Desintoxicação ou mobilização e eliminação de toxinas?

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Estás lutando contra alguns problemas crônicos de saúde? Seria possível te beneficiares com um programa de desintoxicação? Se sim, como então começar este processo? Bem, aqui é o Dr. Mercola, auxiliando-o a tomar o controle de sua saúde. E teremos conosco o Dr. George Yu que está aqui para nos auxiliar a responder estas questões. Ele é formado pela Escola de Medicina da Universidade de Tufts, Boston, e fez seu treinamento cirúrgico tanto na Universidade de Harvard como no Hospital Johns Hopkins. Nos últimos 35 anos ele esteve associado à Universidade George Washington e neste momento desenvolve atividades muito empolgantes no sentido de desintoxicar pessoas, inclusive pelo que parece, da Guerra do Golfo e também de vítimas do atentado de 11 de setembro.

 

 

http://mercola.fileburst.com/PDF/ExpertInterviewTranscripts/Interview-GeorgeYu.pdf

Entrevista especial com o Dr.George Yu (parcial, partes mais relevantes)

  By Joseph Mercola.

Entrevistador = Dr. Mercola-DM

Entrevistado = Dr. George Yu-GY

DM: Bem vindo e muito grato por vires compartilhar conosco hoje, Dr. Yu.

GY: Eu é que agradeço, Joe.

DM: Imagino que puderias nos dar um quadro sobre as informações que vais compartilhar, o que auxiliaria muito na compreensão de algo tão pouco usual para um cirurgião, treinado realmente de uma forma convencional como foste e que, atualmente, exploras estas áreas da saúde natural e da desintoxicação. Gostaria que explanasses algumas coisas sobre isso.

GY: Certo, é uma questão até simples. Lá por 2002, como um oncologista na área da urologia, realizando uma série de operações além de tratar doentes em estado avançado, fui chamado para fazer uma auditoria em alguns casos em que uma organização estava utilizando restrição calórica em suas dietas para abordar casos de cânceres terminais. Um das coisas que observamos quando analisávamos as radiografias com o Dr. Peter Choyke, ligado ao National Institutes of Health (NIH), era de que o tumor regredia neste mesmo tempo que também retrocedia a gordura – a gordura visceral –. O que aconteceu foi que, em razão de eu estar tão interessado na gordura que regredia juntamente com o tumor, foi que um colega chamado David Root que estava envolvido com desintoxicação dos bombeiros que estiveram presentes no 11 de setembro, acabou me chamando para cooperar com ele. Tivemos um diálogo no qual ele me disse ‘o que acontece quando nós removemos alguns químicos tóxicos da gordura? Quanto ainda fica na gordura visceral”, uma vez que eles são muitos… Alguns dos  bombeiros eram encorpados, e  eu disse, ‘provavelmente ainda bastante'. Eles se sentiam muito melhor, mas isso é um processo de mobilização da gordura. E foi assim que me vi envolvido neste assunto. Percebi que talvez alguns dos tecidos adiposos pudessem estar expulsando os químicos tóxicos ao mesmo tempo que o peso fosse sendo diminuído em um dieta com restrição de calorias.

DM: Este tipo de coisa vibrou seu interesse nesta área. E quais foram os próximos passos que lhe levaram nesta jornada no sentido de desenvolver um procedimento que parece ser efetivo para a remoção destes tóxicos?

GY: Não é um procedimento meu, adotamos um conjunto de práticas de muitas outras pessoas, certo? O que aconteceu foi que depois que falei com o Dr. Root, ele apresentou um trabalho, publicado em 1990, em que faz uma amostragem de trabalhadores na Iugoslávia que haviam trabalhado com transformadores (nt.: normalmente se utilizava um óleo feito de policlorados bifenilos/, totalmente proibidos em todo o planeta pela que causam… ver caso de Florianópolis em 2012 com vazamento no sul da ilha). Nós observamos que a gordura tinha níveis de contaminantes de 140 a 150 vezes mais altos do que no nível sanguíneo. Eu disse, naquele momento, ‘Por que não podemos observar como estaria a situação presente de pessoal que não foram expostas a esses produtos químicos altamente tóxicos?” Publiquei um estudo em 2012 no qual observávamos os químicos tóxicos na gordura visceral em três locais diferentes: a retroperitoneal, na área pélvica e na área visceral/mental. Detectamos sem surpresa que substâncias do tipo do diclorodifenildicloroetileno (DDE) que é um metabólito do diclorodifeniltricloroetano (DDT) (nt.: este é um agrotóxico proibido no mundo que, por ser um organoclorado, tinha contaminação com , da mesma forma como os PCBs) estavam em torno de milhares de vezes maiores  – eram pessoas comuns – do que os níveis presentes no soro sanguíneo. E isso era muito consistente. Percebemos também que, neste momento, uma pessoa comum, está condenada a ter uma quantia de químicos em seus corpos acima de 500 vezes. Então, dissemos “o que podemos fazer agora para eliminar isso?” O que aconteceu foi que o Dr. Root tinha algo bem importante, sua grande experiência de lidar com algo parecido – o Agente Laranja (nt.: arma de guerra com dioxina, um organoclorado, a substância mais tóxica jamais feita pelo homem) – com os veteranos da guerra do Vietnam. Ele usou um sistema que não era novo  – empregou a niacina como um meio para mobilizar a gordura e também para liberar os químicos tóxicos presos nos tecidos adiposos. Esta gordura está no cérebro. Usando dose gradativa de niacina, causa-se a recuperação da lipólise que eu suspeito que é por isso que ela é tão eficaz. Claro que, como sabes Joe, uma série de substâncias saem de nosso corpo. E as duas maiores áreas de nosso organismo são: a pele e o trato digestivo. Na nossa clínica nós começamos a pensar que temos que mobilizar estas substâncias não só pelo suor de nossa pele depois de usar a niacina, mas também usando o trato intestinal para expulsá-las. Isso é bem conhecido.

………….

GY: Uma das coisas que eu quero deixar claro é que as pessoas pensam que a desintoxicação é o processo. Eu penso que é, na verdade, uma mobilização dos químicos tóxicos e havendo então uma via para sua eliminação, eles serão excretados. “Desintoxicação” em termos médicos se dá somente no fígado. Isso é muito importante. Mas para mobilizar algumas coisas rapidamente, temos que empregar este tipo de sistema. A propósito, se perdermos peso, o estudo da ‘Biosphere 2' mostrou isso, moveremos gradativamente os tóxicos para fora, da gordura para o sangue, e poderemos então, a partir dai, removê-los.

DM: Este é um importante conceito já que dois terços da população dos e, na maioria dos países desenvolvidos, está com sobrepeso. Uma maneira simples para a desintoxicação seria otimizar nossa massa corpórea magra, já que não teríamos como e onde armazenar tóxicos se a gordura não estiver lá.

GY: Certo.

DM: Existem meios que se podem mobilizar estes químicos na pessoa que tem peso corpóreo anormal, para então serem excretados?

GY: Extrapolando de situações do estudo da Guerra do Golfo e do atual estudo dos reflexos desta guerra, sabemos que se usarmos niacina – ok, niacina, vitamina B3 – poderemos mobilizar o químico tóxico e os triglicerídeos. Ao mesmo tempo, necessitamos nos exercitar para criarmos circulação da gordura, vasodilatação. Estamos muito próximos da pele e do trato intestinal. Colocamos os químicos fora pelo suor ou usando substâncias tipo carvão ativado, zeolite e mesmo óleos. Quando eu era residente, costumávamos ver crianças chegarem com broncodilatação de produtos tóxicos. Dávamos a eles carvão e assim eram expulsos através de seu trato intestinal vindo do sangue.

DM: Gostaria de saber o tipo de químicos que têm sido detectados. Talvez antes desta informação, poderias nos dar alguns exemplos do que está sendo possível fazer com este procedimento quando consegues levar as pessoas a otimizarem a mobilização destas toxinas para eliminá-las? Talvez possas nos trazer alguns casos visto de 11 de setembro e da Guerra do Golfo  – bem como que tipo de sintomas os atingidos apresentavam e que intervenção foi feita e quais resultados foram percebidos depois da intervenção.

GY: O melhor exemplo que vou mostrar (e posso remeter uma foto) é dos bombeiros de 11 de setembro. Tinha um homem que desenvolveu tremores como se fosse Parkinson junto com problemas cognitivos. O que aconteceu é que foi passado a ele este programa, significando que se chegou a usar altas doses. Depois do programa, ele observou que a toalha que usava, estava cheia de uma material purpúreo e que era manganês. Deste jeito ele foi capaz de se livrar destes tremores. É bem conhecido que overdose de manganês poderá causar este tipo de sintoma. Este é um verdadeiro exemplo de eliminação de algo que estava alojado provavelmente em seus células. Agora, quando se trata de uma pessoa comum que não está exposta a estes episódios traumáticos, quando perde peso e mesmo dorme, estará fazendo sempre lipólise (nt.: a conhecida ‘queima' de gordura). E quando se faz a lipólise, está-se liberando triglicerídeos, e também alguns químicos. Neste momento, o nível sanguíneo provavelmente é alto com químicos tóxicos. É por isso que este tipo de dieta ‘ioiô' é ruim porque se não nos livrarmos deles no momento da dieta, pelo suor ou mobilizando o trato intestinal, eles irão direto para as células adiposas. Sim, é ótimo termos massa corpórea magra e perdermos gorduras, mas devemos então ir a uma sauna. E poderíamos tomar niacina. A dose que se usa para pessoas comuns não é nada como os 5 mil miligramas usados para pessoas altamente expostas. A que podemos iniciar é em torno de 100. Se ingerires esta dose, terás uma contração – não me leva a mal. Isto é o efeito induzido pela prostaglandina (nt.: ácidos graxos com atividades hormonais que geram contrações na musculatura lisa). Mas se nos acostumarmos a isso e fizermos exercício, tomando duchas frias e fizermos sauna pós exercício…. qualquer tipo de sauna faze isso; não precisa ser um tipo específico. Eu mesmo fiz com água de banho. E funciona para qualquer substância – de anestésicos a medicamento bem como para tóxicos químicos.

DM: Certo.

GY: Minha experiência como cirurgião foi que inúmeras vezes, nós tínhamos pacientes que tinham uma pequena hérnia a reparar e no pós operatório eles demonstravam estar tão fatigados por mais ou menos duas semanas. Pensava, “certo, vamos colocá-los num programa de limpeza e eliminação usando a niacina e banhos quentes”. Livravam-se desta situação muito rapidamente.

DM: Foi mencionado que qualquer tipo de sauna poderia funcionar. Mas a sauna infravermelha é um pouco mais o ideal porque na maioria delas pode-se ter condições de baixar o calor.

GY: É um pouco mais confortável e pode penetrar um mais profundamente sem toda aquela entrada, ok? Nós, é claro, procuramos saunas que não tenham um campo eletromagnético muito intenso (CEM).

DM: Este é um grande componente porque quando as saunas infravermelhas tornaram-se populares, este não era um fato que muito se cuidava. Assim, um grande número dos primeiros tinham campos eletromagnéticos muito intensos.

GY: Exato.

……..

GY: Eles se liberavam destas coisas. O calor é uma coisa muito importante.

DM: Um dos fatos é que se isso é feito em uma empresa e de forma regular ou mesmo em sua própria família, deve-se ter um pouco de cautela em razão de que existem químicos que são, na verdade, excretados pelo suor. Assim podem contaminar a sauna. O que pode comentar sobre isso?

GY: Sim, penso que para uma pessoa comum, isso pode ser um problema. Encorajo que as pessoas periodicamente limpem as saunas. Sim, realmente há uma eliminação. De fato, alguns de nossos pacientes que passaram por uma quimioterapia e que apresentam efeitos residuais, estes podem ir para o interior da sauna, podendo-se aspirar diferentes químicos na sauna. Deve-se realmente limpá-la porque eles são excretados através da pele. Usamos coisas como carvão, zeolite e óleos para tirá-los do trato intestinal que é um pouco mais fácil de manejar.

DM: Certo. Agora eu gostaria de saber se alguma pessoa não cuida muito sua experiência de estar numa sauna, primeiramente por causa de sua exposição sobre a cabeça, entende? É um ambiente muito quente para elas. Existem saunas que só expõem a parte inferior do corpo, excluindo a cabeça. É claro que há menos exposição da pele à sauna. Mas se ficarmos mais tempo neste processo, poderia também ser tão adequada quanto efetiva?

GY: Penso que sim. Mas não tenho tanta experiência com isso, mas me parece que o princípio básico é usar a maior superfície possível de áreas como a pele e o trato intestinal para este processo. Estamos na verdade expirando alguns dos químicos tóxicos para fora, mas é um processo muito lento.

DM: Certo. É uma interessante combinação. Basicamente, temos dois processos para mobilizar e então vem a sauna para a excreção. Mas a mobilização poderia ser usada pela niacina combinada com exercícios.

GY: Esta é a chave. Este é o ponto central.

DM: Está sendo usado o exercício para auxiliar a mobilizar os químicos tóxicos. Podes descrever isso?

GY: Deixa-me somente desenvolver uma coisa mais. Existia, lá pelos anos 60, no Karolinska Institutet (nt.: famosa universidade sueca), um colega chamado L.A. Carlson que tinha uma série de pesquisas sobre niacina. Uma das coisas que a niacina tem a habilidade de fazer, é suprimir a lipólise por mais ou menos uma hora e então não pode mais fazer isso, causando o que eles chamaram de lipólise de recuperação. Este é o fenômeno, eu penso, que faz com que a niacina seja tão útil. Assim é o programa de limpeza e eliminação.

DM: Talvez possas nos dar uma ideia deste processo que usas para levares a pessoa até estar apta a receber a niacina porque, como mencionaste, ela causa esta contração que pode ser muito desconfortável para quem ainda nunca havia anteriormente consumido. Deve-se ir desenvolvendo a condição gradativa da pessoa poder receber a dose em níveis terapêuticos de 5 mil miligramas que foi mencionado antes, que praticamente ninguém vai se arriscar de ingerir como primeira dose já que se pode gerar alguns sérios problemas para ela.

GY: Não. Eu pessoalmente experimentei dose de  3 mil miligramas. E vou dizer uma coisa: uma vez que a gente se acostuma a ela, não é mais um grande problema. Mas o que estou dizendo é para o projeto da síndrome da Guerra do Golfo, que está em desenvolvimento agora com David Carpenter. Eles vão gradualmente direto até os 5 mil, mas fazem isso dentro de um tempo de 30 dias. Eles têm uma dose relacionada…

DM: Certo, 30 dias. GY: Sim, eles têm uma resposta relacionada à dose. Eles estão melhores, então estabilizam, ficam melhores, voltam a estabilizar. Para uma pessoa média, recomendo começar com algo em torno de 50 miligramas. É uma tentativa e ver como ela se sente com isso. Digo para as pessoas tomarem uma ducha e sejam perfeitamente seus observadores se esta causando a vasodilatação. E esta vasodilatação, acredito, é importante porque faz com que as artérias se expandam e elas estando próximas da pele, facilitará assim a eliminação. Se a pessoa pode ir além destes 50 (pode ir em algo como 500 ou mesmo 3 mil), pode se tornando acostumada com este substância.

DM: Quanto tempo acha que esta contração durará?

GY: Em torno de 30 minutos.

DM: Trinta minutos. Idealmente, poderia ter o tempo de contração para o momento em que se estiver na sauna, assim se poderia obter o máximo benefício dela.

GY: Não, não é necessário.

DM: Não?

GY: Não é necessário porque ela, acredito, persiste mas a gente não vê isso.

DM: Ah, certo. E quanto tempo isso persiste? Por algumas horas?

GY: Sim.

DM: Ok.

GY: A lipólise está acontecendo todo o tempo. Vai a mais de cinco horas.

DM: Não é tanto a vasodilatação dos capilares na pele que aumenta a eliminação; isso é pelo efeito de lipólise da niacina.

GY: Correto. Absolutamente correto, exato.

DM: É basicamente a metabolização das células de gordura.

GY:  Bem, ocorre a explosão delas. Isso é o que é a lipólise. Quando estamos dormindo, teríamos que comer a cada duas horas se não quiséssemos que ocorresse um efeito da lipólise. Ela libera triglicerídios como uma forma de combustível. Mas eu acredito que o que os químicos tóxicos fazem é sair neste momento.

DM: Ok, tudo certo. Isso é o que estamos tentando fazer, com que as pessoas pensem sobre isso.

GY: Para a comunidade médica e para a comunidade de pesquisa, acredito que deveriam haver mais estudos feitos quanto a esta descoberta empírica e fazer mais estudos com animais procurando ver como os químicos tóxicos se mobilizam para serem excluídos quando há os efeitos da lipólise.

DM: Perfeito. Mas seu processo basicamente envolve um procedimento de 30 dias que estás colocado as pessoas a seguirem.

GY: Sim. Este é o procedimento que vem sendo usado com as pessoas realmente contaminadas. Meus sentimentos é de que isso também pode ser empregado com pessoas que foram menos expostas. De fato, David Root e eu temos falado que poderia ser oferecido para todas as companhias que têm seus trabalhadores expostos de uma forma ou outra, como são as indústrias que trabalham com gasolina.

DM: Seguro. O que tem de específico no procedimento? Como muitas vezes está propondo estas combinações de sauna e niacina? Será algumas vezes por semana? Todos os dias?

GY: Para uma pessoa comum?

DM: Sim, exato.

GY: Para uma pessoa comum, poderia propor duas vezes como suficiente.

DM: Duas vezes por semana?

GY: Sim. E pode mesclar com exercícios porque isso também causa vasodilatação e aumenta os resultados cardíacos. Estamos assim movendo coisas dentro de nós. Insistimos que se pode seguir o mesmo procedimento que se faz para as pessoas mais contaminadas: elas ingerem isso, elas se exercitam e então vão para um quarto com calor para suarem. Como estamos no setor privado, podemos adicionar algumas coisas para eliminarem outras pelo trato intestinal.

DM: Interessante. Esses seriam as argilas como os zeolites e o carvão ativado?

GY: Sim. É interessante que a indústria da gasolina tem este ‘Super-Sorb' que tem mesmo uma área superficial mais elevada de carvão que basicamente refina a gasolina. É isso o nosso filtro d'água tem, nada mais é do que carvão.

DM: O carvão é sem dúvida muito seguro. Costumava-se dar para as pessoas…

GY:  Nós usamos…

DM: Nas salas de emergência.

GY: Sim, usa-se para infecções. E para químicos tóxicos.

DM: Certo.

GY: Se tivermos algum medicamento que queremos tirar de nosso organismo, basta ingerir o carvão e ele já irá absorver este produto.

DM: O único problema é a sua palatabilidade que é um certo desafio, já que ele é basicamente muito esfarelento e não é nada palatável.

GY: Podemos ingeri-lo como um comprimido.

DM: Oh, propões ingeri-lo desta forma e não como pó.

GY: Exato. Hoje é um mundo moderno. Não precisa colocar na boca mais o próprio carvão como matéria negra. De fato, os japoneses usam pasta de dente a base de carvão. E vou te dizer uma coisa, ele limpa as manchas de café dos dentes muito rapidamente.

DM: Sim, o carvão ativado é fantástico. Usamos uma outra forma de carvão na , também chamada de ‘biochar' que faz verdadeiros milagres no solo. Mas qual a dose recomendada para ser ingerida oralmente? …

GY: O carvão, geralmente uso em torno de cinco comprimidos do tipo comercial. Ele vem encapsulado. Cinco será ótimo.

DM: É uma grama por comprimido? Por cápsula?

GY: Penso que são 500 miligramas. Mas isso realmente não importa. É muito arbitrário.

DM: Pode-se ter alguma gramas a menos. Isso não tem importância mesmo. Queremos ter só uma dose mínima já que não se terá uma overdose dele.

GY: Não se terá do carvão uma overdose.

DM: Penso que se deve ter um cuidado se quisermos ingerir qualquer suplemento por este tempo já que o carvão terá a tendência de se ligar a estes suplementos e excretá-los, também.

GY: Perfeitamente. Por exemplo, as pessoas que tomarem enzimas digestivas para melhor digerir, se ingerirem pastilhas de carvão com elas, não haverá mais pastilhas digestivas para agir.

DM: Exato.

GY: Se for com medicamentos, será da mesma forma, mesmo com substâncias como o medicamente coumadin (nt.: genérico é warafina sódica, um anticoagulante).

DM: É considerado como um magneto. Devemos usá-lo terapeuticamente e com parcimônia para expulsar as toxinas. Não quer expulsar nem os nutrientes da alimentação ou os suplementos.

GY: Está certo. Deve ser ingerido no momento certo. Nós sabemos, como disse antes, que na sala de emergência quando fiz minha residência em 1973, costumávamos empregá-lo para overdose de broncodilatadores. Dávamos exatos cinco tabletes de carvão para a crianças e dentro de uma hora, ele já não tinha os sintomas típicos da overdose.

DM: Certo, ele tem uma ação muito efetiva sem dúvida. Obviamente, ele é uma importante ferramenta para usar no sentido de eliminar as toxinas que estamos todos invariavelmente expostos na prática. Eu gostaria de saber se podes comentar sobre as toxinas mais presentes que se detecta numa pessoa comum e que este processo poderia ser útil para esta eliminação.

GY: Sabes que o agrotóxico DDT  (nt.: proibido nos EUA desde 1972) está circulando por todos os lugares onde estamos. Muitas pessoas de várias gerações provavelmente já ouviram falar sobre ele, mas possivelmente nunca foram expostas diretamente a ele. No entanto, ele está disseminado por todo o planeta. Como disse antes, quando fiz aquela publicação, que te enviarei, vimos que ele estava milhares de vezes mais alto do que no sangue. Já está no solo. Mas, claro, se comermos frutos de mar, vais ter muito mais. Já é uma situação inerente à nossa existência, estarmos sendo expostos ele. Estando na água. Chegará, ao final, a nós.

DM: O que ainda é mais perigoso e certamente agora mais invasivo do que o DDT é o Roundup ou glifosato, em razão dele ser espargido em quase um bilhão de toneladas –  um bilhão de toneladas – por ano sobre o solo. Obviamente, o DDT não é mais usado nos EUA. Nós viemos sendo massivamente sendo atingidos. Quero saber se tens procurado observar o comportamento do glifosato quanto a este processo. E ele poderá vir a ser útil neste caso? Porque se estivermos comendo comida processada, estaremos ingerindo esta substância. Garantidamente, ele estará presente.

GY: Exato. O que tenho visto em palestras e livros é que ela está nesta comida e devemos eliminá-la. Mas não vamos conseguir isso com todas as substâncias químicas. O que se deve fazer é utilizar uma efetiva abordagem proativa como um programa para limpar nosso organismo eficazmente.

DM: Sim, mas tens observado o glifosato? É algo que também se elimina efetivamente com este processo?

GY: Não sei de nenhum estudo formal ainda.

DM: Ok.

GY: Mas espera-se que algo orgânico com cadeias de carbono ou aromática se tenha o mesmo efeito.

DM: Ok. Isso vai ser um fato que crescerá paulatinamente. Imagino que nós estamos realmente nos primórdios dele, da mesma forma como foi com o cigarro quando se começou a fumar. Nem imaginávamos que ele mataria pessoas com . Vivemos negando isso por algumas gerações até chegarmos agora a este conhecimento.

GY: Certo. Estamos falando sobre substâncias químicas, mas nosso próprio corpo provavelmente faz algumas coisas que também não são tão desejáveis. E precisamos eliminá-las.

DM: Ok. Este é um bom processo que está ajudando a refinar. Agora, com respeito a esta desintoxicação, existem outros benefícios como melhorar a expectativa de vida ou desacelerar o processo de envelhecimento?

GY: Não quero tratar disso, mas Michael Skinner é um dos meus heróis. Ele está agora em Seattle. Ele fala sobre epigenética dos químicos. Isso é diferente do que propõe a toxicologia tradicional que fala como é um disruptor endócrino e tudo isso. É um processo de metilação epigenética que se introduz no nosso genoma e Deus sabe se ele penetra em nosso DNA mitocondrial (nt.: a lipólise ocorre nas matrizes mitocondrial). E fica por gerações, como tu sabes. Por gerações. Toda esta área dos efeitos epigenéticos dos químicos está claramente demonstrada e provada que é o que está se falando aqui. Pode-se perguntar “conseguiremos sair disso aí?” Isso é desconhecido. Tem muitas coisas envolvidas.

DM: Ok.

GY:  Sabemos pelos estudos de Michael Skinner, que ele detectou certas variáveis como a fertilidade e que pode passar da F1, F2, F3, até a descendência F4. DM: A F1 é o que costuma se usado como referência para as gerações subsequentes na pesquisa.

GY: Exato. DM: Para aqueles que não estão a par disso. Isso é…

GY: Claro, e pode afetar os cânceres, também.

DM: Sim, não existe contestação. Nossa estratégia para manter as pessoas saudáveis tem sido otimizar seu estilo de vida pela alimentação com comida mais saudável que se pode ter, exercícios, um bom sono, exposição à luz do sol e água pura. A outra questão chave é limitar a exposição a esta influência tóxica. Outra alternativa dentro destes princípios poderia ser se engajar num processo regular de desintoxicação, também.

GY: Acredito que mesmo mais importante é implementar regular e proativamente algo que venha a remover isso porque não se sabe a que se está sendo exposto.

DM: Isso pode ser bom para muitos dos tóxicos e não para a maioria deles. Mas existem alguns que estão realmente conectados com ligações covalentes, como o , que se liga ao grupo sulfidrila. Agora, este tipo de procedimento que estás utilizando pode não ser útil para a eliminação do mercúrio.

GY: Não estou seguro. Eu não me dediquei a isso e acho que nem outras pessoas estão procurando por este método. Mas esse é provavelmente o método mais poderoso já desenvolvido e ele não foi criado por mim.

DM: Certo.

GY: Sou só um usuário.

DM: Sim. Está sendo empregado em pesquisas financiadas pelo governo, obtendo resultados bastante significativos, desafios socialmente importantes como a síndrome da Guerra do Golfo e do 11 de setembro.

GY: Certo. Bem, deixa eu esclarecer uma coisa. Envio para ti o livreto quanto à síndrome da Guerra do Golfo. Não é meu, estou perifericamente envolvido. Mas David Carpenter da Universidade de Albany foi o campeão quanto aos efeitos sinérgicos dos tóxicos, agindo com se fosse uma unidade afetando nosso organismo. Foi muito prestativo para a obtenção deste programa para auxiliar os soldados que tinham a síndrome da Guerra do Golfo. E não é eu.

DM: Certo.

GY: Mas eu faço a prática disso. Para a nossa prática clínica, uma das coisas que é muito efetiva é para aquelas pessoas que estão anestesiadas após uma cirurgia. Pode-se remover isso da mesma maneira.

DM: Seguro.

GY:  Podemos remover medicamentos e drogas.

DM: Muitas pessoas não estão conscientes que a anestesia pode ser uma dos aspectos mais perigosos de uma intervenção cirúrgica.

GY: Correto.

DM: Sim, porque muitíssimas delas estão baseadas no flúor ou têm efetivamente o flúor presente.

GY: Exato. Quer dizer, é um mal necessário. As drogas da quimioterapia provavelmente são também apanhadas. Quando nós usamos a expressão “eliminação”, nós não estamos pensando sobre o que está na gordura e gradualmente sai.

DM: Certo. O que poderia ser recomendado para alguém razoavelmente saudável a ter que frequentar um programa destes de desintoxicação? Poderia ser algo como um processo de 30 dias e um certo tempo por semana. Isso pode levar em torno de um mês. Quantas vezes por ano eles fariam este sistema? Duas vezes? Três vezes?

GY: A maneira como vejo, não como um programa de 30 dias. Deveria ser uma parte de nosso estilo de vida. Poderíamos ter uma sauna em casa. Assim poder-se-ia ir fazendo duas vezes por semana como parte de nossa rotina de exercícios. Eu não tinha mencionado algo sobre uma rotina de execícios como parte do mobilizar nosso sistema linfático e remover os químicos tóxicos de nosso organismo.

DM: Interessante.

GY: É uma questão de estilo de vida.

DM: Sim. Agora, quando se inclui o aspecto da sauna neste programa, quanto tempo normalmente seria necessário para se ter o benefício antes de ter esgotado aquilo que foi mobilizado?

GY: Usualmente, nada de extremos onde ficam de três a quatro horas. Proponho uma hora. Quer dizer, a temperatura deve estar alta suficiente, assim já se está suando.

DM: Sim, devemos estar suando.

GY: Tem de ser sob o ponto de vista da sauna, uma temperatura de 40º C. Devemos estar realmente suando.

DM: Ok.

GY: Agora, podemos estar suando mesmo numa banheira se a água for limpa.

DM: Que tal combinar isso com a sauna infravermelha no final como se fosse o sol? Obviamente não é possível ou prático para a maioria, no inverno. Mas no verão, é, e se tem temperaturas bem altas. Poderíamos tomar niacina, exercícios, tomar banho de sol e suar?

GY: Isso é difícil para as pessoas porque a niacina causa esta vasodilatação. O que digo a elas é tomar um banho frio a qualquer tempo quando isso acontece. Ir dar um mergulho e então fazer seus exercícios lá fora. Isso é ótimo.

…….

DM: Bem, o sol é uma fonte de raios infravermelhos, obviamente. Quero saber se isso poderia prover benefícios similares as de uma sauna infravermelha quando estamos determinados a começar a suar.

GY: Em menor grau, sim.

DM: Oh, realmente, menor que a sauna?

GY: Não tem questionamento sobre isso porque a temperatura da suana é muito, muito mais alta. É 40º graus C.

DM: Oh, ok. Agora, e quanto à sauna a vapor? Obviamente, não há radiação infravermelha lá, mas pode ficar muitíssimo mais quente e parece ser muito mais eficaz do que a sauna seca.

GY: Não necessariamente. A coisa importante é o calor.

……..

GY: A niacina e o o calor são o que é importante.

DM: Ok. É bom saber. Agora, vens fazendo isso por… Quantos anos agora vens te envolvendo com este processo?

GY: Venho fazendo isso clinicamente com meus pacientes, depois da fase cirúrgica, por mais ou menos 12 a 15 anos.

DM: Ok. Vens te envolvendo com isso por um bom tempo. Tens visto alguma chance de envolvimento dos círculos convencionais da medicina no sentido de incorporar esta visão? Ou vês uma mudança ocorrendo onde eles começam a entender o valor deste processo?

GY: Vejo isso de forma muito lenta. É por isso que necessitamos estudos tipo da pesquisa sobre a síndrome da Guerra do Golfo com o David Carpenter. O Departamento de Defesa (DOD) deu-lhe sua garantia porque eles não sabiam o que fazer com aquela gente toda. Mas o aspecto importante é que nós aprendemos disso e podemos aplicar agora para nós mesmos. Claro, quando isso acontece, é publicado periódicos com revisão aos pares e as pessoas começam a pensar sobre isso. Mas penso que ainda temos um longo tempo pela frente. É uma mudança de paradigma no pensamento sobre remoção de tóxicos… É por isso que eu sempre trato por mobilização e eliminação. Não é necessariamente desintoxicação porque isso se dá no fígado.

DM: Ok, esta é uma distinção muito boa. Grato.

GY: Sim, e a maioria dos médicos e trabalhadores da saúde entendem muito bem. Quando se diz “desintoxicação”, eles pensam: fígado.

DM: Certo. Mas então eles podem também estar pensando algo como: “isso é coisa de algum babaca ‘New Age' que não entende o que é todo o processo”.

GY: Exato.

DM: É só expandi-lo com alguns outros termos – mobilização e eliminação – para poder auxiliá-los a melhor entender o que está acontecendo.

GY: Sim, assim é muito mais fácil de entender e é bastante demonstrável.

DM: Então é o David Carpenter quem está fazendo esta pesquisa?

GY: Sim.

DM: Penso que te ouvi mencionar que este processo está disponível. Alguns de seus aspectos estão disponíveis para alguém que se sente doente ou enfermo por ter se envolvido com aquela situação? Podes nos explicar isso?

GY: Está liberado somente para todos os veteranos. É livre para todos eles [que estiverem sido] expostos e que apresentem os sintomas. É claro que está sendo fazendo um recrutamento. Mas eu quero realizar uma conexão para eles em razão de estarem fazendo um grande trabalho e o DOD destinou bons recursos financeiros para isso.

DM: A sigla DOD vem a ser o Department of Defense, não?

GY: Sim, certo. É uma grande oportunidade. David é mundialmente famoso. Poderemos obter algo executável deste processo. Junto a este trabalho, com relação às pessoas que podem ser expostas a químicos… não tenho conhecimento dos resultados disso. Mas mesmo as pessoas que foram expostas ao asbesto (nt.: amianto) podem, possivelmente, ser beneficiadas com este trabalho.

DM: Ok.

GY: Um dos slides que sempre mostro é tanto o raio solar como a radiação são eliminados por esse processo. Vemos as pessoas do acidente de 11 de setembro que passam pelo programa. Vemos como chegam e depois dos primeiros quatro tratamentos, a síndrome se foi. E não volta mais.

DM: É? Isso é incrível. Se alguém é um veterano da Guerra do Golfo com estes sintomas ou se conhecermos alguém que foi, procuremos definitivamente conectá-los ao estudo de David Carpenter já que é um tratamento gratuito. Existe um ótima chance que se tenha uma dramática melhora de suas condições.

GY: Perfeito. E mais, eles podem ficar nas mesmas instalações. Pessoas que foram expostas e que querem passar pelo programa, podem fazer isso fora da pesquisa.  .

DM: Mas em geral, esta é a tua conclusão depois de estar envolvido neste processo por mais de 10 a 15 anos: de que provavelmente é numa rotina ou em hábitos mais sensatos a serem integrados a um estilo de vida que se mobilizará e se eliminará estes tóxicos que estamos invariavelmente expostos. Duas vezes por semana, considerando niacina, exercícios e rotina de sauna. .

GY: Sim, mais o trato intestinal.

DM: Certo, e o trato intestinal. Mas ser cuidadoso no emprego disso com os suplementos e a alimentação.

GY: Correto. Outra coisa é toda esta questão da adicção às drogas. Muitas delas são orgânicas e também se alojam nas células de gordura. Todo este palco de exposição e abuso de drogas, existe ai uma possibilidade de termos um outro cuidado com estas pessoas e tirá-las deste peso ou desta carga para fora de suas células de gordura e do próprio cérebro.

DM: Perfeito.

GY: O cérebro nada mais é que um lipídeo muito lipofílico.

DM: Existem muitíssimos benefícios para se viver no século 21, mas as desvantagens são estão ligadas a existência de um grande número de tóxicos industriais que estamos expostos. Quero saber quanto ao trato intestinal (agradeço por relembrar-me disso), o tempo correto para o carvão ativado e, na verdade, mesmo para a niacina, também – se estamos para fazer exercícios, quando se poderia ingerir a niacina e o carvão?

GY: Podemos ingerir a niacina no tempo zero. Em 20 minutos, poder-se-á fazer os exercícios. Em torno de 40 minutos, pode-se ir à sauna ou a um ambiente com calor. Depois de sair, podemos então usar o carvão para nos livrar dela.

DM: Depois de sair da sauna, ingerir o carvão?

GY: Perfeito. Este é o melhor momento para fazer isso porque então tem-se uma sequência. Mas, ter em mente de que, quando estiver suando, se está perdendo muitíssimos minerais e mesmo vitaminas. Deve se encontrar um modo de repor-se tudo isso. Para uma pessoa que faz isso duas vezes por semana, não é um problema.

DM: Certo.

GY: Para uma pessoa que realmente tentar se livrar de algo muito ruim, isso é muito importante.

DM: Sim, temos que ter certeza que estamos ingerindo muitos eletrólitos que pode ser um ponto chave, como é com o sódio.

GY: Sim, eletrólitos.

DM: E potássio.

GY: Existe um programa que eu gosto de usar. É um programa que é muito claro. Posso relatar algo agora sobre ele. Está bem documentado, as ações que precisamos tomar.

DM: Poderia haver algum benefícios na ingestão de argilas acrescentando à ingestão do carvão ativado? Algo assim como zeolite?

GY: Zeolite, tudo o que estarás usando, Joe, terá a ação de um absorvente. Pode ser também óleos. Eles também irão atrair em razão de uma série de substâncias lipofílicas que irão se direcionar em direção a eles. Pode-se da mesma forma usar lecitina. Podemos empregar coisas como estas. Mas o problema com os óleos é que muitas vezes eles passam por nosso corpo.

DM: Certo. Por sorte, ele te atravessa com as toxinas e assim se pode eliminá-las. E isso é uma boa coisa.

GY: Certo. Isso é que estamos tentando alcançar.

DM: Muito bom. Terias algumas outras palavras a compartilhar conosco sobre este processo?

GY: Penso que vimos tudo. O importante é que as pessoas não pensem nestas opções como químicos tóxicos – mesmo o álcool é uma forma de produtos químico tóxico. Habitualmente ele é usado por quase todas as pessoas como um hábito social. Medicamentos que se ingere para dores de cabeça… As pessoas que estão usando substâncias deste tipo, poderão ter todos os benefícios ao eliminarem alguns deles a intervalos regulares como parte de seu estilo de vida.

DM: Mas com o álcool, tanto quanto eu entendo, não é lipofílico.  Ele é relativamente rápido metabolizado pelo fígado. Não é estocado e um programa de desintoxicação não seria necessário. Está correto o raciocínio?

GY: Perfeito.

DM: Quer dizer, realmente é uma toxina. Mas, afortunadamente, ele é uma das que o fígado elimina. A razão que nós estamos revendo tudo isso, é para muitas das toxinas que estamos expostos, o que não é o caso. A via que nosso organismo usa é literalmente a estocagem delas em nossas células de gordura. Quando se perde gordura, isso causa problemas. Este é um processo ativo de mobilizá-las e removê-las de nosso corpo.

GY: Este é um ótimo ponto sobre a dieta ioiô. A maioria das pessoas se submetem a dietas  ioiô.Quando estamos perdendo peso, nós insistimos que elas usem niacina para eliminarem as toxinas a que foram expostas e estão em sua corrente sanguínea. Precisamos colocá-las para fora. Cada programa de perda de peso deveria ter pensado sobre isso. Mas sabemos que na maioria deles não se pensa isso.

DM: É um ponto muito bom. Se uma pessoa está engajada num programa desses, eles deveriam ter algum meio para eliminar estas toxinas. E se alguém num programa perde 13, 18 ou 22 quilo, poderias nos recomendar que ingerissem a niacina diariamente e façam também sauna todos os dias?

GY: Sim.

DM: Ok. Tudo bem. Ótimo. Então, grato por todo o tempo que estiveste partilhando conosco teus anos de experiência, auxiliando-nos a entender este importante processo de eliminação destas substâncias tóxicas que estamos cotidianamente expostos.

GY: Certo, e uma última coisa: pessoas que vem sendo expostas a certos químicos como na anestesia e mesmo na quimioterapia, podem, subsequentemente, eliminar alguns destes produtos auxiliando-se a si mesmas.

DM: Certo. Novamente, grato. Realmente iremos compartilhar esta informação especialmente com aquelas pessoas que estão sofrendo com a síndrome da Guerra do Golfo.

GY: Ok, grato também.

DM: Obrigado. E até uma próxima.

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2014.

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