Desenvolvimento sustentável (Pág. 2 de 3)

‘É preciso reinserir a ética no centro do debate econômico’.

Na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que começa nesta quarta-feira, o mundo discutirá a transição para uma economia verde, mas talvez o debate devesse ir muito além disso, num processo do qual emergisse um novo arranjo s social que pusesse a ética no centro da vida econômica. A proposta, do economista da USP Ricardo Abramovay, está em Muito Além da Economia Verde, livro que ele lançou na semana passada para jogar mais lenha na fogueira às vésperas da Rio+20.

O falso verde, artigo de Míriam Leitão.

Em tempos de construção de imagem verde para o mundo ver, o governo tem dito que está incluindo o econômico na questão ambiental. Não é verdade. Se incluísse, determinaria às montadoras o desenvolvimento de motores mais eficientes ao usar o álcool; os bancos públicos fariam exigências de respeito às leis ambientais na concessão dos empréstimos; os impostos seriam reduzidos para produtos e energia de fato sustentáveis.

Atual modelo de desenvolvimento não é eficiente na produção de trabalho decente, diz relatório.

As indústrias responsáveis por cerca de 80% das emissões de dióxido de carbono empregam pouco mais de 8% da força de trabalho nos países industrializados, segundo o relatório Rumo ao Desenvolvimento Sustentável: Oportunidades de Trabalho Decente e Inclusão Social em uma Economia Verde. O levantamento, divulgado ontem (31), mostra que o atual modelo de desenvolvimento não tem mais eficiência na geração de emprego e trabalho decente no mundo.