Pesquisadores do INSERM, na França, demonstraram que a exposição precoce ao químico bisfenol A (BPA) pode danificar a saúde dos dentes.
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A pesquisa revela que ratos tratados com doses baixas diárias de BPA sofreram danos no esmalte dos dentes. A análise do dano mostra inúmeras características que são comuns com a patologia do esmalte chamada “hipomineralização molar-incisivo” (MIH), que afeta cerca de 18% das crianças entre as idades de 6 e 8 anos.
Os resultados foram publicados no American Journal of Pathology.
O BPA é um composto químico utilizado na composição de plásticos e resinas. É utilizado, por exemplo, para a fabricação de recipientes para alimentos, tais como garrafas ou frascos para bebês. Ele também é usado para os filmes de proteção dentro latas de bebidas e latas de alimentos.
Quantidades significativas de BPA também foram encontradas no sangue, urina, líquido amniótico e placenta humana. Estudos recentes têm mostrado que este composto industrial tem efeitos adversos sobre a reprodução, desenvolvimento e metabolismo dos animais de laboratório. Há uma forte suspeita de que ele tenha os mesmos efeitos sobre os seres humanos.
Agora, este estudo mostra que os dentes são os mais recentes em uma já longa lista de ‘vítimas’ do BPA.
Os investigadores demostraram que os dentes incisivos de ratos tratados com doses baixas diárias do químico (5 microgramas / kg / dia) podem ser danificados.
A análise destes dentes mostrou inúmeras características que são comuns com uma patologia conhecida como MIH que afeta seletivamente primeiros molares e incisivos permanentes. As crianças afetadas por esta patologia apresentam dentes que são hipersensíveis à dor e passíveis de cáries.
O período durante o qual os dentes são formados (nos primeiros anos de vida) correspondem ao período durante o qual os humanos são mais sensíveis ao bisfenol A.
A análise das proteínas da matriz dos dentes de ratos revelou um aumento da quantidade de enamelina, uma proteína chave do esmalte em formação, e o acúmulo de albumina, que se traduz na hipomineralização.
O estudo concluiu ainda que há dois genes, enamelina e calicreína 4, que são afetados pelo BPA.
“Na medida em que o BPA tenha o mesmo mecanismo de ação em ratos como em homens, pode ser também um agente causal de MIH. Portanto, os dentes podem ser utilizados como marcadores precoces da exposição à disruptores endócrinos que atuam da mesma maneira como BPA e assim pode ajudar na detecção precoce de patologias graves, que de outro modo teriam ocorrido vários anos mais tarde”, conclui a autora da pesquisa Sylvie Babajko.
Muito bom adorei esse resumo. Escrevi recentemente um artigo semelhante mas não tem bem resumido quanto vocês!
http://vitoria-sustentavel.blogspot.com.br/2014/01/introduzindo-o-principio-antitoxico.html
Eu estou fazendo as mudanças em casa e quero transformar elas em dicas mais práticas. É tanta coisa que não é coisa simples! Fazer um artigo sobre dicas seria muito interessante!! Parabéns para o site.