Na região Sul do Brasil, celeiro agrícola do país, o regime de chuvas não é mais o mesmo das últimas décadas. Santa Catarina, por exemplo, viveu sete anos de estiagem nos últimos dez anos – embora os cientistas ainda não possam afirmar categoricamente se a alteração foi causada por mudanças no clima. “Mas é, sem dúvida, uma anomalia. Temos que prestar atenção. E a ciência é responsável por buscar a causa dessas anomalias”, disse Carlos Nobre, do Ministério de Ciências e Tecnologia, em conversa com a DW Brasil.
Energia
Especialistas sugerem medidas para produção alimentar sem aumentar as emissões e a destruição de florestas.
O mundo se encontra diante de um gigantesco desafio: aumentar a produção de alimentos sem destruir a natureza nem piorar o aquecimento global. O problema, dizem os cientistas, é que a humanidade já chegou muito perto de seu limite seguro. O planeta abriga hoje 7 bilhões de pessoas, e a produção atual seria capaz de nutrir entre 8 bilhões, segundo estimativas mais conservadoras, e 10 bilhões, para os mais otimistas.
Belo Monte e as muitas questões em debate. Entrevista especial com Ubiratan Cazetta.
“Belo Monte compromete, de maneira irreversível, a possibilidade das gerações presentes e futuras de atenderem suas próprias necessidades. Apesar de ser um debate novo no judiciário brasileiro, o direito da natureza e das gerações futuras é objeto de pelo menos 14 convenções e tratados internacionais, todos ratificados pelo Brasil, além de estar presente na Constituição Federal”, afirma o procurador da República do Estado do Pará.
Grupo mostra que mudança climática já causa problemas na Amazônia.
Uma compilação de estudos de cientistas brasileiros e do exterior aponta que a expansão agropecuária e as mudanças climáticas já causam distúrbios na bacia amazônica – principalmente na borda da floresta, nos estados do Pará, Rondônia e Mato Grosso.
Tim Flannery: os chefes corporativos poderiam ser presos pelos subornos e irregularidades no exterior.
O representante australiano para mudanças climáticas e autor de um novo livro Here on Earth fala à Matilda Lee sobre os verdadeiros princípios de Gaia, o poder da internet e o por quê os tratados sobre o clima legalmente vinculados serem inúteis.
Os impactos das grandes represas, por Efrén Diego Domingo.
O relatório final do Comitê Mundial de Represas, apresenta ampla evidência de que as grandes represas não conseguem produzir a electricidade projetada, fornecer a água requerida nem prevenir os prejuízos por inundações na extensão informada pelos promotores. Além disso, estas obras superam normalmente orçamentos de custos e de tempo de construção. Além de produzirem graves danos ambientais e estes se traduzirem em grave impacto que repercute sobre os direitos humanos das pessoas e das comunidades afetadas.
‘Salvemos as sementes e os cultivos tradicionais’. Entrevista com Vandana Shiva.
Vandana Shiva dirige o Centro para a Ciência, Tecnologia e Política dos Recursos Naturais de Dehradun, na Índia, e está entre as principais especialistas internacionais em ecologia social. Ativista, política e ambientalista, ganhou o Right Livelihood Award, o prêmio Nobel alternativo da Paz em 1993, e o City of Sydney Peace Prize em 2010. Ela escreveu inúmeros livros sobre as questões ambientais, alguns traduzidos ao italiano.
“Se a ciência não estiver presente no Código Florestal é porque os congressistas não quiseram escutar”.
Quando esta entrevista acabava de ser editada, o Código Florestal estava sendo aprovado no Senado, já quase no fim do dia 6 de dezembro. Há menos de uma semana, o secretário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e professor do departamento de ciência florestal da Universidade Federal Rural de Pernambuco José Antônio Aleixo da Silva nos explicava por que a comunidade científica não queria que o Código Florestal fosse votado agora e também alertava sobre problemas com consequências sérias para a população, como a medição equivocada das áreas de preservação permanente no leito dos rios.
Indústria do alumínio: A floresta virada em pó.
Reportagem produzida pelo Núcleo Amigos da Terra Brasil mostra casos de destruição social e ambiental que empresas transacionais provocam nos Estados do Pará e Maranhão, onde está concentrada mais de 80% da bauxita explorada no Brasil. O alumínio é uma das principais commodities brasileiras e o país é o 6º produtor mundial do metal, atrás da China, Rússia, Canadá, Austrália e EUA. O Brasil possui a terceira maior jazida de bauxita do mundo e é o quarto maior produtor mundial de alumina.