Leite de Soja para Bebê—Um Experimento Público Arriscado

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https://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2017/08/30/soy-infant-formula.aspx

 

Resumo da hiStória

  • O leite de mama é um acertado e adequado para os nenês. Idealmente, amamentar o nenê por, pelo menos, seis meses ou mais. Se foi impraticável o aleitamento materno, fazer em casa as papinhas caseiras é a opção mais saudável.
  • A maioria das formulações comerciais infantis são altamente processadas com açúcar e outros ingredientes questionáveis. As formulações com estão entre as mais perigosas. 
  • As fórmulas com soja vêm sendo conectadas a numerosos efeitos colaterais problemáticos (nt.: em pessoas adultas), incluindo miomas uterinos, endometriose, tumores, desfunção da tiroide e função reprodutiva, inibição da produção de testosterona em meninos e doenças autoimunes.

By Dr. Mercola

O alimento que fornecemos aos nossos nenês durante seus primeiros anos de vida, tem um enorme impacto no seu desenvolvimento e em sua saúde no longo prazo. Tenho encorajado fortemente a todas as mães de fazerem todo o possível para amamentarem exclusivamente com o leite materno, pelo menos por seis meses ou mais. A amamentação (breast-feeding) traz tremendos benefícios tanto para a mãe como para a . É muito positivo ter-se a bela ideia de se começar a planejar um aleitamento materno com sucesso mesmo antes do bebê nascer.  Se acontecer de não se poder amamentar, pelo menos se teve toda a construção de uma bela iniciativa.

La Leche League1 é um grande recurso para quem quer se preparar de antemão ou encontrar alternativas, caso se tenha alguma dificuldade para amamentar, assim que o nenê tenha nascido. Também coopera se o hospital escolhido oferece curso de amamentação e assessoria para a lactação. Se não há estas condições, pode-se selecionar um hospital que ofereça maior suporte. Se por qualquer razão, foi impossível aleitar, ou se se adotou um bebezinho,  o leite materno doado (donated breast milk) pode ser uma solução.

Como propõe a ONG Weston A. Price Foundation/WAPF, também não recomendo o uso do banco de leite humano, pois eles exigem que o leite seja pasteurizado. Uma alternativa pode ser trabalhar com um médico ou pediatra que poderá auxiliar a encontrar uma doadora segura de leite e que esteja integrado em um processo que certifique que o leite é seguro. Se nem conseguir amamentar ou acessar a uma doação de leite, a melhor solução é se fazer de forma caseira e segura, a papinha para o bebê (make your own infant formula).

Um grande movimento contra as formulações comerciais Infantis

Recomendo evitar-se formulações comerciais infantis (commercial infant formulas) tanto quanto possível, incluindo as marcas orgânicas. Para os nenês, a maioria tem altas quantidades de açúcar refinado para uma saúde ideal. As formulações infantis podem conter tanto açúcar quanto uma lata de refrigerante e esta frutose processada não apresenta nenhum dos benefícios dos açúcares naturais que estão presentes no leite materno. Em vez disso, como o refrigerante, elas vêm com com uma longa lista de efeitos metabólicos adversos, aumentando o risco de propensão do nenê à , diabetes  tipo 2 (obesitydiabetes2) e outros problemas de saúde relacionados, tanto a curto como a longo prazo.3

A maioria das formulações também contêm muitos outros ingredientes questionáveis 4 — incluindo organismos geneticamente modificados (genetically modified organisms/GMOs)5, vitaminas sintéticas, minerais inorgânicos, proteína em excesso e gorduras prejudiciais — enquanto falta nutrientes vitais que estimulam o sistema imunológico e presentes no leite materno.

Como observou a WAPF,6 desde 1980, mais do que 20 formulações infantis recolhidas (recalls) foram feitas devido a contaminação com patógenos, metais pesados, arsênico,7 perclorado (um ingrediente de combustível de foguetes), substâncias estranhas como vidro ou melamina, nutrição inadequada e outras mais. Comparando nenês aleitados, pesquisas têm também mostrado que os que alimentados com produtos embalados, apresentam: 8

  • Uma taxa 14 vezes maior de hospitalização;
  • O dobro do risco de morte infantil;
  • Risco quatro vezes maior da síndrome de morte súbita infantil;
  • Infecções mais frequentes e severas, tanto do trato respiratório superior como problemas gastrointestinais;
  • Taxas mais altas de desalinhamento do maxilar (jaw misalignment) e problemas relacionados, como os do sistema respiratório, roncos (snoring), apneia do sono (sleep apnea) e impedimentos da fala.

lactação Versus mamadeira — muito além da Nutrição

 

 

As imagens deste vídeo acima mostram o mecanismo do lactente ao mamar, usando-se um ultrassom. Um vácuo é criado quando o meio da língua do bebê baixa, o que auxilia a seccionar o leite da mama.  A seguir, a parte frontal da língua dele empurra o mamilo da mãe para dentro, exatamente atrás de seus dois dentes da frente.

Este movimento explica por que a alimentação ancestral amplia o maxilar e empurra as mandíbulas superior e inferior para a frente. Ele também empurra as maçãs da face média para a frente. Adiciona ao frênulo restrito e a língua, os lábios e a bochecha geralmente não permitem que o bebê amamente normalmente.

O movimento de sucção na mama, age essencialmente como um pistão que empurra a face do nenê para fora. Quando à criança é dada a mamadeira, nada disso acontece, resultando em uma estrutura facial estreitada, mandíbulas pobremente definidas e desalinhadas. O palato anatomicamente fica incorreto e os ossos do maxilar pobremente alinhados acabam acavalando os dentes, resultando ficarem retorcidos.

Formulações com soja —Absolutamente terrível

Entre os piores e mais perigosos substitutos para o leite materno, sem dúvida absoluta, são as formulações feitas à base de soja. Pesquisa recente 9 publicada no periódico Environmental Health Perspectives mostra que novamente crescem os questionamentos sobre a segurança das formulações para nenês feitas com soja. Como foi observado pelos autores:

A exposição em tenra idade a compostos estrogênicos afetam o desenvolvimento do sistema reprodutivo constatado em modelos com ratos e mesmo em humanos.

Os produtos com soja que contenham fitoestrogênios, como a genisteína,sérum  são uma fonte de contaminação nas formulações infantis feitas com soja, resultando em altas concentrações presentes no sérum sanguíneo.”

O objetivo desta pesquisa foi determinar se as contaminações com soja em meninas, durante a infância, poderiam afetar a metilação do DNA nas células vaginais. Na medida que se desdobrava, diferenças específicas foram aparecendo entre as amostras de células coletadas de bebês alimentados com formulações feitas de soja, daquelas que se havia dado formulações feitas com leite de vaca. Esta constatação levou os pesquisadores a concluírem que: “meninas alimentadas com formulações feitas com soja tinham alteradas as metilações do DNA em células vaginais que podiam estar associadas com o decréscimo da expressão de genes associados a respostas estrogênicas.”

As formulações infantis com soja responde por 12% do mercado de alimentos prontos para nenê nos  10 — isso apesar da falta de evidências que sustentem a validade do emprego de soja em regimes alimentares infantis. Sob o aspecto positivo, isso é menos que foi em 1998, quando a formulação de soja dominava 25% do mercado. 11

Parte do problema é que o ônus da prova quanto à sua segurança foi deixado para os próprios fabricantes. O setor dos Estados Unidos que lida com alimentos e fármacos – U.S. Food and Drug Administration – não aprova, na verdade, formulações infantis, 12,13 embora as formulações infantis comerciais devam atender certos requisitos nutricionais.14 O setor, inclusive, não havia publicado as regras de padrões de fabricação de formulações infantis até setembro de 2014. Como constatou a Weston A.Price/WAPF,15 “os rótulos ‘científicos' das formulações que se vê hoje é o resultado de anos de adivinhação.”

Especial preocupação é a atividade estrogênica da soja. O leite de soja e as formulações com soja contêm acima de 4.500 vezes mais fito-estrogênio dos que o leite materno e mesmo o de vaca. Estudos vêm mostrando que os níveis de estrogênio sérico são significativamente maiores em bebês alimentados com soja. Se não se puder amamentar com leite materno, por qualquer razão, a última coisa a não se fazer é alimentar o nenê com formulações com soja. Será muitíssimo melhor usar formulações caseiras conforme apresentamos abaixo.

Formulação com soja conectada a efeitos preocupantes de longo prazo

Como observado pelo estudo em tela, as formulações feitas com soja — contribuem com uma quantidade de estrogênio equivalente a, pelo menos, cinco pílulas anticoncepcionais por dia (nt.: destaque do tradutor16— vêm sendo conectadas a numerosos efeitos colaterais preocupantes, incluindo:

 

Alteração da idade da menarca em meninas Miomas uterinas, endometriose e tumores
Função de disruptor da tiroide devido à absorção alterada de iodo Inibição de testosterona em meninos, que pode impedir o desenvolvimento apropriado de sua masculinidade 17
Função de disruptor do sistema reprodutivo Doenças autoimunes

 

Em um recente artigo discutindo este tópico, a jornalista, ganhadora do prêmio Pulitzer, Deborah Blum, escreve: 18

“A ideia de que hormônios das plantas — tais como a genisteína, o fitoestrogênio primário na soja — podem interferir no desenvolvimento dos mamíferos não é novo. Biólogos têm tentado resolver tais efeitos há mais de meio século; um destes primeiros estudos seguiu com uma descoberta bastante surpreendente de que ovelhas que pastavam em campos densos com pastagens de trevos (nt.: da família das leguminosas como a soja), ricos em fitormônios, poderiam se tornar estéreis, temporariamente, em função deste tipo de pastejo. 

Heather Patisaul, uma professora de biologia junto à North Carolina State University que se especializou no estudo dos , observou que efeitos similares podem também ser vistos em seres humanos: jovens mulheres que consomem dietas excepcionalmente ricas em soja também podem, eventualmente, ‘desligar seus ciclos menstruais' e tornarem-se temporariamente inférteis. ‘Quando pensamos sobre os disruptores endócrinos, precisamos lembrar de que não são todos eles somente compostos artificiais … A soja é tanto um alimento natural como também é hormonalmente ativa.'”

O leite materno é um alimento completo

 

O leite materno de um mãe saudável contém centenas de substâncias, algumas delas não podem ser reproduzidas ou imitadas, além de sozinho ter mais de 100 diferentes tipos de gorduras. O leite materno de uma mulher também se altera com o decorrer do tempo, providenciando ao nenê uma nutrição altamente personalizada. O colostro, que é o leite disponível logo após o nascimento, é rápida e facilmente digerível, enquanto o leite materno mais maduro contém uma longa lista de vitaminas, minerais e quantidades mais elevadas de gorduras.

Importante: o leite materno contém açúcares que não apresentam qualquer semelhança com os açúcares processados oriundos do milho. Como exemplo, o leite materno contém algo como 150 diferentes oligossacarídeos — redes complexas de açúcares que são exclusivas do leite humano. Eles são indigeríveis. Sua finalidade primária é alimentar os microrganismos saudáveis dos intestinos (gut microbes), assim aperfeiçoando a saúde intestinal do nenê e fortalecendo seu sistema imunológico.

O leite materno também contém nutrientes que são fatores de crescimento 19 e antibióticos (moléculas imunológicas) que fornecem ao nenê imunidade natural a doenças que também a mãe é imune. É por isso que nenês alimentados com leite materno tendem a ter muito menos resfriados do que aqueles que foram com alimentos formulados.

Além disso, quando o recém nascido é exposto a um patógeno, ele ou ela transferirá de volta para a mãe enquanto mama. A mãe então irá gerar antibióticos para este germe particular e os transferirá de volta para o nenê na próxima amamentação, acelerando assim o processo de recuperação e promovendo a imunologia futura em relação ao organismo, caso haja uma recidiva.

Opções saudáveis para Mães que não podem amamentar

WestonAPriceFoundation-BabyFormula903.m4v from Weston A. Price Foundation on Vimeo.

Se não se puder amamentar, a melhor solução é se fazer sua própria receita caseira de alimento para o nenê usando leite in natura (raw milk). No vídeo acima, Sarah Pope discute as diferenças entre tipos de leite, tais como o leite de vaca, de cabra. E considera-se que o de vaca é, na verdade, preferível. Ela então demonstra como fazer duas formulações, incluindo uma com carne para aquelas que são alérgicas ao leite.

Pope, que dirige o website The Healthy Home Economist , é membro do conselho diretivo da WAPF.  Se estivermos inseguro onde se obter alimentos orgânicos, leite in natura sem pasteurização, visitar o website RealMilk.com. De maneira ideal, deve-se fazer as formulações frescas, todos os dias. No entanto, pode-se refrigerar com segurança, para que se possa fazer uma maior quantidade para alguns dias.

Receitas de Formulações à base de leite e Instruções

A seguinte receita feita com leite in natura de vaca, produzirá um pouco mais do que um quilo de formulação. No seu vídeo,20 Pope também faz uma série de sugestões para substituições em várias circunstâncias como alergia a certos ingredientes, indigestão ou constipação.  No caso de um nenê adaptar-se melhor ao leite de cabra in natura  — uma ocorrência frequente de inadaptação é a presença da proteína caseína A2 — sendo necessária uma modificação dos ingredientes 21 para ajustar a diferenças nutricionais:

Procedimento:

  1. Aquecer, mais ou menos, 2 xícaras de água filtrada (para obter esta medida, medir 2 xícaras de água e remover 2 colheres de sopa) em fogo médio;
  2. Acrescentar 2 xícaras de chá de gelatina de origem animal, de preferência orgânica, e 4 colheres de sopa de lactose à água, mexendo até que se dissolvam;
  3. Coloque duas xícaras de leite de vaca in natura em um liquidificador, de preferência de vidro. Adicionar estes ingredientes ao leite, no liquidificador:

• 1/4 de xícara de soro líquido caseiro de leite (observar as instruções no vídeo acima),

• 2 a 3 colheres de sopa de creme de leite in natura,

• 1/4 colher de chá de acerola em pó,

• 1/4 colher de chá do probiótico Bifidobacterium infantis, 

• 2 colheres de chá de fermento natural,

• 1/2 colher de sopa de óleo de fígado de bacalhau fermentado com vitamina de alta qualidade,

• 1 colher de chá de óleo de girassol prensado a frio,

• 1 colher de sopa de óleo de oliva extra-virgem,

4. Remover a panela de água do fogão. Adicionar 2 colheres de sopa de óleo de coco e 1/4 de colher de chá de manteiga orgânica para que se derretam. Uma vez derretidas, adicionar a água com esta mistura ao liquidificador com os ingredientes e bater por três a quatro segundos.

5. Despejar os ingredientes liquidificados em pote de vidro ou mesmo na mamadeira e levar ao refrigerador. Antes de alimentar o nenê, aquecer a formulação em banho-maria. Aquecer a mamadeira também pode ser uma opção. Nunca aqueça em microondas, já que este processo irá destruir muitos nutrientes valiosos e enzimas, além de colocar sob o risco de queimar.

umA Nota sobre Proteínas do leite

A próxima receita que a sra. Pope demonstra, é uma formulação à base de carne, usando fígado, sendo adequada para nenês que não conseguem tolerar o leite. Tenha em mente que muitos dos sintomas de intolerância ao leite são causados pela presença da caseína A1, uma lectina (nt.: um tipo de proteína – não confundir com lecitina que é um mistura de gorduras fosforadas). Ela é um tipo de lectina (lectin) associada com a síndrome do intestino permeável e com desordens autoimunes. A caseína A2 é uma proteína que normalmente não está presente no leite de vaca, mas de ovelhas, cabras, búfalas e de algumas vacas da raça leiteira Jersey. Infelizmente, a maioria das vacas hoje em dia, são portadoras desta caseína A1.

A proteína A1 é metabolizada em nosso intestino para produzir beta-casomorfina (nt.: um peptídio narcotizante que pode se originar da caseína), que pode se apegar à célula do pâncreas e incitar um ataque autoimune. Muitos acreditam que são intolerantes à lactose quando estão, na verdade, só respondendo à caseína A1 presente no leite. Assim, antes de tirar conclusões, poder-se-ia tentar usar leite in natura obtido especificamente de leite com caseína A2, produzido por algumas vacas Jersey, para se constatar se há diferença.

Se pudermos, deveríamos conversar com o leiteiro ou o lacticínio que dispõe de leite in natura (nt.: processo que cresce cada vez mais nos EUA, principalmente na Califórnia, o de se consumir leite não pasteurizado) para descobrirmos se as vacas são produtoras de caseína A1 ou A2. As vacas da raça holandesa  são produtoras de caseína A1 e devem ser evitadas. Usarmos o leite A2 seria uma boa ideia, mesmo que nosso filho não mostre sinais de intolerância ao leite. Evitar assim a caseína A1 por ser uma lectina problemática. Dito isto, se tivermos escolha, sugiro optar por leite in natura tipo A2. Outra alternativa é o leite de cabra que só tem caseína A2.

Formulação Hipoalergênica à base de carne

Para uma demonstração, ver o vídeo acima. Marcas recomendadas e outras sugestões de compras pode-se encontrar no website da WAPF, onde estas receitas estão também listadas. Outras variações podem, da mesma forma, ser encontradas, incluindo a formulação usando leite de cabra, bem como instruções para se fazer soro caseiro 22. A pessoa que ensina no vídeo também oferece recomendações de compra em seu website, destacadamente no espaço Radiant Life Company (nt.: ver – https://www.radiantlifecatalog.com/) que vende muitos dos ingredientes necessários para estas formulações.23 A receita a seguir fornecerá mais ou menos 1 quilo de formulação:

Procedimento

  1. Cortar 2 gramas de carne orgânica ou de fígado de galinha criada solta, em pequenas peças;
  2. Ferver gradativamente as peças de fígado em 3 3/4 xícaras de caldo de galinha caipira ou de carne, até que esteja completamente cozido;
  3. Despejar o caldo de fígado num liquidificador. Liquidificar por vários segundos até desmanchar o fígado para então deixar amornar. Uma vez o caldo amornado, adicionar os ingredientes remanescentes:

 5 colheres de sopa de lactose (se o nenê for alérgico à lactose, substituir com glicose);

• 1/4 de xícara de soro líquido orgânico orgânico (se o nenê for intolerante ao soro, pode-se deixar fora);

• 1/4 colher de chá de Bifidobacterium infantis (um probiótico);

• 1/4 colher de sopa de acerola em pó;

• 1 colher de óleo de coco;

• 2 colher de chá de óleo de oliva extra-virgem;

• 1 colher de chá de óleo de girassol prensado a frio;

• 1/2 colher de chá de óleo de fígado de bacalhau com vitamina de alta qualidade;

4. Liquidificar por poucos segundos em baixa velocidade, até estar bem misturado. Despejar os ingredientes liquidificados em jarros de vidro ou mamadeiras e refrigerar.

5. Antes de alimentar, aquecer a fórmula em panela com água quente. A mamadeira aquecida pode também ser usada. Nunca levar ao microondas, porque destrói também muitos nutrientes valiosos e mesmo enzimas além de poder ser queimada.

Fatos Nutricionais das Fórmulas caseiras

De acordo com a WAPF, suas formulações caseiras fornecem as seguintes quantidades de nutrientes críticos por grama:

fórmulas caseiras Cloro Colina Inositol Iodo Vitamina K1 Vitamina B5
Leite in natura de vaca 12.02 mg 4.50 mg 1.31 mg 3.47 mcg 0.23 mcg 76.64 mcg
Leite de cabra in natura  20.00 mg 7.17 mg 1.31 mg 2.66 mcg 0.183 mcg 222.61 mcg
À base de carne 3.81 mg 6.67 mg 1.75 mg 1.05 mcg 0.32 mcg 51.11 mcg

 

O quadro seguinte mostra três formulações caseiras comparando em termos de outros nutrientes e sua relação ao leite materno:

Leite Materno Fórmula de leite de vaca Fórmula de leite de cabra Fórmula à base de carne
Calorias 766 856 890 682
Proteína 11.3g 18g 18g 15g
Carboidratos 76g 79g 77g 69g
Gordura Total 48g 52g 54g 36g
Gordura Saturada 22g 28g 30g 16g
Gordura Mono 18g 16g 16g 12g
Gordura Poli  5.5g 5.6g 5.7g 5.6g
Omega-3 ácido graxo .58g 1.3g 1.2g 1.0g
Omega-6 ácido graxo 4.4g 4.2g 4.4g 4.5g
Colesterol 153mg 137mg 166mg 227mg
Vitamina A* 946IU 5000IU 5000IU 20,000IU
Tiamina-B1 .15mg 1.05mg 1.1mg .19mg
Riboflavina-B2 .4mg 1.2mg 1.2mg 1.9mg
Niacina-B3 1.9mg 2.5mg 4.4mg 14.2mg
Vitamina B6 .12mg .51mg .60mg .65mg
Vitamina B12 .5mcg 1.9mcg 2.8mcg 39mcg
Folato 57mcg 236mcg 284mcg 159mcg
Vitamina C 55mg 57mg 59mg 62mg
Vitamina D 480IU 450IU 525IU 460IU
Vitamina E*** 9.9mg 6.2mg 4.7mg 4.9mg
Cálcio 355mg 532mg 548mg NA**
Cobre .57mg .38mg .58mg 1.9mg
Ferro .33mg 1.4mg 2.2mg 5.4mg
Magnésio 37.4mg 91.3mg 96.1mg 34.5mg
Manganes .29mg .034mg .12mg .24mg
Fósforo 151mg 616mg 729mg 344mg
Potássio 560mg 949mg 1228mg 750mg
Selênio 18.8mcg 15.4mcg 18.7mcg 31.1mcg
Sódio 186mg 308mg 320mg NA**
Zinco 1.9mg 2.8mg 2.7mg 2.5mg

Nunca dar ao nenê formulados com soja

Há poucos casos em que eu faço recomendações absolutas, vendo que geralmente há exceções a cada regra. Mas quando se trata de fórmula de soja, acredito que não é adequado para às crianças. A soja simplesmente tem muitos efeitos negativos para a saúde, tanto para meninas quanto para meninos (nt.: ver o artigo publicado – https://nossofuturoroubado.com.br/leite-de-soja-contaminacao-com-glifosato-e-as-criancas-2/).

Considerando que agora sabemos sobre os químicos que são disruptores endócrinos encontrados em plásticos e em grande número de produtos domésticos, podendo causar estragos na saúde humana, não faz sentido se considerar o uso de formulações com soja. É sabido de ela contém quantidades muito maiores de compostos estrogênicos do que mesmo os terríveis recipientes plásticos.

Assim, por favor façamos tudo para que ocorra o aleitamento materno. Mas, se tivermos que usar formulações, façamos as nossas em casa. Embora a formulação com soja seja uma das piores do grupo, muito poucas formulações comerciais, mesmo orgânicas, podem se comparar ao leite materno ou à formulação caseira. É garantido de que estamos acessando, com certeza, ingredientes de alta qualidade e seguindo orientações e receitas especializadas. Na minha opinião, a WAPF tem todas as qualificações nutricionais indispensáveis para elaborarem receitas bem projetadas e fundamentadas. Para maiores orientações, recomendo acessar um dos com orientações da WAPF24

 

Fontes e Referências

 

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, outubro de 2017.

 

 

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