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Atual modelo de desenvolvimento não é eficiente na produção de trabalho decente, diz relatório.

As indústrias responsáveis por cerca de 80% das emissões de dióxido de carbono empregam pouco mais de 8% da força de trabalho nos países industrializados, segundo o relatório Rumo ao Desenvolvimento Sustentável: Oportunidades de Trabalho Decente e Inclusão Social em uma Economia Verde. O levantamento, divulgado ontem (31), mostra que o atual modelo de desenvolvimento não tem mais eficiência na geração de emprego e trabalho decente no mundo.

“Ainda há solução” – Achim Steiner, Diretor Executivo do PNUMA.

Enquanto aproxima-se a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), entre 20 e 22 de junho no Rio de Janeiro, proliferam as dúvidas sobre a viabilidade de uma “economia verde”. Especialistas, ativistas e políticos estão divididos com relação ao que é necessário para tirar do ponto morto as negociações internacionais com vistas a uma redução nas emissões de carbono, causadoras da mudança climática.

Os desenganos da austeridade. Artigo de Luiz Gonzaga Belluzzo.

“As políticas de redução do dispêndio e de aumento de impostos produziram resultados contrários ao previsto”, constata Luiz Gonzaga Belluzzo, professor titular do Instituto de Economia da Unicam, em artigo publicado no jornal Valor, 02-05-2012. Segundo ele, “o mundo se curva às façanhas e peripécias da razão cínica, aquela que organiza os postulados da ortodoxia financeira. O Banco Central Europeu, proibido de financiar os governos, está autorizado, numa conjuntura de desalavancagem e redução do gasto agregado, a facilitar a fuga de capitais, fomentar a preferência pela liquidez e estimular as manobras especulativas dos gestores da riqueza financeira.

Difícil, mas não há outro caminho.

“Pena que num momento como este nossa presidente da República atribua a “fantasias” as críticas de vários setores à construção de hidrelétricas como Belo Monte e outras amazônicas e diga que essas elucubrações distantes da realidade não serão discutidas na Rio+20. Porque, na sua visão, as críticas partem de quem acredita que o desenvolvimento ocorrerá apenas com energia solar (abundante) e eólica (já a preços competitivos) – até porque, segundo ela, não é possível “estocar vento”, escreve Washington Novaes, jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 13-04-2012.