Programa que leva em conta a realidade atual de permanente contaminação química de toda ordem que todos estão sendo expostos cotidianamente. Vale conferir.
https://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2018/08/05/walsh-detoxification-program.aspx
RESUMO DA HISTÓRIA
- Todos estamos expostos a substâncias tóxicas em maior ou menor extensão e estes químicos acabam ficando estocados em nossos corpos. Além disso, temos que levar em conta o efeito sinérgico quando a exposição é a múltiplos deles;
- A dose já não mais importa porque mesmo em pequenas podem ser tão danosos como em altas, especialmente quando os químicos são disruptores endócrinos;
- Para que um programa ‘detox’ seja efetivo, três princípios devem ser seguidos: mobilização, desintoxicação e excreção;
- Jejum é um método poderoso de desintoxicação já que ele promove a lipólise e a mobilização das toxinas lipossolúveis. Para evitar a reabsorção, é importante dispor de agentes aglutinantes ao jejuar bem como suar para excretar as toxinas, por exemplo utilizando sauna infravermelha;
- Ter um pH da urina de 7,5 ou acima, aumenta enormemente a excreção de xenobióticos ácidos além de outras toxinas. O pH da urina determina se um xenobiótico, ao ser eliminado, foi reabsorvido ou excretado.
By Dr. Mercola
O Dr. Bryan Walsh é um médico naturopata que se aprofundou no conhecimento das vias moleculares biológicas. Nesta entrevista, discutimos desintoxicação e o programa ‘detox’ que desenvolveu com base no alimento. Fiz o curso com ele e acredito ser, provavelmente, um dos melhores que dispomos.
No mundo de hoje, onde a maioria de nós está exposto a incontáveis substâncias tóxicas (exposed to countless toxins), numa situação praticamente contínua, a desintoxicação é um importante meio que precisa ser feito de maneira sistemática se estivermos buscando uma ótima saúde. A pesquisa tem constatado que os recém nascidos já estão nascendo com substâncias tóxicas tanto no sangue de seus cordões umbilicais como nos primeiros movimentos de suas vísceras — face as toxinas absorvidas de suas mães.
Até podemos decidir, nos nossos vinte anos, que queremos ter um estilo de vida limpo, saudável e livre destas moléculas tóxicas, mas não levamos em conta tudo aquilo que podemos ter estocado em nossas vidas, mesmo antes de termos nascido. Elas são onipresentes. Estão em todos os lugares … todos estamos expostos a alguma coisa,” diz Walsh.
“Li livros de pessoas leigas quanto a desintoxicação. No entanto, acreditava que nós é que estamos tóxicos. Considerei de que a desintoxicação poderia ser, provavelmente, uma boa ideia. Um vez, falando com um colega contou-me sobre um guru da desintoxicação e como descrevia as três vias para se desintoxicar … Eu nem atinava, em meu entendimento, que três fases seriam estas.”
Começando do Zero
Walsh decidiu investigar mais, aprofundando-se na literatura científica e, finalmente, chegou à conclusão de que esse “guru” estava, de fato, descrevendo esse caminho de maneira imprecisa. “Eu tenho um problema com isso, porque na medicina funcional, precisamos ser precisos daquilo que falamos”, diz Walsh. Também aprendeu de que há mais de uma fase de desintoxicação e que ele nunca havia ouvido falar chamado Fase Zero.
A terceira coisa que realmente me aborreceu, foi ter lido sobre o que se chama de resposta bifásica para os nutrientes que são comumente usados em programas de desintoxicação ou em formulações. O que basicamente a resposta bifásica diz, é que baixa dose – escolher sua erva – estimula certas enzimas ou vias desintoxicantes, mas quando em alta dose, inibe então estas mesmíssimas enzimas.
Em inglês, isso significa que quantidades detectadas em alimentos, geralmente estimulam as enzimas desintoxicantes, no entanto, as quantidades possivelmente encontradas em uma forma isolada numa cápsula ou numa embalagem de um produto pode na verdade inibir a desintoxicação.
Eu olhei para isso e pensei: ‘Aqui vamos nós de novo. Nós pensando estar fazendo todas essas grandes coisas, mas na verdade, poderemos estar fazendo exatamente o oposto do que buscamos, e ninguém questiona isso.’ Estas três coisas aconteceram, e eu fiquei bom ‘tudo bem. Preciso começar do zero.’
Apenas limpe tudo o que pensava que já sabia ou que foi ensinado sobre desintoxicação e vá para a literatura científica e reflita: ‘O que realmente está sendo discutido e estudado?’
Antes mesmo de acessar a desintoxicação, responder perguntas que pensava que sabia. ‘Somos mesmo tóxicos em primeiro lugar?’ Todos dizem que somos, mas na verdade não olhei a literatura. Logo veio outra: ‘Existe uma resposta sinérgica?’ Se houver várias exposições simultaneamente, nos é dito que há uma resposta sinergética. Mas, novamente, o que a ciência realmente diz sobre isso?
Outra coisa que ouvimos é que a dose não importa … o fato de nosso corpo ter essas vias internas de desintoxicação para lidar com essas coisas, portanto, uma dose baixa é irrelevante, dizem os pessimistas sobre desintoxicação. Outra é: ‘Estão [as toxinas] armazenadas em nós?’ Supostamente somos tóxicos, estarão armazenadas em nós, haveria então um efeito sinérgico? Mas o que a ciência diz?”
Será Necessária a Desintoxicação?
O que Walsh descobriu foi que, sim, praticamente todos nós somos tóxicos e todos estamos expostos em maior ou menor grau às toxinas e, sim, os produtos químicos estão armazenados em nossos corpos como da mesma forma, há um efeito sinérgico entre eles. Além disso, a dose não é realmente importante, porque uma baixa dose pode ser tão prejudicial quanto uma alta, especialmente quando se trata de produtos químicos que, por serem disruptores endócrinos (endocrine disrupting chemicals), destroem o sistema protetor de nosso organismo. O próximo passo foi determinar a maneira mais eficaz de eliminá-los todos, o que o levou a criar o seu ‘Programa Detox Walsh’.
“Na minha opinião, se verdadeiramente quisermos nos desintoxicar, este é o tipo do programa em que acredito – e temos algumas evidências – que ele realmente desempenhará seu papel”, diz ele. Eu não poderia ficar mais alheio. Verifiquei muitos programas diferentes, e este é o melhor que encontrei. Um de seus principais componentes é a dieta que imita um jejum modificado (fasting mimicking diet), originalmente desenvolvida por Valter Longo, Ph.D., professor de gerontologia e ciências biológicas na Universidade Sul da Califórnia.
Eu me convenci que o jejum (fasting) é uma estratégia excepcional de saúde e um dos livros em que estou atualmente trabalhando é o “Keto Fast”, que escrevo com o Dr. Alan Goldhamer, diretor do TrueNorth Health Center, a maior clínica de jejum na América do Norte. 16.000 pessoas já fizeram o jejum de água (water fasting), sendo que muitos até com mais de 40 dias.
Enquanto Walsh acredita que o jejum regular de água tem muitos benefícios para a saúde, para este programa, ele usa uma dieta que simula o jejum. “Eu não acho que estejamos saudáveis o suficiente para jejuarmos [água] por mais tempo”, diz ele.
Em todos os estudos com mamíferos que eu já observei, quando há restrição significativa de calorias ou mesmo jejum, os níveis de xenobióticos sobem no sangue. Os níveis de toxinas sobem cada vez mais no sangue, não importando que mamífero esteja sendo estudado, o que significa que … estamos inundando nosso corpo com esses xenobióticos.
Se somos de qualquer modo deficientes em nutrientes, se temos alguma deficiência nas vias bioquímicas, incluindo as desintoxicantes, agora estamos inundando o corpo com todas essas toxinas, podendo não estar nos livrando delas … Não tomamos medidas [efetivas] para metabolizá-las ou desintoxicá-las para, a seguir, excretá-las. Assim, estão mais propensas a causarem danos em outras partes do corpo. Eu amo jejuar. Eu só não acho que a maioria de nós esteja realmente saudável o suficiente para fazer isso.”
Jejuar Libera Toxinas
A razão pela qual os níveis de toxinas aumentam quando se faz jejum ocorre porque a maioria das toxinas é lipossolúvel e, portanto, armazenada nas gorduras. Quando se está jejuando ou com uma dieta de baixa caloria, está-se queimando principalmente gordura como combustível. Quando a gordura está sendo queimada para liberar energia, libera as toxinas lipossolúveis armazenadas nas células adiposas – as que são hidrossolúveis se excreta todos os dias através do suor, da urina e das fezes.
A lipólise é o processo de metabolizar a gordura armazenada. Qualquer coisa que induza a lipólise, mobilizará as toxinas solúveis nesta gordura. Quanto mais lipólise ocorrer, como durante o jejum, intermitente, ou alimentação com restrição de tempo (intermittent fasting) ou exercício, mais toxinas serão mobilizadas e liberadas dos tecidos.
A dieta de Walsh que imita o jejum é uma leve revisão do trabalho de Longo, que está baseada na ideia de que, ao consumir uma certa proporção de macronutrientes em um período relativamente curto de tempo, o corpo é induzido a pensar que está em jejum.
Minha preocupação [com a dieta de Longo], baseia-se em estudos que mostram que durante a restrição calórica ou jejum, os níveis [tóxicos] aumentam se não estivermos tentando ativamente manter as vias de desintoxicação. Para onde, então, estariam indo aquelas toxinas? Estariam sendo metabolizadas? Estariam somente passando pela Fase 1 e não pela Fase 2 ou 3 ? Todas estas coisas diferentes. Esse é o meu único problema com isso.”
Para encaminhar este ponto, a dieta de Walsh foca em alimentos que mostraram tanto manter como melhorar as vias de desintoxicação e as enzimas desintoxicantes como glicuronidação ou conjugados de glutationa. A família de vegetais denominada de Brássicas, como a couve de bruxelas, brócolis, couve-flor e repolho (Brussels sprouts, broccoli, cauliflower) são excelentes para isso, assim como alho, cebola, alho-poró e cebolinha (garlic, onions, leeks e chives).
Via de Desintoxicação 101
A Fase Zero, da qual a maioria das pessoas ainda não tinha ouvido falar, é a entrada da toxina na célula. O fígado normalmente recebe todo o crédito pela desintoxicação, já que faz parte da Fase 1, quando ele torna as toxinas disponíveis para serem excretadas pelas águas corporais. No entanto, os intestinos têm exatamente as mesmas enzimas de desintoxicação, assim como os rins e os testículos dos homens. Então, a desintoxicação realmente ocorre em vários órgãos. Walsh oferece a seguinte analogia das funções das quatro vias de ‘detox’:
Imagina-se que se está em uma sala com duas portas. A primeira porta é a Fase Zero. Alguém entra por ela. É a toxina e entra. A sala é a célula. E então se começa a repreendê-la. Diz-se coisas ruins e negativas sobre ela. Expõe-se coisas sobre ela que não quer que sejam reveladas e que alguém saiba. Essa é a Fase 1. Esta fase expõe ou adiciona um grupo hidroxila [que] torna [a toxina] solúvel em água.
Mas agora, acabou-se de rompê-la [a toxina] aos pedaços. Ela começa a destruir o interior da célula. Na Fase 2 se entregar a ela, 1.000 dólares … Isso é combinação … [significa algo] que é adicionada a ela e agora ela não está mais irritada.
As vias da Fase 2 incluem a metilação, que adiciona um grupo metil a ela; a sulfatação adicionando um grupo de enxofre; acetilação agregando um grupo acetil. A conjugação de aminoácidos geralmente adicionará glicina. A conjugação de glutationa é uma molécula de glutationa; já a glicuronidação é uma molécula de glicuronídeo.
Depois da Fase 2, [a toxina] ainda é solúvel em água, mas agora não está zangada. Não vai mais causar nenhum dano. Mas ainda está dentro da célula. Isso é incrivelmente importante. Precisa sair pela segunda porta. Esta segunda porta é a Fase 3. Se esta fase for bloqueada, que coisas como a curcumina (nt.: princípio ativo do açafrão ou cúrcuma) e o cardo mariano (nt.: planta medicinal, nome científico: Silybum marianum) fazem, a [toxina] não pode sair. Existem enzimas dentro da célula que podem desfazer essa conjugação. Então, ela volta a estar com raiva. Agora, ela causará danos dentro da célula.”
Três Princípios da Desintoxicação
Assim, para o programa de desintoxicação ser efetivo, os três princípios devem ser acontecer:
- Mobilização, que inclui restrição calórica ou jejum e exercícios para envolver a lipólise;
- Desintoxicação, que envolve a estimulação e a otimização de todas as vias de desintoxicação;
- Excreção. Fibras são importantes aglutinantes que aumentam a excreção dos intestinos. Precisa-se também estar bem hidratado para expelir as toxinas através da urina. Uma rota de excreção que não pode ser exagerada é o suor. Usando sauna de infravermelho, próxima ou distante (far-infrared sauna), equipada com lâmpadas infravermelho próximas é o ideal.
A Importância dos Aglutinadores
Então, para efetivamente haver ‘detox’, primeiro se precisa mobilizar as toxinas, daí otimizar as vias de desintoxicação e por fim aglutinar as toxinas e que fluam através do sistema corporal para que então possam ser eliminadas pela urina, pelas fezes e pelo suor. Para fazer isso, precisa-se algum tipo de agentes aglutinadores.
Disponho de alguns aglutinadores específicos que incluí no programa, alguns junto com as refeições e outros fora delas”, diz Walsh. “Além disso, junto com a dieta que mimetiza o jejum, eu também utilizo alimentação restritiva no tempo. Tentar comer na menor janela de tempo possível para maximizar a lipólise e não maximizar a mobilização…
Agora, se estiver no período de alimentação com restrição de tempo, onde não se está comendo por 16 horas, está-se passando por lipólise e estará recebendo este fluxo, dependendo de como se estiver envenenado com estas toxinas, que estão alojadas no trato gastrointestinal com o estômago vazio. Como então se vai excretá-las se não se está comendo tanto em volume como era antes?
Existem alguns aglutinantes que funcionam melhor com o estômago vazio, sendo que alguns, como cinco deles, que funcionam melhor com alimentos … Eu uso coisas como quitosana e carvão além de diferentes tipos de fibras. Há evidências de que a pectina cítrica modificada aumenta a excreção de xenobióticos.
É vital que não só ingira fibras ao comer, mas também, quando estiver em jejum, consumir estes aglutinantes, porque se os níveis de xenobióticos subirem no sangue, parte disso estará vazando para o trato gastrointestinal. E se não tiver o volume que normalmente se come em termos somente de conteúdo calórico total, também não se vai levar este processo adiante. Isso, para mim, é uma peça vital do programa. Não se está apenas suando. E não é só beber líquidos suficientes. Tem que se ter estes aglutinantes para ligar estas toxinas para excretá-las.”
Cuidado com os Modismos do ‘Detox’
Walsh levanta um ponto importante em relação à pesquisa sobre desintoxicação. Os estudos com roedores, por exemplo, podem não ser confiáveis quando se relaciona à desintoxicação humana. Eles têm vias de desintoxicação mais robustas do que os humanos, são noturnos, e têm seus períodos de vidas muito mais curtos além de um metabolismo mais rápido.
Assim, se algo funciona bem em camundongos ou ratos, não significa que funcionará tão bem em nós. Da mesma maneira forma como se mede a desintoxicação também faz diferença. Normalmente, os pesquisadores analisam a atividade enzimática ou o RNA mensageiro (mRNA), que informam como a célula produz uma proteína de desintoxicação.
Walsh cita um estudo in vitro que analisou o que aconteceu quando a quercetina foi aplicada às células. O mRNA diminuiu para certas enzimas de desintoxicação, o que sugere que ela inibiria a desintoxicação. Mas quando adicionaram uma toxina à mistura, ela, na verdade, aumentou a excreção da toxina. Assim, embora a quercetina parecesse inibir a desintoxicação, ela ajudava mais na excreção desta substância química em particular.
Uma possível razão para este achado paradoxal poderia ser porque a quercetina inibe o cluster de diferenciação 38 (CD38), que é um dos principais consumidores de dinucleotídeo de nicotinamida adenina (NAD+)(nt..: sigla em inglês de nicotinamide adenine dinucleotide), um composto envolvido na saúde mitocondrial, no processo ‘redox’ celular e no metabolismo energético. Essencialmente, a quercetina aumenta indiretamente o NAD+. Há também o fato da dose aguda versus crônica.
Na maioria dos estudos, eles analisam a dose aguda. Pegam uma célula, aplicam chá verde (ou algum outro composto) e então observam para verem o que estas enzimas fazem. A fruta romã inibiu de forma aguda certas vias de desintoxicação, mas aumentou, ao longo de um período de duas semanas, estas mesmas vias.
Dizendo todas essas coisas juntas – escolher o nutriente do mês e dizer: ‘Isso ajuda na desintoxicação?’ Bem, esta pesquisa foi feito em uma célula, num roedor ou era um ensaio clínico humano? Olham para o mRNA ou a atividade enzimática? Qual tecido celular estavam observando e tem efeitos diferentes? Qual foi a dose, significa efeitos bifásicos? [E] foi uma dose aguda ou crônica?
Por causa de tudo isso, tem-se que ser um especialista na busca de uma pesquisa para interpretá-la de forma a dizer, de forma irrefutável, que o cardo mariano é um nutriente de desintoxicação.
Eu não posso dizer isso. Por esta razão, pelo que li, não tenho curcumina, chá verde, romã ou qualquer outra coisa [no meu programa], porque se realmente a intenção é desintoxicar, precisa-se mobilizar o processo. Tem-se que abrir as Fases Zero, 1, 2 e 3, e excretar-se as toxinas. Qualquer coisa que possa inibir qualquer um destes processos, acho que não tem lugar em um programa de desintoxicação.”
Por estas razões, o programa de Walsh inclui muito poucos suplementos. É principalmente baseada em alimentos, pois provavelmente não prejudicará ou criará efeitos adversos em qualquer um dos caminhos de desintoxicação com alimentos. Como tal, é uma das formas mais pragmáticas, seguras e relativamente baratas de se desintoxicar.
Quantas Vezes Precisamos nos Desintoxicar?
Considerando que estamos continuamente expostos a produtos químicos e poluentes de todos os tipos por meio de alimentos, ar, água e a maioria dos produtos domésticos, com que frequência precisaríamos nos desintoxicar? Walsh oferece as seguintes recomendações:
O programa, como proposto, é de 10 dias. Minha recomendação é fazê-lo neste prazo. Os primeiros seis são de restrição calórica, mas alta proteína. Os últimos quatro é com aquela dieta que imita o jejum modificado. O que eu recomendo às pessoas é fazerem o programa completo de 10 dias em um mês e então dependendo de como se derem, no mês seguinte, retornarem ao programa completo, de 10 dias, ou apenas fazerem a dieta modificada que imita o jejum, por quatro a cinco dias.
Isso seria para pessoas, relativamente saudáveis, um bom caminho a percorrer. São quatro a cinco dias por mês de uma porção da dieta que imita o jejum – todos os suplementos, sauna e exercício completos … Por um período de mais ou menos seis meses, uma vez por mês, provavelmente não é uma má ideia para a maioria das pessoas, em função do acúmulo [de toxinas] que temos.
Se as pessoas quiserem ser um pouco mais agressivas neste processo, diria de fazerem dois dos quatro dias de dieta que imita o jejum, por mês. Colocando um na primeira semana do mês e o outro na terceira semana e então se vai para o mês seguinte. Pode-se fazer dois destes por mês, se realmente assim o desejar. Muito seria mobilizado durante esse tempo.”
Existem muito poucos pontos absolutos, especialmente em saúde. É provável que uma dieta rica em proteínas de seis dias ajudaria a muitos, mas acho que pode não ser o ideal. Minha estratégia seria usar uma refeição com restrição de tempo para, pelo menos, oito horas e, de preferência, seis. Faça isso por pelo menos um mês e inicie a parte de quatro a cinco dias do protocolo de Walsh.
Porque Checar o pH da Urina É uma Boa Idea
Curiosamente, a pesquisa sugere que estar o pH da urina em 7,5 ou acima, aumenta muito a excreção de xenobióticos ácidos e outras toxinas. “O pH da urina determina se um xenobiótico em seu percurso é reabsorvido ou excretado”, explica Walsh. “É uma peça incrivelmente importante.”
“Se a urina for muito ácida, a tendência é reabsorver os xenobióticos ácidos que foram conjugados e estão saindo. Por outro lado, quanto mais alcalino for, a tendência é a reabsorção dos xenobióticos alcalinos, que são em menos quantidade. Muitos dos xenobióticos são ácidos”.
Para aumentar a excreção destas toxinas, tudo o que se precisa fazer é usar uma tira de análise para medir o pH e verificar como ela está. Se ele estiver abaixo de 7,5, tomar um pouco de bicarbonato de sódio ou bicarbonato de potássio durante o jejum, imitando a porção da dieta do programa, para elevar o nível do pH para mais do que 7,5. A adição de alguma quantidade de N-acetilcisteína (N-acetyl cysteine/NAC) também pode ser útil, pois esta molécula suporta a produção de glutationa e d-glucarato de cálcio para aumentar a glicuronidação.
Mais Informação
Para adquirir o programa ‘detox’ do Walsh, acesse o site MetabolicFitnessPro.com (MetabolicFitnessPro.com). Existem duas versões do programa, uma para os profissionais (practitioners), que inclui nove horas de vídeo investigando profundamente a ciência das vias de desintoxicação. A outra é para pacientes e não profissionais (patients and nonpractitioners), que inclui uma introdução menos rigorosa à ciência, juntamente com instruções detalhadas do programa.
A versão do profissional inclui gratuitamente a versão dos que não são. Também se pode encontrar mais informações sobre o entrevistado no website DrWalsh.com (DrWalsh.com). Mas estando a procura de um bom programa de desintoxicação, este valerá muito a pena. Os profissionais também podem beneficiar seus pacientes, compreendendo melhor todo o processo de desintoxicação.
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2018.