Euronews Verde
11/09/2023
[NOTA DO WEBSITE 1: Infelizmente todo o texto abaixo, ao tratar da possibilidade de haver ainda nesse ano, dezembro de 2023, a reavaliação e provavelmente a proibição de todas as substâncias que estão nos produtos de consumo e que são, inquestionável e cientificamente, comprovadas como verdadeiramente tóxicas a todos os seres vivos, incluindo os humanos, CAIU POR TERRA! Para se saber o porquê, ler o link, publicado nesse website em novembro pp].
[NOTA DO WEBSITE 2: Incrível como a Humanidade em seu epicentro ideológico atual, Europa, aspirava uma esperança de, talvez pela primeira vez, dar um basta ao seu próprio paradigma de seu supremacismo branco: a arrogância de ser o portador de todas as verdades. No caso, está na sua presunção de que todas as suas ‘descobertas’, principalmente via moléculas sintéticas, sempre estariam corretas e justas. Mas a realidade das três últimas décadas tem trazido exatamente o contrário. Nunca todos os habitantes do Planeta estiveram tão ameaçado pela mão humana do que agora, pelos efeitos da permanente enxurrada dessas substâncias em todos os planos. Da atmosfera mais longínqua ao mais profundo dos abissais oceânicos. E como contraditório são as corporações com seus CEOs, acionistas e cientistas corporativos que implodiram, inclusive politica e economicamente, a esperança dessa humilde reviravolta paradigmática].
Um novo relatório expõe a ameaça “urgente” dos químicos eternos/forever chemicals presente nos agrotóxicos, ao mesmo tempo que apela por uma regulamentação mais rigorosa da União Europeia.
Dezenas de substâncias utilizadas em agrotóxicos, na Europa, são “químicos eternos/forever chemicals”, revela uma nova investigação.
A porta do estábulo está lentamente se fechando para os PFAS – substâncias alquílicas per ou polifluoradas produzidas pelo homem que persistem no meio ambiente por um tempo incrivelmente longo.
A UE está preparada para restringir a sua utilização e eliminá-los gradualmente com uma revisão do seu regulamento REACH que rege os produtos químicos. Faz parte de uma prometida “grande desintoxicação” de substâncias perigosas.
Mas isto não se aplica aos agrotóxicos – e isso é um grande problema, segundo as ONG Générations Futures e Pesticide Action Network (PAN) Europe.
“É chocante descobrir que os PFAS, com os seus impactos ambientais duradouros, são intencionalmente pulverizados nos campos e nos alimentos”, afirma Angeliki Lysimachou, chefe de ciência e política da PAN Europa. “Dados todos os riscos identificados, a sua utilização deve parar imediatamente.”
Um novo relatório conjunto das duas ONG concluiu que 37 substâncias ativas atualmente aprovadas para utilização em agrotóxicos são PFAS. Isso equivale a 12% de todas as substâncias sintéticas aprovadas.
Por que os PFAS nos agrotóxicos são um problema?
Os PFAS são uma causa crescente de preocupação pública. Pesquisas recentes revelaram descobertas chocantes – como a notícia de que a água da chuva em quase todos os lugares da Terra contém níveis inseguros de químicos eternos/forever chemicals.
Esta poluição tem muitas fontes potenciais, desde fábricas de produtos químicos até espumas de combate a incêndios.
Os agrotóxicos, no entanto, parecem ter passado despercebidos. Muitas pessoas não sabem que os produtos comerciais e princípios ativos dos agrotóxicos podem ser PFAS e usados para mantê-los eficazes por mais tempo.
A investigação aprofundou a sua utilização em França, onde constatou que 30 substâncias ativas atualmente autorizadas para utilização em agrotóxicos eram PFAS. As vendas destas substâncias mais do que triplicaram desde 2008, atingindo 2.332 toneladas em 2021.
(NT.: “Pensava que os PFAS somente terminavam nos rios pela poluição industrial… Merda, eles são pulverizados regularmente na agricultura com os agrotóxicos …“)
Nossa análise dos 10 agrotóxicos com #PFAS mais vendidos na #France mostram que as substâncias presentes nos agrotóxicos com PFAS são persistentes e tóxicos, mas eles escapam pela brechas existentes na regulamentação de agrotóxicos #pesticide.
Analisando os documentos de autorização dos 10 agrotóxicos mais vendidos que contêm PFAS, os investigadores descobriram que a grande maioria destes produtos químicos permanece no ambiente.
O flufenaceto e o diflufenicano da Bayer são as substâncias mais vendidas, afirma o PAN Europa, com dados alemães do Gabinete Federal de Proteção do Consumidor e Segurança Alimentar (BVL) a sugerirem o mesmo crescimento dramático na Alemanha.
Há preocupações de que estejam contaminando as águas subterrâneas em França. As ONG também estão soando o alarme sobre possíveis “efeitos coquetel” da mistura de produtos químicos, que alegam não estarem sendo avaliados – embora os produtos comercializados por vezes contenham vários PFAS diferentes.
A UE proibirá os PFAS em agrotóxicos?
A UE está planejando restringir a utilização dos chamados químicos para sempre na Europa, mas os agrotóxicos PFAS foram excluídos do âmbito desta restrição. O principal argumento é que estas substâncias já estão abrangidas e suficientemente regulamentadas pela regulamentação dos agrotóxicos, afirmam as ONG.
De acordo com este regulamento, eles são autorizados na UE e não devem causar efeitos adversos aos seres humanos nem efeitos inaceitáveis no ambiente. Apesar disso, o relatório revela que os venenos agrícolas nocivos continuam a ser aprovados para utilização na produção de alimentos.
“É urgente proibir esta fonte de poluição de PFAS. Deveriam ser incluídos na restrição de PFAS que está atualmente sendo preparada a nível europeu”, defende Salomé Roynel, responsável política do PAN Europa.
“Isso levará tempo, por isso precisamos imediatamente de uma melhor implementação da regulamentação sobre agrotóxicos. Propomos aplicar o princípio da precaução exigido por lei e proibir todos os agrotóxicos com PFAS, agora.”
“O objetivo é impedir que as pessoas e o ambiente fiquem permanentemente expostos a estes poluentes. Não deve haver exceção para eles”, acrescenta Pauline Cervan, toxicologista e líder do projeto Générations Futures.
A Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) e a Associação Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) foram contatadas para comentarem essas observações.
Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, dezembro de 2023.