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“Eu, bispo, escoltado por causa das minhas lutas ‘verdes’ na Amazônia”.

Foi um bispo da Amazônia que o Papa Francisco escolheu como consultor para escrever a encíclica sobre ecologia, que será publicada dia 18 de junho. Dom Erwin Kräutler, austríaco, bispo ativo há mais de 50 anos no Brasil, conta pela primeira vez em um livro a sua vida: Eu ouvi o grito da Amazônia. Direitos humanos e criação. Minha luta como bispo (Editrice Missionaria Italiana).

Estados assumem meta de zerar desmate ilegal da Mata Atlântica.

Secretários de Meio Ambiente de 14 dos 17 Estados da Mata Atlântica assinaram a carta conjunta “Nova História da Mata Atlântica”, documento proposto pela Fundação SOS Mata Atlântica que apresenta o compromisso desses Estados em ampliar a cobertura florestal nativa e perseguir o desmatamento ilegal zero no bioma até 2018.

Nas águas dos oceanos, esplendor e dramas.

“O estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) atribui aos oceanos um valor econômico global de US$ 24 trilhões – o que corresponde à riqueza produzida em um ano pelos países mais desenvolvidos. Só que a “exploração excessiva”, a “má gestão” e o clima constituem uma “ameaça cada vez maior” (27/4/2015). O rendimento econômico advindo dos oceanos – US$ 2,5 trilhões por ano – está próximo do PIB britânico (US$ 2,9 trilhões) e do brasileiro (US$ 2,2 trilhões)”, escreve Washington Novaes, jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 19-06-2015.

Espuma com mais de 3 metros de altura cobre leito do Rio Tietê.

Os 16 mil moradores de Pirapora do Bom Jesus, na região metropolitana de São Paulo, surpreenderam-se nos últimos dias com o volume de espuma que cobriu o Rio Tietê e tomou as ruas da cidade. Com mais de 3 metros de altura, a camada de espuma chegou até a porta de algumas casas. O fenômeno é frequente nesta época do ano, quando as chuvas diminuem e o problema da poluição no rio se agrava (junho de 2015).

Alertas de desmatamento mais que dobram.

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou na quinta-feira (18) os resultados de seu Sistema de Alertas de Desmatamento na Amazônia Legal (SAD) de maio, reafirmando a tendência de aumento do desmatamento no bioma. No mês passado foram registrados alertas em uma área de 389 km², destruição 110% maior que a identificada em maio de 2014.

Luzes e sombras nas plantas.

Jorge Casal foi premiado por demonstrar que as plantas “veem” e distinguem se as vizinhas são “parentes” através de receptores de luz chamados fitocromos. Este conhecimento serve de fundamento para o desenvolvimento de estratégias que impactem na produtividade de cultivos em grande escala. Jorge Casal é pesquisador do Conicet, chefe do Laboratório de Fisiologia Molecular de Plantas do Instituto Leloir e trabalha, além disso, no Instituto de Pesquisas Fisiológicas e Ecológicas Vinculadas à Agricultura (Ifeva, UBA-Conicet). Em laboratórios que mais parecem viveiros repletos de estantes com fileiras de plantas em vasos, Casal faz experimentos buscando decifrar os efeitos da luz e da sombra nas plantas. Suas pesquisas têm a finalidade de melhorar a produtividade agrícola: para isso, pesquisa os mecanismos de resposta à luz das plantas.

A absurda poda anual.

Todos os anos, no inverno, repete-se, na maioria de nossas cidades, um fenômeno desconhecido em outras paragens. Há várias décadas fixou-se entre nós uma inexplicável tradição que consiste na mutilação pura e simples de nossas árvores urbanas, tanto nas ruas como nos jardins. Muitas vezes no campo, junto às casas de fazendas ou de colonos, pode ver-se o mesmo descalabro. A esta mutilação é dado o nome de “poda”. O tratamento geralmente é aplicado aos cinamomos, jacarandás e plátanos, às vezes aos ligustros e extremosas, raras vezes com outras espécies como umbus, paineiras ou guapuruvus. Os maus-tratos são tais que muitas vezes as árvores pouco a pouco vão se acabando. No caso do cinamomo, ouve-se dizer que a árvore é de curta vida, mas ninguém se dá conta que tal fato se deve justamente às repetidas e contínuas mutilações. Um cinamomo não mutilado certamente viverá centenas de anos.

José Lutzenberger ensina a poda correta e como cuidar das árvores.

No começo de sua luta ambientalista, José Lutzenberger ficava abismado com o péssimo estado das árvores urbanas. Ao longo de mais de três décadas, o ecologista fez inúmeras tentativas para melhorar este aspecto nas cidades: escreveu textos alertando e aconselhando, enviou cartas aos responsáveis nas mais diversas esferas das administrações públicas.