Fincados na caatinga do semiárido pernambucano, em terras secas por onde andou o cangaceiro Lampião, estão os povos indígenas Truká e Pipipan. Vivem nas proximidades do Rio São Francisco, respectivamente nas cidades de Cabrobó e Floresta, distantes 94 quilômetros uma da outra e a cerca de 600 quilômetros da capital Recife.
Terras ancestrais
Madeireiros são expulsos de reserva dos índios Awá no Maranhão.
Tratores desfazem construções, cercas e estradas. Após uma intensa campanha internacional, tudo o que foi erguido ilegalmente por madeireiros e fazendeiros está sendo removido das terras pertencentes aos índios da etnia Awá-Guajá, no interior do Maranhão. As tropas da Força Nacional acompanham as ações de despejo que devem ser cumpridas até o dia 9 de março. Na última segunda-feira (24), expirou o prazo de 40 dias dado pela Justiça Federal para que os invasores da reserva homologada em 2005 deixassem o local de forma voluntária.
Ministério quer que Funai esclareça dúvidas sobre demarcação de terra indígena.
Questionamentos a respeito dos critérios usados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para identificar uma área no sul da Bahia como território indígena levaram o Ministério da Justiça a devolver o processo administrativo e pedir esclarecimentos à entidade, paralisando o processo de demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença.
Controverso, plantio de dendê no Brasil triplica em 4 anos.
Em quase quatro anos, a área ocupada por dendezais no Brasil triplicou: os 50 mil hectares de 2010 saltaram para os atuais 160 mil hectares. Deste total, cerca de 10 mil hectares são geridos pela agricultura familiar. Só o estado do Pará concentra 95% dessa área, aponta o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Denúncia da APIB: Deputado ruralista diz que quilombolas, índios e homossexuais são ‘tudo o que não presta’ e incita violência.
Um vídeo gravado em audiência pública com produtores rurais, em Vicente Dutra (RS), registra discursos de deputados da bancada ruralista estimulando que agricultores usem de segurança armada para expulsar indígenas do que consideram ser suas terras.
Paraguai: Fazendeiro brasileiro despreza pedido para parar de destruir floresta de índios isolados.
Em um encontro raro entre a tribo Ayoreo, o Ministro do Meio Ambiente do Paraguai, e um fazendeiro brasileiro responsável pela destruição em grande escala da terra ancestral da tribo, o fazendeiro rejeitou o pedido dos Ayoreo para parar de destruir sua floresta, o último refúgio de seus parentes isolados.
Os discursos e estratégias contra as demarcações de terras dos povos indígenas e quilombolas no Rio Grande do Sul, por Roberto Antonio Liebgott.
Nos discursos disseminados nos meios de comunicação, especialmente por autoridades, os problemas causados pelas demarcações são explicados basicamente a partir de três argumentos: o primeiro afirma haver interesses de grupos estrangeiros nas terras indígenas e isso explicaria o empenho de ONGs e entidades indigenistas (de assessoria aos índios) na defesa das demarcações. O segundo afirma que se trata de muita terra para os “índios”, porque estes “não trabalham” e/ou porque arrendam as terras que possuem. O terceiro argumento, e certamente o mais contundente, reitera que não se pode, a pretexto de demarcar terras para índios, cometer injustiças com os agricultores que “produzem” alimentos para a população.
Empresas apoiam renovação da moratória da soja.
Após duras negociações, a moratória da soja foi renovada no dia 31 de janeiro até dezembro de 2014. Criada em 2006 como resultado de uma campanha liderada pelo Greenpeace, ela estabelece a não comercialização de soja oriunda de fazendas envolvidas em desmatamento na Amazônia após julho daquele ano, e assim ajuda a impedir a destruição da floresta.
No Pará, indígenas apreendem máquinas e expulsam garimpeiros.
A noite mal havia chegado quando índios da etnia Munduruku atracaram na ribanceira de um garimpo localizado no Rio da Tropas, afluente do Rio Tapajós, na região oeste do Pará. Das cinco voadeiras, todas lotadas, saíram guerreiros, guerreiras e crianças, todos com um objetivo: expulsar garimpeiros ilegais da terra dos Munduruku.
A volta da ditadura: governo Dilma militariza Terra Indígena Tupinambá.
A história de violência vivida pelo povo Tupinambá nas décadas de 1930 e 1940, se repete na Serra do Padeiro, sul da Bahia. Apesar do regime hoje ser democrático e, desde 1988, a Constituição Federal assegurar, de modo claro e assertivo, os direitos dos povos indígenas às suas terras tradicionais, ao invés de finalizar o processo demarcatório e solucionar definitivamente esta questão, a opção do governo Dilma foi a de enviar a Polícia Federal e a Força Nacional para a área indígena. Durante as duas últimas madrugadas (29 e 30 de janeiro), os Tupinambá, que permanecem no mato após a reintegração de posse das fazendas Sempre Viva e Conjunto São José, foram alvos não só de armas de fogo, mas também de granadas, segundo eles mesmos relataram.