Mudanças Climáticas (Pág. 18 de 31)

Extremos climáticos na Amazônia.

Seca e cheia são fenômenos naturais na Amazônia, aos quais as comunidades ribeirinhas encontram-se bem adaptadas. Nos últimos anos, porém, esses eventos têm se tornado mais extremos, deixando moradores de locais remotos cada vez mais sujeitos à escassez de água, alimentos e sem acesso a transporte, serviços de saúde ou de ensino.

Mudanças climáticas ameaçam vazão de rios e geração de energia.

A mudança climática ameaça a geração da energia elétrica no Brasil - a vazão de rios pode diminuir entre 20% e 90% ao longo deste século comprometendo a geração de usinas hidrelétricas. O aumento de chuvas em determinadas regiões, que já causa danos à malha rodoviária brasileira, pode forçar a revisão do sistema de drenagem da rede de transportes. As projeções de elevação do nível do mar e do regime de ondas em 2030 e 2050 apontam para a necessidade de readequação dos portos no País. Alguns prontos-socorros e corpos de bombeiros em zonas costeiras estão em áreas de alta vulnerabilidade e correm o risco de ficar inoperantes no caso de eventos climáticos extremos no futuro.

Desmatamento na Amazônia já afeta o clima. Entrevista com Antonio Donato Nobre, INPE.

Embora não se possa provar que a seca na região Sudeste do país já seja uma consequência das mudanças climáticas causadas pelo desmatamento na Amazônia, sabemos que ele afeta o fornecimento de vapor para a atmosfera e prejudica o transporte deste para regiões a jusante dos rios aéreos. E sabemos que o Sudeste é receptor e dependente da umidade exportada como serviço ambiental pela floresta amazônica. A afirmação é do pesquisador Antonio Donato Nobre, cientista do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), autor do relatório O Futuro Climático da Amazônia, lançado no final do ano passado.

Degelo e pouca neve no Ártico deixam cientistas alarmados.

Temperaturas recordes no Alasca, cobertura de neve abaixo da média no Ártico e degelo excessivo no verão da Groenlândia foram observados este ano por cientistas, despertando novas preocupações sobre o aquecimento global. O Arctic Report Card, desenvolvido por 63 cientistas em 13 países e atualizado a cada ano desde 2006, foi divulgado nesta semana na reunião da União Geofísica Americana, em São Francisco (Califórnia, EUA).