com.br/2012/12/13/area-indigena-pyelito-kue-ms-congressistas-ficaram-chocados-com-a-condicao-desumana-vivida-pelos-guarani-kaiowa

Em visita à área indígena Pyelito Kue, MS, congressistas falam em etnocídio dos guarani-kaiowá

Integrantes de Comissão do Congresso Nacional ficaram chocados com a ‘condição desumana' vivida pelos guarani-kaiowá

Eles conheceram as condições de vida dos cerca de 170 habitantes do local, um acampamento à beira do Rio Hovy, estabelecido em novembro de 2011. As informações levantadas, assim como aquelas repassadas pelo Ministério Público Federal, irão subsidiar relatório da Comissão, que será entregue à Presidência da República, e será discutido  internamente pela Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Os representantes do MPF informaram os congressistas sobre a possibilidade jurídica para a indenização dos proprietários de terras que forem consideradas indígenas, desde que possuam títulos emitidos pelo governo federal.

Vieram a Mato Grosso do Sul os deputados federais Janete Capiberibe, Penna, Ricardo Tripoli, Sarney Filho, Erika Kokay e Geraldo Rezende, além dos senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Delcídio do Amaral (PT-MS) e Waldemir Moka (PMDB-MS) inicialmente participariam, mas desistiram.

Os integrantes da comissão descreveram a condição dos indígenas como “desumana, inadmissível e absurda situação de confinamento”. Clique nos nomes dos parlamentares para ouvir o depoimento deles sobre a situação dos indígenas em MS: deputado Sarney Filho, deputada Erika Kokay, senador João Capiberibe e senador Randolfe Rodrigues.

Pyelito Kue – Os índios se refugiaram no local que atualmente ocupam depois de ataque de pistoleiros em agosto do mesmo ano. Crianças e idosos ficaram feridos e o acampamento, montado à beira de estrada vicinal, foi destruído. Eles permanecem na área por decisão judicial, até que os trabalhos de identificação da terra indígena sejam concluídos pela .

Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do , cerca de 70 mil pessoas. São cerca de 40 mil indígenas da etnia guarani-kaiowá. Confinados em pequenas reservas e acampamentos de beira de estrada, eless enfrentam os maiores índices de homicídios do país, 140 mortes por 100 mil habitantes.

Os indígenas foram expulsos de suas áreas de origem entre o fim do século XIX e meados do século XX, para a colonização do estado, e confinados em pequenas áreas que não permitiam sua organização social. A partir de 1988, com a promulgação da Constituição Federal, que garantiu a posse indígena sobre as áreas tradicionais, houve um fortalecimento do movimento indígena no estado. A Constituição também determinou que o Ministério Público Federal é o defensor dos direitos dos povos indígenas.

Para saber mais sobre a questão indígena em Mato Grosso do Sul acesse a Revista Tekohá 2 e a Revista Tekohá 3, editada pela Assessoria de Comunicação do MPF/MS.

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