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Bancada ruralista da Câmara pressiona para tirar poderes da Funai.

Deputados da bancada ruralista prometem apertar o cerco contra a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a atribuição do órgão de auxiliar na demarcação de terras indígenas no Brasil. Entre as estratégias para pressionar o governo por mudanças, integrantes da Frente Parlamentar da Agricultura dizem já ter assinaturas suficientes – mais de 180 – para protocolar um pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a Funai, mas ainda não há definição sobre quando isso será feito.

Demarcação inconclusa de terra indígena provoca invasão, conflito e morte no MS.

Um cabo reformado da Polícia Militar (PM) invadiu à cavalo a aldeia Ita’y, na Terra Indígena Lagoa Rica/Panambi, município de Douradina, Mato Grosso do Sul, na última sexta-feira, 12. Armado com revólver e facão, Arnaldo Alves Ferreira efetuou seis disparos contra os Guarani Kaiowá, acertando o indígena João da Silva na orelha. O PM possuía um terreno dentro da área identificada como terra indígena, a cerca de 300 metros da aldeia.

Operação Tapajós: “Os Munduruku não querem guerra”. Entrevista especial com Roani Valle.

“Os Munduruku não querem guerra. Eles querem ser consultados aberta e coletivamente e querem que sua opinião tenha poder vinculante para a interrupção dessas obras”, diz Roani Valle à IHU On-Line, após visitar os indígenas Munduruku contrários à construção do complexo hidrelétrico do Tapajós, no Pará. O antropólogo esteve na aldeia Sawe Muybu no final de março e pôde visualizar a atuação da Força Nacional de Segurança na região. “Fiquei muito assustado com a situação. Tinha conhecimento da Operação Tapajós e sabia da tensão na área, só não imaginava tanto. Presenciei uma incursão noturna na aldeia perpetrada por homens estranhos, não identificados, fazendo algo semelhante ao que batedores fazem, observação sub-reptícia, sondagem, espionagem furtiva; eles atracaram no porto da aldeia por volta das 22h30 do dia 29 de março”, relata em entrevista concedida por e-mail.

“Não somos bandidos”, afirmam povo Munduruku.

Ignorados como se fossem mera paisagem, o povo munduruku continua denunciando o atropelo a seus direitos, nas margens do rio Tapajós, no Pará. Desde a última semana, o governo enviou a Força Nacional à região, para garantir que os estudos de impacto ambiental da hidrelétrica no Tapajós sigam em frente, mesmo sem a consulta aos índios que vivem ali.

MPF diz que Funai não cumpre atribuições para proteger índios afetados por Belo Monte.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) não está cumprindo como deveria as atribuições que tem para defender os índios que serão prejudicados pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, diz o Ministério Público Federal no Pará. Segundo os procuradores federais, falta à Funai “rigor” para cobrar da Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da usina, o cumprimento de diversas condicionantes.

Água mole em terra dura: assentamentos fazem uma pequena revolução no sertão pernambucano.

Petrolina (PE), Santa Maria da Boa Vista (PE) – Faz 40 anos que a chuva não faltou assim em Pernambuco. A seca de 2012, que levou 122 municípios a decretar estado de emergência, matou de fome cerca de 200 mil animais (outros 300 mil foram abatidos antes que a falta de chuva os matasse). Entre os mais de 1 milhão de sertanejos vitimados pela estiagem, os que vivem da roça perderam 100% das lavouras de milho e feijão; e 80% dos açudes e barragens do sertão viraram pó. É o que contabiliza o governo do Estado.

Casaldáliga recebe novas ameaças de morte por defender indígenas no MT.

O bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), d. Pedro Casaldáliga, disse nesta quarta-feira (6) à Carta Maior que está sendo ameaçado de morte por causa de seu apoio aos povos indígenas brasileiros. O bispo denuncia que as comunidades sofrem os efeitos da implementação de projetos não sustentáveis, do ponto de vista do respeito às culturas e ao desenvolvimento participativo.