Se estamos vendo que em tão pouco tempo, desde os fatídicos anos da ditadura que criou e incentivou a devastação da Amazônia, 20% se foram, imagina-se o restante em quanto tempo não desaparecerão levando seus Rios Voadores.
Notícias incontestáveis como essa é que leva o mundo a vibrar com a mudança de governo federal brasileiro. O tal roubo do futuro já está se tornando de presente a um passado irreversível. Mas ainda existe a Amazônia, a grande esperança de amenizar o clima planetário. Que deve ser cuidada sempre.
Sempre vale a pena escutar essa jovem tão intensa na proteção de todos os futuros e todas as gerações. Sua amorosidade por si e por todas é infinita. Ah! Se a escutássemos com o mesmo amor!
Artigo reflexivo que nos mostra saídas para a emergência climática, partindo de uma visão civilizatória de um país irmão, o Uruguai, por sua simplicidade e temperança nas lidas da vida.
Tanto o Polo Sul como o Polo Norte, mostram o que estamos provocando globalmente em nossa, inconsciente, submissão à doutrina dos ‘fantasmas famintos’: nada sacia nossa fome de devastação!
Não tão lentamente como se previa, a emergência climática se torna cada vez mais explícita e a humanidade, passiva e talvez impotente, não fazendo nada.
E o mais incrível é que a autoridade máxima de nosso país diz, internacionalmente, que a Amazônia não pega fogo porque é uma floresta úmida! E que os focos de incêndio são de caboclos que não sabem agir com ele. Irônico ou venal?
Estamos vivendo muito além do que ainda sonhávamos que fossem só sinais. Agora são as evidências incontestáveis da miséria humana que esse tempo da história da humanidade, nos escancaram, sem pejo nem dó.
Até quando iremos ser irresponsáveis e inconsequentes com o futuro também de cada um de nós? Sem falar, é lógico, nos nossos descendentes?
Deve-se mostrar quem são os ‘mandantes’ dos crimes que se praticam, ambientalmente. Aqui se desvela que ‘negócio é negócio’, não importa para quê, nem para quem.
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino
