Brasília – Mães fazem mamaço na Estação do Metrô de Samambaia para superar o preconceito contra amamentar em público e incentivar a doação de leite materno (Elza Fiuza/Agência Brasil)Elza Fiuza
https://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2021/05/27/chemicals-causing-birth-defects.aspx
Analysis by Dr. Joseph Mercola
May 27, 2021
Resumo da história
- Dados em um pequeno, mas diverso grupo de mulheres lactantes constatou-se estarem com seus leites 100% contaminados com PFAS (nt.: ou seja, os notórios ‘forever chemicals‘=químicos para sempre. NUNCA ESQUECER QUE ESSA É MOLÉCULA DO TREFLON), alguns em níveis 2.000 vezes mais altos do que o recomendado como seguro para água potável;
- A informação da indústria se contrapõe, afirmando que a nova geração de PFAS (nt.: per- e polifluoralquil substâncias) não se bioacumulam nos tecidos humanos e sugere que a bioacumulação está cada vez pior;
- Quando o primeiro alimento do bebê está contaminado com químicos tóxicos, seja o leite materno, fórmulas infantis ou água potável usada na formulação, aumenta o risco nos desafios ao longo da vida, incluindo obesidade e diabetes tipo 2;
- Recusar produtos manufaturados com esses plastificantes – PFASs – e considerar a multiplicidade de benefícios do aleitamento materno tanto para o bebê como para a mãe, incluindo a imunidade natural e a redução da síndrome da morte súbita infantil e a recuperação mais rápida do parto de dos níveis maiores quedas de doenças cardiovasculares da mãe.
No século XX, cientistas desenvolveram um grupo de substâncias químicas sintéticas complexas, chamadas de substâncias per- e polifluoraquil (nt.: em inglês = per- e polyfluoroalkyl substances/PFASs). Na década passada, pesquisadores detectaram de que esses químicos contaminam as águas tratadas e o ambiente.1 Os dados atuais mostram níveis alarmantes deles no leite materno.2 [Nota do nosso website: no livro de Theo Colborn, Our Stolen Future, que inspirou nosso trabalho, mostra que um fato muito semelhante ocorreu com as mães esquimós Inuit das Ilhas Svaldbard, na proximidade do Ártico. Não queriam aleitar seus filhos pelos altos índices de PCBs e assim preferiam dar café aguado do que seu leite para não prejudicarem seus filhos. Os PCBs chegavam pela cadeia alimentar, através das focas e dos ursos polares].
As propriedades dessas substâncias incluem serem repelentes a óleos e à água, resistência à temperatura e redução ao atrito, à fricção. Especialistas estimam que existem mais de 10.000 desses ‘forever chemicals‘ (nt.: químicos para sempre),3 dos quais a totalidade de seus efeitos ainda são ainda desconhecidos.
Entre eles os mais amplamente conhecidos, da família dos PFASs, são o ácido perfluoroctanoide (nt.: em inglês = perfluorooctanoic acid/PFOA) e o sulfonato perfluoroctano (nt: em inglês = perfluorooctane sulfonate/PFOS), ambos associados com cânceres de rins e testicular.4 Essa família de químicos é também conectada aos distúrbios do sistema endócrino e um grande volume de problemas em pessoas que vivem em comunidades em que a água tratada está fortemente contaminada por eles.
Dos 10.000 forever chemicals, a corporação transnacional , 3M, concordou em parar a fabricação do PFOS em 2002 e a outra transnacional, DuPont, começou a banir o PFOA em 2005.5 No entanto, com alguns ajustes na química dessas moléculas, as corporações começaram a fabricar uma nova geração das PFASs com estrutura química similar.
As propriedades das PFAS torna-os úteis em tecnologia aeroespacial, fotografia, construção civil e itens do dia a dia como produtos feitos de papel e utensílios culinários não aderente.
Com uso negeralizado, atrasos no abandono de seu uso e os conhecidos efeitos de persistência e bioacumulação dessa família de químicos, gerou um problema ambiental, em grande parte porque alguns desses ‘forever chemicals‘ podem levar mais de 1.000 anos para se degradarem.6
Níveis assustadores de ‘Forever Chemicals‘ detectados no leite materno
Destacado estudo foi publicado no Environmental Science and Technology, no qual pesquisadores dizem ser o primeiro em 15 anos que analisa as PFAS em um grupo de mulheres lactantes nos EUA.7 Os dados foram coletados a partir de uma seção transversal de grupos socioeconômicos e geograficamente diversos de mulheres e mostraram contaminação com as PFAS (PFAS contamination) em todas as 50 amostras testadas.
Em algumas amostras, os níveis estão perto de 2.000 vezes sduperiores do que é recomendado como seguro em água potável. Não existem padrões estabelecidos para PFAS detectada em leite materno.
Entretanto, ver como uma comparasão, o que a ONG Environmental Working Group (EWG)8 aconselha como meta para água potável: 01 parte por trilhão (ppt). Já o órgão federal do ministério da saúde dos EUA, Agência de Registro de Doenças e Substância Tóxicas (nt.: Agency for Toxic Substances and Disease Registry) 9 recomenda 14 ppt para água potável para crianças.
As pesquisadoras detectaram níveis que giravam de 50 ppt, a mais de 1.850 ppt no leite materno. Avaliar os efeitos de altas quantidades de PFAS em bebês é difícil. A Dra. Sheela Sathyanarayana, uma co-autora da pesquisa e pediatra na University of Washington, falou com um reporter da mídia inglesa The Guardian.10
Relatou que estudos com crianças maiores e adultos, demonstrando pela presença desses químicos, o quanto danifica o sistema imunológico e geram disfunções hormonais (hormonal disruptions). Esse é particularmente muito problemático para os bebês por seus sistemas imunológicos não estarem ainda totalmente desenvolvidos e maduros.
Outra co-autora do estudo e diretora científica do Toxic-Free Future em Seattle/WA, Erika Schreder, acrescentou,11 “o estudo mostra que a contaminação no leite materno, com as PFAS, é provavelmente universal nos USA, e que esses químicos insidiosos estão contaminando o que poderia ser um perfeito alimento gerado pela natureza.”
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[NOTA DO WEBSITE: a continuação da matéria pode ser conhecida através do acesso ao link acima do Dr. Mercola]
Fontes e Referências
- 1 Vermont, Health and the Environment, Drinking water
- 2 Environmental Science and Technology, 2021; doi.org/10.1021/acs.est.0c06978
- 3 Interstate Technology Regulatory Council, History and Use of Per- and Polyfluoroalkyl Substances (PFAS)
- 4 EarthJustice, February 20, 2020
- 5 Environmental Working Groups, August 20, 2015
- 6 PFAS Free, What Are PFAS?
- 7, 10 The Guardian, May 13, 2021
- 8 EWG, May 6, 2019
- 9 Agency for Toxic Substances and Disease Registry, November 2018
- 11 The Guardian, May 13, 2021, para 3
- 12 EWG, August 22, 2019
- 13 EcoWatch, May 13, 2021
- 14 Environmental Working Group, July 14, 2005, [The Guardian, May 13, 2021]
- 15 The Guardian, May 13, 2021, bottom of the page
- 16 Environmental Working Group, July 14, 2005
- 17 Environmental Health, 2020;19(25)
- 18, 19 Environmental Health News, March 3, 2020
- 20 EPA PFAS Action Plan: Program Update
- 21 Dictionary.com, Natural
- 22 Pediatrics, 2016;137(4)
- 23 Nuffield Council on Bioethics, November 2015
- 24 Nursing Clio, September 14, 2016 para 3
- 25 Nursing Clio, September 14, 2016
- 26 Environmental Health Perspectives 123:A107–A111, Madrid Statement
- 27 Newser, May 1, 2015
- 28 EWG’s Guide to Avoiding PFCS (PDF)
- 29 JAMA Pediatrics, June 4, 2018 doi:10.1001/jamapediatrics.2018.1161
- 30 ABC News, June 6, 2018
- 31 Brown University, June 6, 2013
- 32, 33 Breastfeeding Medicine, 2017;12(8)
- 34, 35 Science Focus, May 4, 2019
- 36 Annals of Asthma, Allergy and Immunology, 1998;81(6):523
- 37 American Psychological Association, October 30, 2017
- 38 Pakistan Journal of Medical Sciences, 2018;34(6)
- 39 American Academy of Pediatrics, 2009;123(3)
- 40 European Annals of Allergy and Clinical Immunology, 2007;39(10):337
- 41 Nursing Primary Care, 2019;3(3)
- 42 Scientific American, April 30, 2010
- 43 MDAnderson Cancer Center, October 2014
- 44 Journal of the American Heart Association 2017; doi.org/10.1161/JAHA.117.006081
- 45 International Journal of Psychiatry in Medicine, 2012;43(3):243
Tradução livre, de Luiz Jacques Saldanha, maio de 2021.