Pesticidas põem colônias de zangões em risco;

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Pesticidas agrícolas estão matando zangões e prejudicando a habilidade deles para se alimentar. Assim, colônias vitais para a polinização das plantas podem vir a não desempenhar as suas tarefas, mostrou um estudo divulgado neste domingo (21).

 

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/10/22/88244-pesticidas-poem-colonias-de-zangoes-em-risco.html

As Nações Unidas estimam que um terço de toda a alimentação baseada em vegetais depende da polinização das abelhas, e cientistas têm se mostrado perplexos pela redução do número de abelhas principalmente na América do Norte e na Europa, em anos recentes.

No estudo divulgado neste domingo, cientistas britânicos afirmaram que expuseram colônias de 40 zangões, abelhas maiores do que as mais comuns, aos pesticidas neonicotinoide e piretroide durante quatro semanas, em níveis semelhantes aos que se dão nos campos.

Os neonicotinoides são produtos químicos semelhantes à nicotina usados para proteger uma série de culturas de gafanhotos, pulgões e outras pragas.

“A exposição aumenta a mortalidade, o que reduz o desenvolvimento e o sucesso da colônia”, escreveram os cientistas num artigo na revista científica Nature. Exposição a uma combinação de dois pesticidas “aumenta as chances da colônia fracassar”, de acordo com os pesquisadores da Universidade de Londres.

Um relatório das Nações Unidas de 2011 estimou que as abelhas e outros polinizadores, como besouros e pássaros, realizam um trabalho que valeria 153 bilhões de euros por ano.

“Acho que o declínio das abelhas é como um quebra-cabeças, com provavelmente um monte de peças para serem encaixadas. Essa é provavelmente uma peça muito importante”, afirmou à Reuters Richar Gill, autor principal da pesquisa.

Parasitas – Num outro comentário, na Nature, Juliet Osborne, da universidade britânica de Exeter, disse que o estudo mostra a necessidade de se entender todos os fatores que podem contribuir para prejudicar as abelhas e suas colônias.

“Por exemplo, ainda não temos uma demonstração convincente dos efeitos relativos dos pesticidas nas colônias em comparação com os efeitos dos parasitas”, escreveu.

Richard Gill apoiou a recomendação da autoridade europeia de segurança alimentar por mais testes em diferentes espécies. De acordo com ele, estudos anteriores examinaram o impacto de pesticidas nas abelhas em si, e não nas colônias. Zangões formam colônias de algumas dúzias, enquanto outras abelhas formam colônias de milhares.

“Efeitos em uma abelha podem ter uma importante repercussão na colônia. Essa é a novidade do estudo”, declarou.

(Fonte: Portal Terra)

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1 comentário

  1. – Embora eu seja um produtor de soja, também já fui produtor de mel, e a soja seja uma culturas que não necessita de abelhas para a fecundação,ou seja, sua polinização não é cruzada, não sou um insano, como alguns entre outros, que vêem uma cultura ou princípio ativo como o único, acredito que com toda a pesquisa e tecnologia existente, dentro dos órgãos governamentais e privados, podemos chegar a uma conclusão sobre o problema da extinção ou diminuição de população em colmeias. Também acredito em algo que possa estar dizimando as mesmas, este foi um dos motivos pelos quais fui desestimulado na produção apícola, e acredito que devam ser efetuados estudos com os princípios suspeitos e também os não suspeitos, a fim de elucidar a interferência ou não dos ativos sobre a população de abelhas, e não somente estas, mas outros polinizadores. Afinal sem os polinizadores, não há produção sustentável, mesmo com toda a tecnologia existente no momento, precisamos deles(os polinizadores) e se alguma empresa não necessita deles, talvez seja porque não se utiliza de alimentos e então pode estar se alimentando de reais, Dólares ou coisa assim, enquanto os polinizadores, detentores da tecnologia natural e perfeita da polinização, podem estar se alimentando do resultado de seus investimentos e pesquisas tecnológicas(princípios ativos). E não me convencem as alternativas de citar lindas frases em rótulos de embalagens, pois poucos consumidores lêem as bulas, e sim são orientados por um receituário agronômico, formulado por um profissional, que em muitos momentos, fica sem alternativa do que receitar, sem contar o modo de,como fiscalizar isso a campo. È praticamente impossível identificar os momentos em que não ocorrem os danos a natureza das abelhas, pois dependendo da cultura isso se arrasta por um longo tempo do ciclo. Teríamos então que avisar as abelhas ou trabalhar uma tecnologia de repelência as mesmas, dentro da formulação desses ativos, que sejam comprovadamente prejudiciais através de estudos sérios e conclusivos, a fim de não cometer mais os mesmos erros, pois placas, bulas, ou legislações não são compreendidas por polinizadores, e talvez não queiram ser compreendidas pelos demais elos da cadeia, principalmente os que se utilizam dos ativos como fonte de renda e solução única dos seus problemas, os mesmos por vezes ignoram ou se esquecem que toda cadeia somente se sustentará, na presença dos polinizadores,pois de outra forma, ainda desconheço tecnologia que os substitua no momento, se tratando de cultivos extensivos em macro-escala , portanto a proteção e sustentação dos mesmos vivos e em forma, é a base da discussão, outras medidas e normativas serão somente instrumentos ou ferramentas para que o principal se constitua .