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“Os lobbies industriais vão se opor com todas as suas forças à transição ecológica”

10 de novembro de 2021 by Luiz Jacques

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Joseph Stiglitz Livro

http://www.ihu.unisinos.br/614283-os-lobbies-industriais-vao-se-opor-com-todas-as-suas-forcas-a-transicao-ecologica-entrevista-com-joseph-stiglitz

Eugenio Occorsio

05-11-2021

Entrevista com o Prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz: “Se bem administrada, a transição pode ser transformada em uma grande oportunidade para novos empregos e novo desenvolvimento“.

A entrevista é de Eugenio Occorsio, publicada por Repubblica, 05-11-2021. A tradução é de Luisa Rabolini. 

“Será difícil. O que está sendo discutido em Glasgow é a maior e mais sacrossanta operação econômica que a humanidade tem que enfrentar. Mas temo a oposição ferrenha, bem financiada e contínua dos lobbies industriais que se opõem à descarbonização com todas as suas forças, pelo menos nos prazos discutidos. Principalmente aqui nos EUA”. Joseph Stiglitz, nascido em 1943, é um dos mais prestigiosos, mas também dos mais combativos economistas do mundo: ele lutou ativamente contra as desigualdades, os monopólios, os grandes rentistas e até mesmo as altas finanças na época do Ocupy Wall Street. Ele ganhou o Prêmio Nobel em 2001 por suas análises implacáveis sobre a assimetria das informações que circulam na bolsa de valores, obviamente em detrimento dos pequenos acionistas, e transformou a “Iniciativa para o diálogo político“, o think-tank sobre desenvolvimento internacional por ele fundado em 2000 na Universidade de Columbia, num ponto de referência para “todos os economistas que desafiam a moral convencional”.

Eis a entrevista. 

Mais uma batalha, professor, com que esperanças?

Bem, o simples fato de todos, ou quase todos, os grandes líderes mundiais terem se exposto tanto e discutido dias e dias sob os holofotes, indica a consciência alcançada sobre a gravidade da situação e da urgência das intervenções. Igualmente fortes, porém, são, como eu dizia, as forças que trabalham contra. E que, se não conseguirem interromper a transição ecológica, correm o risco de conseguir, de uma forma ou de outra, socializar as suas perdas. A história está cheia de exemplos desse tipo.

A atitude frequentemente ambivalente da China, em um momento de fortes tensões com os Estados Unidos, poderá minar o processo, aliás, os próprios problemas geopolíticos serão um obstáculo?

Não acredito, a China também está duplamente ameaçada porque corre o risco de ficar isolada do ponto de vista econômico e banalmente porque sufoca com uma poluição atmosférica muito pesada. Um acordo é realmente do interesse de todos. Claro, é preciso mediar sobre os tempos.

Jeremy Rifkin fala de uma “terceira revolução” depois daquela industrial e dos serviços web. Concorda com isso?

Como em todas as revoluções também há quem a vive mal e, sobretudo, quem faz de tudo para a boicotar a fim de defender os próprios interesses. Sem falar na influência dos fatores políticos internos: Biden está tão enfraquecido que não consegue aprovar o plano de infraestrutura de mais de um trilhão que seria essencial para a transição nos EUA.

Você escreveu um livro, “Globalização e seus malefícios” com os erros na abertura mundial dos mercados, erros que levaram ao Brexit, a Trump, a Orbán e a todos os soberanismos. Que lições devemos tirar disso?

Temos que cuidar de todos os aspectos do processo, não deixar ninguém para trás. Isso é direcionado a todos os governos e instituições internacionais: até mesmo os supervisores financeiros, o Fed e o BCE, deveriam estar envolvidos no direcionamento cuidadoso dos financiamentos e na rejeição de outros. Além disso, há o aspecto “teórico”: o Fundo Monetário ainda não abandonou a filosofia neoliberal que tantos danos causou na Rússia, Argentina, Europa, porque esperar que quem está em dificuldade que reduza ainda mais as despesas só pode levar a consequências desastrosas. Uma questão que é mais válida do que nunca nesta circunstância em que países, ricos e pobres, precisam de enormes financiamentos para realizar a transição. Até mesmo o Banco Mundial (do qual Stiglitz foi economista-chefe na década de 1990, antes de ingressar na equipe de Clinton, ndr) deve concentrar suas intervenções ainda mais na sustentabilidade ambiental. Se bem administrada, a transição pode se transformar em uma grande oportunidade de novos empregos e novo desenvolvimento, em que talentos bem estimulados dão o seu melhor, e toda a estrutura econômica mundial vive um momento de enorme energia, renovação, determinação. Só assim, e não seria pouco, entregaremos aos nossos filhos e netos – que o pedem com toda veemência – um mundo melhor.

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