Frutas da Mata Atlântica
Frutas da Mata Atlântica. Mesmo nas grandes cidades é possível experimentar algumas dessas delícias.
Frutas da Mata Atlântica. Mesmo nas grandes cidades é possível experimentar algumas dessas delícias.
Em 2015, o processo administrativo que reconheceu o direito do povo Manoki ao seu território tradicional debutou. A identificação da área ocorreu em 2000. Desde 2008, quando a Terra Indígena (TI) Manoki foi demarcada, os indígenas aguardam uma assinatura da presidência da República para ver sua terra homologada, dando segurança jurídica a quem deseja ter condições de usufruir em paz de seu território e também definindo a situação dos não indígenas que exploram parte dos 206 mil hectares de floresta amazônica, no noroeste de Mato Grosso. Indenizar quem ocupou a área de boa-fé no passado, em decorrência de incentivos do próprio governo, é direito defendido também pelos Manoki. Mas, enquanto nada acontece, a situação torna mais complexa a relação entre populações vizinhas que sofrem, no campo, com carências em comum. Os maiores desmatamentos ocorridos nos últimos anos na TI Manoki concentram-se justamente na divisa com o Projeto de Assentamento (PA) Tibagi, no norte da terra indígena.
“Agora nos damos conta do paraíso em que vivemos”, reconheceu Darcírio Wronski, líder dos produtores de cacau orgânico na região onde a rodovia Transamazônica cruza a bacia do rio Xingu, no norte do Brasil. Além do cacau, em seus cem hectares ele cultiva banana, cupuaçu (Theobroma grandiflorum), abacaxi, maracujá (Passiflora edulis) e outras frutas, nativas ou não.
A onda de cortes em gastos previstos no Orçamento deste ano, que deve ultrapassar a R$ 70 bilhões, pode colocar em risco a manutenção de áreas protegidas no Brasil. O ajuste fiscal promovido pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff poderá atingir em cheio a sobrevivência de unidades de conservação (UCs). Esta tem sido a grande preocupação do biólogo americano Philip Fearnside radicado no Brasil há quatro décadas. “Sabemos que o meio ambiente não é prioridade para o governo. E os cortes vão agravar essa situação”, alerta o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Membro da Academia Brasileira de Ciências, ele estuda questões ambientais na Amazônia brasileira desde a década de 70 e foi um dos cientistas que ganharam o Prêmio Nobel da Paz pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007.
O que acontece com uma área de floresta 35 anos após a primeira colheita das árvores comerciais? Essa resposta, ainda inédita no Brasil, começa a ser dada pela Embrapa Amazônia Oriental após o início do segundo ciclo de corte em uma área de pesquisa na Floresta Nacional do Tapajós, no oeste do Pará. Os dados são animadores, pois apontam para a regeneração da floresta em volume, mas atentam à necessidade de planos de manejo que visem à manutenção das populações de todas as espécies arbóreas, garantindo maior diversidade e rentabilidade.
A cadeia produtiva da soja na Amazônia avançou com acordos para reduzir o desmatamento, como a moratória da soja, que suspendeu a compra de soja vinda de novas áreas desmatadas. Agora ela está pronta para dar o próximo passo: zerar a ilegalidade, adequando todas as propriedades ao Código Florestal.
De acordo com o brasileiro Bráulio Dias, secretário executivo da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), aprovação de projeto em tramitação no Congresso pode trazer consequências negativas para o Brasil e restringir direitos de povos indígenas e tradicionais.
O turismo ecológico – quando empreendido em escala moderada e seguindo regras que preservem os ecossistemas visitados – é um excelente instrumento de conservação, por gerar renda para comunidades que, na ausência de outras opções, estariam obrigadas a caçar, derrubar florestas e expandir áreas cultivadas. Mas qual, exatamente, a dimensão do ecoturismo em áreas protegidas? E quanto dinheiro ele deixa nas regiões visitadas? Estudo publicado ontem na revista científica PLOS Biology apresentou a primeira valoração econômica dessa indústria em nível global.
Os alimentos ecológicos advindos das agroflorestas recebem um incremento. Trata-se da Agroindústria Frutos da Vida, iniciativa coletiva da Cooperafloresta(Associação dos Agricultores Agroflorestais de Barra do Turvo/SP e Adrianópolis/PR), que está processando produtos advindos das agroflorestas para compor o cardápio dos brasileiros. A iniciativa está sendo apoiada pelo Projeto Agroflorestar, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental.
Em tempos de falta de água nas torneiras, um técnico agropecuário tem dedicado seus dias a percorrer escolas, associações e comunidades na Grande São Paulo para repassar um conhecimento útil: como coletar água de chuva.
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino