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Mudança em andamento.

27 de outubro de 2011 by Luiz Jacques

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Fazer a tecnologia da informação ser mais justa para todos. Este é, em português, o mote da campanha Make IT Fair (For People Everywhere), que envolve diversas ONGs europeias. A campanha busca conscientizar o consumidor, trazendo informação sobre a procedência e caminhos dos materiais usados em celulares, computadores e games.

 

http://blogs.estadao.com.br/link/mudanca-em-andamento/
23 de outubro de 2011

 

Por Camilo Rocha

ONGs e indústria criam iniciativas para tornar a exploração de minérios mais transparente

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No site da Make IT Fair (http://makeitfair.org/) há tópicos como as más condições de trabalhadores de telefônicas na Índia e dos operários da Foxconn, empresa chinesa que produz os iPhones da Apple. A Make IT Fair é apoiadora do filme Blood In the Mobile.

Sediada em Amsterdã, na Holanda, a ONG Somo é uma das principais agentes por trás da campanha. Tim Steinweg, especialista em mineração da Somo, conversou com o Link por telefone sobre o trabalho da entidade e alguns avanços recentes conseguidos.

Steinweg conta que, desde as filmagens de Blood In The Mobile, a situação das minas congolesas pouco mudou. “As grandes minas, como a que aparece no filme, continuam em atividade. Informes dão conta de que a presença de grupos armados diminuiu, mas pode ser que estejam apenas operando de maneira mais discreta.”

Com a atenção que a situação do Congo ganhou nos últimos anos, a retração dos grupos armados faz sentido. A aprovação da lei norte-americana Dodd-Frank, que inclui uma cláusula exigindo que empresas não usem os chamados “minérios de conflito”, fez empresas do setor nos EUA e Europa riscarem o Congo da sua lista de compras.

Segundo Steinweg, apesar da boa intenção, o resultado foi desastroso para a economia da nação africana. “Com medo, as empresas passaram a boicotar todos os minerais do Congo, de todas as áreas do país. Este não é o melhor caminho, pois prejudica toda a sociedade congolesa.”

(Clique na imagem para ampliá-la)

Mesmo assim, o especialista comemora o fato de que esse tipo de legislação introduziu na pauta das empresas o monitoramento dos materiais que usam. “Isso em si foi uma vitória”, diz.

Rastreamento. Um dos resultados da nova postura é que duas entidades que reúnem empresas do setor – a Coalizão de Cidadania da Indústria Eletrônica (Eicc, na sigla em inglês) e a Iniciativa de E-sustentabilidade global (Gesi) – lançaram no fim de 2010 um programa para barrar, após a extração do metal, o fornecimento de matéria-prima de áreas de conflito.
Na fase inicial da cadeia produtiva, o mineral é encaminhado a fábricas produtoras de metal chamadas “smelters”.

Steinweg conta que no mundo há poucos “smelters” (e quase todos ficam na Ásia) processando matérias-primas que vão para a indústria eletrônica. “Isso torna o monitoramento muito fácil de fazer”, explica.

Para se ter uma ideia do alcance do programa, basta olhar a lista de membros da Eicc e da Gesi em seus respectivos sites: nomes como Nokia, Motorola, Verizon, Sony, Telefonica, Ericsson, Microsoft, Dell, Acer, Foxconn, Philips, entre muitas outras.

Mas, como observa Steinweg, isso resolve apenas uma questão bem específica, a dos minérios de regiões de conflito (em outras palavras, da República Democrática do Congo) e que há quatro anos vem sendo divulgada por campanhas como a Make IT Fair. Há ainda que se ressalvar que está se falando aqui praticamente só de empresas com sede no Ocidente desenvolvido. Ou seja, nada de China, Índia e Brasil, entre vários outros grandes mercados consumidores.

O especialista três outras regiões com outros tipos de problema: “A mineração de platina na África do Sul tem entrado em conflito com comunidades locais. Na Indonésia, a extração do estanho tem causado sérios problemas ambientais. E as minas de cobalto na Zâmbia e em outra região do Congo, no sul do país, tem ocorrências de trabalho infantil.”

Depois de saber de tudo isso, o consumidor final tira o celular do bolso e olha com culpa para ele. Como fazer para não compactuar? “É muito difícil, todas essas empresas são iguais no fundo. Mas o que nos costumamos recomendar é: primeiro, não troque de celular todo ano. Se cada vez menos gente fizer isso, haverá menos demanda pelos minérios. Segundo, se certifique de que um produto descartado é reciclado de maneira correta, uma vez que esses minerais podem ser facilmente reutilizados”, explica o especialista.

“E terceiro, use seu poder de consumidor, sua voz! Aja com cidadania. Participe de campanhas, e abaixo-assinados que peçam transparência das empresas. Descubra o Twitter do CEO dessas empresas e vá lá cobrar diretamente”, acrescenta.

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Leia mais:
• Tecnologia, consumo e dor
• ‘Deixei uma câmera na mão dos meninos’, diz diretor de ‘Blood In The Mobile’
• Fabricantes dizem pressionar fornecedores
• ‘Link’ no papel – 24/10/2011

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Arquivado em: Ecologia, Notícias Marcados com as tags: Celulares, Globalização

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Comentários

  1. neri hetor zanette diz

    29 de outubro de 2011 em 9:41

    Apesar de vivermos no seculo 21, o progresso técnológico , utilizando o meio ambiente, saude espiritual e humana, não chega devido a vaidade dos homens.
    só uma grande desgraça da anatureza, alertará o homen para a mudança, ou seja o ser humano , tem que ser tocado, para mudar.
    e dai advem a falta de respeito para saude e meio ambiente.

    ABS.

    NERI HEATOR ZANETTE

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