Saúde: Estudo descobre que o uso prolongado do celular afeta uma glândula salivar

Foto de alvarogonzalez no Envato

https://www.ehn.org/cell-phone-parotid-gland

Equipe de Ciências da Saúde Ambiental

16 mai 2025

[NOTA DO WEBSITE: Apesar das inquestionáveis facilidades que essa tecnologia traz às comunicações entre as pessoas, proporciona também outras ‘facilidades’ por ser um processo que atentam sobre os processos naturais dos corpos vivos. Assim como facilmente se adere à ela, facilmente deveríamos todos cuidar principalmente das crianças e dos jovens que não sabem ainda o que essa ‘facilidade’ ‘facilita’ aspectos prejudiciais aos nossos organismos. Ela definitivamente não é inócua como aparece nas propagandas!].

Um estudo recente publicado no International Journal of Risk & Safety in Medicine  examinou o impacto da exposição à radiação do telefone celular na glândula parótida, a maior das glândulas salivares principais.

Resumidamente:

  • A glândula parótida está localizada perto da orelha, logo abaixo da pele, o que a coloca bem perto de onde normalmente se segura um celular.
  • Indivíduos que usaram por mais de três anos apresentaram alterações na função da glândula parótida, incluindo aumento na produção de saliva, maior pH da saliva e aumento de marcadores de estresse oxidativo associados a danos celulares.
  • Alguns desses efeitos foram mais pronunciados no lado da cabeça onde o telefone era normalmente segurado, principalmente em indivíduos com menos de 3 anos de uso, sugerindo respostas bioquímicas precoces ligadas à duração da exposição.
  • Os autores do estudo recomendam precauções simples — como distanciar o telefone da cabeça e limitar a duração das chamadas — para reduzir a exposição à radiação do celular.

Citação principal:

“As recomendações de saúde pública devem incentivar a redução de conversas de longa duração e o uso de fones de ouvido para minimizar a exposição [à radiação eletromagnética não ionizante].”

Por que isso é importante:

A glândula parótida desempenha um papel vital na saúde bucal e até mesmo mudanças sutis em sua função podem sinalizar inflamação subjacente na glândula. Estudos anteriores em animais relataram inflamaçãodano tecidual e alterações bioquímicas nas glândulas parótidas de ratos expostos à radiação sem fio. Apesar dos apelos científicos para fortalecer as diretrizes de segurança e das crescentes evidências de danos causados ​​pela exposição prolongada à radiação de telefones celulares, as regulamentações de segurança dos EUA permanecem inalteradas desde 1996 — muito antes do uso onipresente de telefones celulares. Vários grupos médicos, incluindo a Academia Americana de Pediatria e o Departamento de Saúde da Califórnia, recomendam distanciar o telefone do ouvido e da cabeça.

Theodora Scarato, Diretora do Programa de Rádio e Campos Eletromagnéticos (EMF) da Environmental Health Sciences, observou que testes dos governos americano e francês  demonstraram que os celulares podem exceder os limites de radiação quando usados ​​próximos ao corpo. “Os celulares ainda são legalmente permitidos no mercado porque as normas americanas desatualizadas não exigem testes de radiação em posições de contato corporal na vida real”, disse ela. “Os EUA devem assumir um papel de liderança na modernização das regulamentações de segurança para melhor proteger a saúde pública.”

Cobertura EHN relacionada :

Mais recursos:

Jacob, Reuben et al. para o International Journal of Risk & Safety in Medicine. 12 de maio de 2025

Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, maio de 2025

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