Flora intestinal pode oferecer pistas para o autismo.

Autistic Child

Resumo da história.

  • Pesquisadores analisaram a microflora intestinal de crianças saudáveis e com e detectaram que a flora intestinal de crianças com autismo tinham reduzida sua riqueza e diversidade que são fatores essenciais na criação de uma comunidade bacteriana capaz de enfrentar as agruras ambientais;
  • É amplamente sabido que crianças autistas muitas vezes sofrem de problemas gastrointestinais (GI); estes problemas podem ser um sintoma de um problema oculto – flora intestinal anormal é não só causadora de distúrbios, mas também possivelmente de sintomas associados ao autismo;
  • Pesquisa conduzida pela Dra. Campbell-McBride também revelou que quase todas as mães de crianças autistas têm flora intestinal anormal o que tem significância já que os recém nascidos herdam suas floras intestinais de suas mães no momento do nascimento;
  • Manter uma flora intestinal ótima pela ingestão de alimentos crus cultivados em solos saudáveis e orgânicos e ‘ressemear’ seus intestinos com alimentos fermentados e probióticos (isto é essencial quando se está tomando um antibiótico), pode ser um dos passos mais importantes que podemos dar para melhorar nossa saúde e a de nossos bebês durante a gravidez;
  • Providenciar abundante vida bacteriana benéfica na forma de leite materno e, mais tarde, de alimentos fermentados é uma das maneiras mais poderosas para restaurar a flora intestinal de nosso bebê.

 

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2013/07/18/autistic-children-gut-flora.aspx?e_cid=20130718_DNL_art_2&utm_source=dnl&utm_medium=email&utm_content=art2&utm_campaign=20130718

 

By Dr. Mercola

Há, mais ou menos, 15 anos atrás, 1 em 10.000 crianças tinha autismo. Dez anos depois estava em 1 para cada 1.000, após ficou 1 em 150, indo depois para 1 em 88 e agora, de acordo com as mais recentes estatísticas do CDC/Centers for Disease Control and Prevention (nt.: equivalente ao nosso Ministério da Saúde) mostram que esta relação está em 1 por 50 nos EUA.1

Todos concordam que isso representa uma epidemia de enormes proporções, mas a questão que não se cala é o que está incrementando este dramático crescimento deste transtorno do neurodesenvolvimento.

Os possíveis fatores ambientais para o autismo são incrivelmente diversificados e incluem aspectos como a deficiências de vitamina D, campos eletromagnéticos, vacinas e o envenenamento com o tóxico mercúrio. Mas a peça chave deste quebra-cabeça parece estar emergindo de pesquisas múltiplas que investigam uma possível conexão entre flora intestinal anormal e autismo.

Novo Estudo Sugere que a Flora Internal Anormal Pode Conter Pistas para o Autismo.

É vastamente conhecido que crianças autistas muitas vezes sofrem de distúrbios gastrointestinais (GI),  com aqueles que experimental os piores problemas GI, sendo os que muitas vezes apresentam os casos mais severos de autismo.

Está agora sendo sugerido, no entanto, que estes problemas GI podem ser um sintoma de uma situação subjacente – a flora intestinal anormal não é somente causadora de transtornos GI, mas também possivelmente de sintomas comportamentais associados com o autismo.

No último estudo, pesquisadores analisaram a microflora intestinal de 20 crianças saudáveis e 20 autistas usando para isso amostras fecais e detectaram diferenças marcantes entre os dois grupos.2 O website Medical News Today reportou:3

“O novo estudo detectou decréscimo na diversidade microbiana nos 20 pacientes autistas cujas amostras fecais foram analisadas. Especificamente, três gêneros de bactérias – Prevotella, Coprococcus e Veillonellaceae – estavam diminuídas nos pacientes com autismo quando comparadas com amostras de crianças normais.

… Os três gêneros representam importantes grupos de degradadores de carboidratos e/ou de fermentadores. Tais bactérias podem ser críticas para as interações microbianas saudáveis do intestino ou desempenharem um papel de suporte para uma ampla rede de diferentes microrganismos no intestino. Esta última situação pode explicar o decréscimo da diversidade observada nas amostras dos autistas”.

Os pesquisadores observaram que a microflora das crianças autistas tinham sua riqueza e diversidade reduzidas e que são fatores essenciais na criação de uma comunidade bacteriana capaz de enfrentar as agressões ambientais.

Um dos autores líderes afirmou, “nós acreditamos que um intestino diversificado é um intestino saudável”,4 e sugere que os antibióticos podem eliminar as bactérias benéficas e que foi detectado que eles são administrados mais intensamente nos três primeiros anos de vida entre as crianças autistas, comparadas a não autistas, podendo então estar desempenhando um papel chave.

A Toxicidade Cerebral Pode se Originar da Toxicidade Intestinal.

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O sistema gastrointestinal é muitas vezes referido como um “segundo cérebro”, contendo algo como 100 milhões de neurônios—mais do que na medula espinhal ou no nosso sistema nervoso periférico!

A pesquisa do Dr. Andrew Wakefield estava entre os primeiros a descobrir a conexão entre problema intestinal, inflamação crônica do intestino, possivelmente causada pela presença de estirpes da vacina tríplice contra sarampo, rubéola e caxumba no trato digestivo e sintomas de autismo regressivo.

A Dra. Natasha Campbell-McBride é uma neurologista russa que tratou com sucesso seu próprio filho e ainda trata crianças de todo o mundo em sua clínica na Inglaterra. Sua pesquisa mostra que existe uma profunda interação dinâmica entre os nossos intestino, cérebro e sistema imunológico.

Ela desenvolveu o que poderia ser uma das estratégias de tratamento mais importantes para a prevenção do autismo, bem como de ampla gama de outros transtornos neurológicos, psicológicos e de autoimunidade — todos que são fortemente influenciados por nosso intestino saudável.

Em sua pesquisa, a Dra. Campbell-McBride descobriu que quase todas as mães de crianças autistas têm uma flora intestinal anormal o que é significativo porque os nascituros recebem sua flora intestinal de suas mães no momento de nascer.

Estabelecendo uma flora intestinal normal nos primeiros 20 dias ou menos de vida, desempenha um papel crucial na manutenção do sistema imunológico de nossos bebês. Nenês que desenvolvem uma flora intestinal anormal restam com sistema imunológico comprometido, colocando-os em maiores riscos de sofrer reações da vacinação.

Se o nosso bebê tem flora intestinal frágil, as vacinas podem tornar-se a proverbial “gota d’água” — ou seja, o derradeiro gatilho que “aparelha” seu sistema imunológico a desenvolver problemas crônicos de saúde.

A Síndrome do Intestino e da Psicologia Pode Conter a ‘Cura’ pra o Autismo.

Eu acredito que a Síndrome do Intestino e da Psicologia da Dra. Campbell-McBride e o seu programa nutricional relacionado à síndrome (Gut and Physiology Syndrome (GAPS) Nutritional program), como vitalmente importante para a MAIORIA das pessoas, já que grande quantidade de pessoas têm esta precária saúde intestinal devido a uma dieta alimentar pobre e às contaminações tóxicas, sendo no entanto particularmente crucial para as mulheres grávidas e para a primeira infância.

De acordo com a Dra. Campbell-McBride, nas crianças com esta síndrome (GAPS), a toxicidade flui continuamente de suas entranhas através de todo seu corpo e em seu cérebro desafiando seu sistema nervoso, impedindo-o de realizar suas funções normais e seu processo de informações sensoriais. A síndrome (GAPS) pode se manifestar em uma ampla gama de sintomas, encaixando-se nos diagnósticos tanto de autismo, como de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), transtorno de déficit de atenção (TDA) sem hiperatividade, dispraxia, dislexia ou transtorno obsessivo-compulsivo, só para citar algumas possibilidades.

A melhor maneira de prevenir a síndrome (GAPS) é a mãe evitar todos os alimentos processados, açúcar, antibióticos e pílulas anticoncepcionais antes da concepção já  que eles causam o crescimento de leveduras e fungos como também causam a permeabilidade dos intestinos. Fato que pode ir adiante através da amamentação e evitar o uso de antibióticos durante todo o processo anterior e posterior ao nascimento do feto.

Identificar a Flora Intestinal Anormal Cedo é Crucial para Proteger a Saúde da Criança.

Felizmente, é possível identificar de forma mais acessível a síndrome (GAPS) nas primeiras semanas de vida do seu bebê, que pode ajudar aos pais a tomarem decisões melhor fundamentadas sobre a vacinação e sobre como proceder para colocar o filho num caminho em direção a uma vida saudável.

O processo completo de como identificar se a criança pode estar em risco para o desenvolvimento de autismo de vacinações está descrito em seu livro Gut and Psychology Syndrome, mas, resumindo, em sua prática ela começa através de uma anamnese completa sobre a história de saúde dos pais e a saúde de seus intestinos é avaliada. Então, dentro dos primeiros dias de vida, as fezes da criança podem ser analisadas para determinar o estado da sua flora intestinal, seguido de uma análise da urina para verificar se há metabólitos que possam lhe dar uma imagem do estado do sistema imunológico de seu filho.

Estas análises são disponíveis na maioria dos laboratórios ao redor do mundo e custam valores compatíveis, algo em torno de 160 a 200 reais por análise — migalhas quando comparadas com os incríveis custos de tratar uma criança autista uma vez que o dano tenha se instalado. Em meu ponto de vista, é absolutamente VITAL realizar estas análises ANTES que se considerar a vacinação para nossas crianças. Se os resultados das análises forem normais, a possibilidade de autismo após a vacinação é incrivelmente reduzida.

Como a Dra. Campbell-McBride afirma, ela ainda tem que encontrar uma criança autista com flora intestinal normal. Se detectamos que nossa criança tem um flora intestinal anormal ou comece a desenvolver sintomas de autismo com um ou dois anos, o programa criado para a síndrome (GAPS program) pode iniciar imediatamente, assim quanto mais jovem for a criança quando começa o tratamento, melhores os resultados. A criança não deve tomar qualquer vacina até que sua microflora intestinal teste ser normal; isto é, assumindo sua escolha de vacinar de qualquer jeito. A Dra. Campbell-McBride curou seu próprio filho do autismo utilizando tratamento completamente natural, envolvendo mudanças na dieta e também fazendo o processo de desintoxicação e sua hipótese é, em meu ponto de vista, uma das mais relevantes.

O Que se Pode Fazer para Encorajar uma Flora Intestinal Saudável tanto em Nós Mesmos como em Nossa Criança?

Se estivermos ingerindo antibióticos ou pílula anticoncepcional, se estivermos comendo quantidades de alimentos processados ou alimentos açucarados – e mesmo se estivermos nos alimentando como uma criança mamona, tudo isso pode impactar a constituição de bactérias e micróbios em nosso intestino. É de importância vital que se continue a evitar açúcar, comida processada, antibióticos e hormônios artificiais como aqueles presentes nas pílulas para limitar o crescimento de leveduras patogênicas e fungos.

Esta determinação torna fácil manter nossa flora intestinal ótima por estarmos nos alimentando com alimentos crus cultivados em solos saudáveis e orgânicos além de ‘ressemear’ nosso intestino com alimentos fermentados (fermented foods) e probióticos (isto é essencial quando estivermos tomando antibióticos), podem ser os passos mais importantes que devemos tomar para melhorar nossa saúde e de nosso bebê durante a gravidez. Se não estivermos ingerindo comida fermentada, precisaremos suplementar com probióticos de modo sistemático.

O aleitamento materno foi projetado pela natureza para assegurar que a flora intestinal de nossa criança se desenvolva de forma correta desde o início, já que é carregado com bactérias benéficas e nutrientes que são fatores de crescimento e que irão sustentar o seu crescimento continuado. Também tem poderosos componentes que inibirão o crescimento de bactérias patogênicas e leveduras. Então um dos mais importantes elementos fundamentais de construção de um sistema GI saudável para o seu filho é, em primeiro, ingerir uma dieta saudável com alimentos fermentados, enquanto a mãe estiver grávida e após o parto, amamentar por (sempre que possível), pelo menos, um ano após o nascimento da criança.

Providenciar uma população abundante de bactérias benéficas na forma de leite materno e, mais tarde, alimentos fermentados são maneiras poderosas para restaurar a flora intestinal de nossa criança.

Uma vez que a criança está pronta para ingerir alimentos sólidos, a primeira comida fermentada que a Dra. Campbell-McBride recomenda para nossas crianças é iogurte integral de animais alimentados em pastagem natural orgânica (não iogurte comercial de supermercado), em razão de ser bem tolerado pela maioria dos bebês e das crianças. O melhor é se fazer o próprio iogurte em casa feito de leite integral orgânico e começar com quantidades bem pequenas. Uma vez que o iogurte é bem tolerado por nossas crianças, começar então introduzindo o kefir. Se tivermos dificuldades com o leite de vaca, podemos optar por leite de cabra ou leite de coco ou substituir por vegetais fermentados com cultura de iogurte ou cultura de kefir.

5 Melhores Dicas para Prevenção e Tratamento do Autismo.

O autismo é uma complexa condição com muitos fatores contribuintes e há multifacetadas abordagens para tratá-lo. Estamos agora começando a entender que também para preveni-lo há multifacetadas maneiras de abordá-lo. Inclui não só a otimização da flora intestinal como descrito acima (tanto anteriormente e durante a gravidez como para o nenê) como também evitar tanto quanto possível os químicos perigosos. Como regra geral, comendo alimentos integrais orgânicos iremos seguir o longo caminho em direção a este intento, como automaticamente cortar fora os alimentos processados e seus e químicos relacionados, bem como alimentos transgênicos e adoçantes artificiais.

No plano geral, optar por alternativas “verdes” e/ou orgânicas auxiliará a reduzir muitos dos tóxicos que a maioria das pessoas encontra nos produtos do dia a dia. Façamos qualquer coisa que pudermos para instalar um ambiente livre de tóxicos para toda nossa família e então estabelecer com regularidade um programa de desintoxicação. O livro Our Toxic World: A Wake Up Call, da Dra. Doris Rapp, é um excelente recurso se quisermos assegurar como e por onde começamos. Outras dicas úteis para enfrentar o autismo, são:

  • Diminuir a carga dos campos eletromagnéticos (Lower the EMF burden) em nossa casa, especialmente nos quartos.
  • Cuidadosamente revisar este problema das vacinações, incluindo a agenda das vacinações convencionais e saber que na maioria dos estados dos EUA temos o direito de optar ficar fora dos programadas de vacinações (opt out of vaccines).
  • Evitar leite pasteurizado; é um imperativo absoluto para o tratamento do autismo. Aqueles que manejam esta enfermidade sem restringir o leite estão se enganando a si mesmos. Isto inclui todos os produtos lácteos tais como sorvetes, iogurtes e soro. Mesmo temperos naturais em alimentos precisam ser evitados a não ser que o processador garanta que o caseinato não esteja presente.
  • Eliminar completamente açúcar/frutose, sucos, refrigerantes, batata frita e trigo (massa, pães, cereais, pretzels, etc.) é também altamente recomendado.
  • Tomar sol apropriadamente. Esta é a minha crença pessoal de que a deficiência de vitamina D (vitamin D deficiency) em conjunção com a flora intestinal danificada podem ser fatores significativos como contribuintes ao autismo. Otimizar os níveis de vitamina D e a flora intestinal durante a gravidez podem ser duas importantes estratégias de prevenção descobertas até agora.

Se o leitor ficou fortemente tocado com este tema ou tem um amigo ou alguém querido que luta com o autismo, será fácil envolver-se com ele. A  Autism Action Network (nt.: Rede de Ação sobre o Autismo) lançou uma campanha incitando o governo dos EUA a finalmente agir contra o autismo. Pode-se associar esta ação através do Take Action Link (join in via this Take Action Link) e enviar ao presidente dos EUA, bem como aos senadores e deputados federais emails, fazendo-os saber que é tempo de se reconhecer que este é um problema e que o autismo começa a se transformar numa seríssima epidemia.

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, julho de 2013.

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