Namíbia – o genocídio acobertado

Namíbia Genocídio

País africano que se localiza na costa atlântica, onde várias etnias, dentre eles os herero, os nama, os khoisan entre outras, viviam por milhares de anos, nesta. região do continente. Consta que teriam saído daí, do povo que chamamos de bosquímanos, os grupos que formaram todos os povos do planeta.

Mas no século XIX com o esquartejamento do continente africano, pelas potências europeias, na Conferência de Berlim de 1885, a Alemanha passa a administrar o território do sudoeste africano que correspondia ao atual território da Namíbia.

Porém o massacre que sofreram os nama e herero ocorreu entre 1904 e 1908, quando a Namíbia era a colônia Sudoeste Africano Alemão. A campanha militar alemã levou ao extermínio de homens, mulheres e crianças, como resultou na pilhagem das suas terras e haveres com autorização explícita das autoridades. O massacre foi precedido por uma insurreição dos dois grupos étnicos contra os colonos que ocupavam cada vez mais terras tribais, e as práticas racistas e discriminatórias introduzidas pela potência colonial. Durante décadas, a Alemanha negou a classificação dos massacres como “genocídio”. Apenas no ano de 2016, o Governo alemão admitiu oficialmente de que, realmente, se trata de um genocídio. Dizem muitos que foi a ante-sala do que depois aconteceu na década de 40, com os judeus e outras etnias.

Entre 1904 e 1907, os herero e os nama se revoltaram contra o domínio alemão: em resposta, os alemães realizaram o seu genocídio. O domínio alemão durou até a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Com a derrota alemã, a União Sul-Africana (atual África do Sul) obteve o mandato da Liga das Nações para administrar o território. Porém, em 1945, a União Sul-Africana não o substituiu por um mandato da Organização das Nações Unidas (a organização internacional que sucedeu a Liga das Nações nesse ano), ficando a ocupar o território ilegitimamente como se fosse uma quinta província sul-africana (na época, a União Sul-Africana era dividida em quatro províncias).

Abaixo está um documentário que nos mostra, com detalhes, e uma excelente participação de estudiosos, o que realmente se passou neste canto africano.