Produtos químicos encontrados em itens de uso cotidiano, como pasta de dente, sabonete e protetor solar, além de brinquedos de plástico, estão causando infertilidade em homens, aponta uma nova pesquisa da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. Eles alterariam padrões de comportamento dos espermatozoides e dificultariam sua penetração no óvulo (nt.: Destaque de que este pesquisador citado na matéria o Dr. Skakkebaek APARECE DE FORMA DESTACADA NO VÍDEO AGRESSÃO AO HOMEM DE 1995 – presente no site -, dizendo exatamente isso … ou seja, confirma o que vem demonstrando há, 20 ANOS!! Só que na notícia não aparece de que estas moléculas além de serem xenestrogênicas, são também obesogênicas e fizeram, nos últimos 30 anos, os níveis de autismo caírem nas estatísticas do ‘1º mundo’ de UMA PARA CADA 30 MIL crianças para UMA EM CADA 66, por gerarem efeitos neurológicos que são quase irreversíveis, caso não detectados e tratados nos dois primeiros anos de vida do neonatal).
http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/quimicos-presentes-em-pasta-de-dente-protetor-solar-sabonete-podem-causar-infertilidade-12460984
COPENHAGUE – Os cientistas sustentam que esse foi o primeiro estudo a comprovar o efeito de substâncias artificiais na fertilidade masculina. Segundo eles, um em cada três produtos químicos encontrados em itens de uso doméstico afetam o comportamento dos espermatozoides.
— Pela primeira vez conseguimos mostrar uma ligação direta entre a exposição aos desreguladores endócrinos de produtos industriais e os efeitos adversos na função do espermatozoide humano — disse Niels Skakkebaek, professor do hospital da Universidade de Copenhague, ao “Independent”.
O estudo mostra que, ao serem expostos aos produtos, os espermatozoides apresentam menor potência de nado e antecipam a liberação de uma enzima necessária para sua penetração no óvulo. Os cientistas acreditam também terem conseguido mostrar que existe um “efeito coquetel”, quando várias substâncias trabalharam juntas para afetar a fertilidade.
— Na minha opinião, os nossos resultados mostram claramente que devemos nos preocupar, já que alguns desreguladores endócrinos são possivelmente mais perigosos do que se pensava anteriormente. No entanto, vamos ver em estudos clínicos futuros se os nossos resultados podem explicar a redução da fertilidade em casais, muito comum na sociedade moderna.
Em artigo publicado na revista da Organização Europeia de Biologia Molecular (Embo, na sigla em inglês), Skakkebaek afirma ter desenvolvido uma nova maneira de testar o impacto desses produtos químicos no esperma humano. Segundo ele, isso vai permitir que as autoridades regulatórias decidam quando proibir ou restringir o uso de determinados produtos.
A pesquisa foi parte de uma investigação mais ampla sobre os chamados desreguladores endócrinos, produtos químicos que há vários anos têm sido associados com a diminuição do número de espermatozoides e a infertilidade masculina.
Cerca de 30 dos 96 produtos químicos encontrados em manufaturados de uso doméstico apresentaram efeito direto sobre uma proteína do espermatozoide, que controla a sua capacidade motora e a liberação da enzima que auxilia a sua penetração no óvulo.
— Em fluidos do corpo humano, não se encontra alguns poucos produtos químicos particulares, mas um coquetel de químicos bastante complexo, com muitas substâncias de desregulação endócrina diferentes e em concentrações muito baixas. Nós tentamos imitar essa situação em nossas experiências — contou Timo Strünker, outro autor da pesquisa. — Quando misturados os produtos do coquetel, apesar da concentração extremamente baixa de seus ingredientes, provoca grandes e consideráveis respostas no esperma. Assim, as misturas (químicas) complexas cooperam para interferir na função do esperma. Isto não havia sido mostrado anteriormente.
Alguns pesquisadores acreditam que esses produtos químicos imitam o hormônio sexual feminino, estrogênio, ou, em alguns casos, inibem o androgênio, um dos hormônios sexuais masculinos.
Os desreguladores endócrinos são consumidos em larga escala ao redor do mundo, seja pela ingestão de alimentos e bebidas contaminados com eles ou pela absorção através da pele, no caso do protetor solar e do sabão.