Polivinil Cloreto (PVC)

O PVC é usado para canos e instrumentos plásticos de uso médico e cirúrgico.

PREOCUPAÇÃO SOBRE SAÚDE AMBIENTAL E PRODUTOS TÓXICOS QUÍMICOS ONDE VIVEMOS, TRABALHAMOS E TEMOS LAZER E/OU BRINCAMOS

https://toxtown.nlm.nih.gov/text_version/chemicals.php?id=84

O que é o polivinil cloreto (PVC)?

Polivinil cloreto (PVC) é uma resina plástica sem odor e sólida. Comumente é branca, mas pode ser incolor ou âmbar. Pode se apresentar tanto como pó ou como peletes. O PVC é um polímero feito a partir do monômero (nt.: poli ou mono=muitos ou um; mero=parte) vinil cloreto (nt.: razão pela qual nos EUA este produto é muito mais conhecido como vinyl – pronúncia váinel -, o mesmo do disco de ‘vinil’, do que como no Brasil, PVC). A fórmula química do monômero é C2H3Cl. O polímero PVC, então, é um composto formado por muitas moléculas do monômero vinil cloreto que, conectadas todas juntas, formam o polímero (C2H3Cl)n.

O PVC pode ser mais macio ou mais flexível pela adição de plastificantes como os ftalatos (phthalates) (nt.: sugerimos que leia, por exemplo, Os Ftalatos e os riscos sobre a saúde. São Prejudiciais?). O bisfenol-A (Bisphenol A/BPA) (nt.: sugerimos que leia, por exemplo – Bisfenol A-BPA, por Ana Soto) também é empregado para fazer produtos plásticos de PVC. Além disso, o polímero PVC contém altos níveis de cloro (chlorine).

Esta resina plástica é usada para fazer canos e tubulações, de todos os tipos, para uso doméstico e público, conexões e acessórios para encanamentos, canalizações e conduítes, pisos e revestimentos vinílicos. É empregado para cobrir os fios e cabos de cobre ou não, usados em todos os lares, materiais de embalagem, filmes plásticos para embrulhar alimentos e outros, calhas, cercas, bocas de lobo, batentes de portas e janelas, paredes e divisórias, mangueiras de irrigação e de jardins, botas e calças para pescar, macacão para motoqueiros se protegerem da chuva, lonas de caminhão, juntas e colas, isolamento elétrico, revestimento para papéis e tecidos, chinelos, sapatos, partes do corpo de bonecas, brinquedos infantis,  revestimentos de piscinas e tetos, sistemas de irrigação agrícola e de jardins, partes e peças automotivas, materiais impermeabilizantes, produtos cintilantes, cortinas de banheiro, esteiras de piso etc.

Quando se emprega os ftalatos para o produto final ficar flexível, o PVC é usado para alguns equipamentos médicos, incluindo bolsas intravenosas (nt.: conhecidas nos EUA pela sigla –IV), bolsas de sangue, tubulação para sangue e ar, tubos de soro e de alimentos, cateteres, partes de equipamentos de diálise e tubulação de marcapasso cardíaco. Os ftalatos são usados nos produtos plásticos de PVC como mangueiras de jardins e outros usos, brinquedos infantis infláveis como piscinas, colchões e travesseiros, além de outros produtos de uso direto em contato com o corpo (nt.: destacamos que ainda se tem no Brasil mordedores infantis que vão direto à boca das crianças ao saírem os dentes).

Produtos de consumo feitos com PVC incluem capas de chuva, brinquedos, solas de sapato, ‘blackouts’, talheres e cobertura para estofar cadeiras e sofás, proteção de carpetes e tapetes, sacolas plásticas, capas de DVDs e cartões de crédito.

A maioria das moléculas do monômero de vinil cloreto produzida nos EUA é destinada para fazer formar o polímero PVC.

Como poderemos estar expostos ao PVC?

Podemos estar expostos ao PVC desde comendo algo que foi embrulhado em filme plástico até bebendo água que foi contaminada com a tubulação ou o vasilhame feito de PVC. Em casa, temos os encanamentos de PVC, os pisos e forros feitos com ele (nt.: conforme consta em antigo polígrafo, da década de 80 ou 90, do curso de especialização em petroquímica da UFRGS, a partir de 23ºC, estes plastificantes, ftalatos e outros, desprendem-se das resinas), além de tudo o que tem esta resina, como botas ‘de borracha’ para chuva e lidar na área agrícola, nas botinhas das crianças para irem para escola, etc (nt.: no RS, existem, ou existiram recentemente, propostas de se construir casas populares totalmente feitas com esta resina).

Podemos estar expostos ao PVC no espaço exterior se tomarmos banho em uma piscina inflável desta resina plástica, sentarmo-nos em cadeiras plásticas (nt.: ou usarmos nas crianças boias infláveis) feitas de PVC e pisarmos sobre piso externo deste material. Se vivemos no campo, podemos ficar expostos se nos alimentarmos com o que foi irrigado com água dispersa por um sistema feito de plástico desta resina.

Da mesma forma se formos pacientes em um hospital que use tubulações e/ou equipamentos médicos feitos com PVC.

No trabalho, nossa exposição ao PVC pode acontecer se trabalhamos numa fábrica que produz tubos e suas conexões feitas de PVC, se fabricarmos produtos de construção, de vários tipos, em que usem esta resina. Mais ainda se trabalhamos numa fábrica que produz o vinil cloreto, o bisfenol-A ou o ftalato. Assim se formos um encanador, operário de obras, trabalhador da construção civil, um profissional hospitalar (nt.: e se for profissional de UTI?), trabalhador agrícola ou mesmo um trabalhador de uma fábrica ou montadora de automóveis e até mesmo se for um mecânico.

Como o PVC afeta nossa saúde?

A exposição ao PVC, muitas vezes, inclui contato com ftalatos que são usados para deixar a resina flexível e pode trazer efeitos adversos de saúde.

Em razão do PVC conter pesadamente cloro, as dioxinas (dioxins) são liberadas durante a fabricação, incineração e mesmo a disposição em aterros, dos produtos de PVC. A contaminação às dioxinas (nt.: ver quaisquer dos acessos – https://nossofuturoroubado.com.br/busca/?q=dioxinas) podem gerar problemas e ser a causa de efeitos sobre o sistema reprodutivo, do desenvolvimento e de outros aspectos ligados à saúde em geral. E pelo menos uma das componentes da família das dioxinas, é considerada como sendo carcinogênica.

O PVC é feito com as moléculas do monômero vinil cloreto (nt.: usamos normalmente a sigla MVC), que está listado como carcinogênico (nt.: destaque dado pelo tradutor) no XIV Relatório sobre Carcinogênicos (Fourteenth Report on Carcinogens) (nt.: encontro ocorrido em novembro de 2016) publicado pelo Programa Federal de Toxicologia (National Toxicology Program, ver o link: https://cfpub.epa.gov/ncea/iris2/chemicalLanding.cfm?substance_nmbr=1001).

As dioxinas, os ftalatos e o BPA são suspeitos de serem disruptores endócrinos (endocrine disruptors) (nt.: ver quaisquer dos acessos – https://nossofuturoroubado.com.br/busca/?q=disruptores%20end%C3%B3crinos), sendo químicos que podem interferir tanto com a produção como com a atividade dos hormônios no sistema endócrino humano (nt.: e de todos os outros animais). A conhecida pela sigla ‘TCDD’ (nt.: dioxina de Seveso, ver A morte em Ingelheim) está listada como um carcinogênico humano e o ftalato conhecido como ‘di(2-etilhexil) ftalato’ (nt.: ver Exposição aos Ftalatos e o Neurodesenvolvimento das Crianças: Uma Revisão Sistemática.) está listado como “antecipado de ser razoavelmente carcinogênico humano” (“reasonably anticipated to be a human carcinogen”) também citado no XIV Relatório mencionado acima.

A contaminação por PVC através da poeira (nt.: ver – Conexão entre o PVC, o Feto e a Obesidade. ) poderá causar asma e afeta os pulmões.

Caso tenhamos ideia que nossa saúde possa ter sido afetada por exposição ao PVC, contactemos algum profissional da área médica que se conheça.

Para situações emergenciais de envenenamento ou por questões sobre possível venenos, contacte o Centro de Intoxicação Toxicológica de sua região (nt.: pelo que consta, infelizmente no Brasil, estes aspectos toxicológicos ligados ao PVC não estão tendo o mesmo destaque que nos EUA. Ausência do consumidor consciente!)

Estas descrições estão baseadas em informações detectáveis na internet em websites que tratam sobre este tema.

Mais Links e Dados
Polyvinyl Chloride. Haz-Map (National Library of Medicine)
Polyvinyl Chloride. Hazardous Substances Data Bank (National Library of Medicine)
PVC – A Major Source of Phthalates (New Jersey Department of Human Services)

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Última atualização: Agosto 23, 2017.

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, novembro de 2017.