Corumbiara, o holocausto que o branco não vê

Caríssimo Parente ‘Tanaru’ que tua vida e tua morte não sejam em vão. Entretanto, para não serem, precisamos te ‘ver’.

[NOTA DO WEBSITE: abaixo estão dois depoimentos feitos por aqueles que reconheceram o que o exército brasileiro fez como política de extermínio de alguns povos que jamais saberemos quem foram, mas que, tristemente, soubemos que existiram. A terrível pergunta que sempre ocorre, quando se vê o que os exércitos já dos países que teriam deixado de colônia, vêm fazendo contra os e as riquezas naturais, não diretamente, mas através dos exércitos do capital, da ganância, da apropriação do patrimônio que não é só do tal país, mas de toda a humanidade, é aterradora e arrasadora. E mais inacreditável, sem terem noção do que destroem e quem exterminam. Assim, que ideologia e doutrina são as espinhas dorsais desta formação de proteção dos ‘bens nacionais’ que imprimem as ações da caserna? Diferente de outros povos das Américas, que depois de ‘libertos’ dos Impérios Coloniais europeus, o território chamado Brasil teve uma figura chave: do Marechal Cândido Rondon. Mesmo sem ter talvez noção exata, furou essa bolha destrutiva das chamadas ‘Forças’ e cria outra doutrina e outra ideologia. Inexplicavelmente, passam a ser seguidas por pessoas que também saem do domínio emocional, religioso, mental e prático dos exércitos do capital, da ganância e da apropriação dos patrimônios da humanidade e vão muito além do último paralelepípedo urbano. Como os homens que fazem esses documentários, saem na busca do encontro com a verdadeira Riqueza Humana que extrapola os chamados ‘recursos naturais’ que contaminam a todos do exército da destruição e da apropriação. E conseguem porque se desprendem e vão acima dessa pegajosa e nojenta visão de mundo do supremacismo branco eurocêntrico. E o que ocorre? Têm a felicidade de encontrar nos destroços da Guerra de Extermínio, defendida com todas as armas, pelas ‘Forças Nacionais’, outras humanidades além da branca e cristã. E assim legam pra todo o sempre, o sorriso, o acolhimento, a humildade, a Humanidade que os Exércitos da Morte, sejam os fardados ou os endinheirados, não têm competência amorosa e cognitiva para verem e sentirem. Esse é o Holocausto do Supremacismo Branco que vai muito além do eterno e globalmente citado Holocausto Judeu. Agora sim, o tal dos judeus foi simplesmente a face branca sobre a mesma ganância, a mesma apropriação dos patrimônios de todos que pensam que devem ficar nas mãos só de alguns. Aqui ao contrário, se vê e se saboreia o que é a ideologia e a doutrina que circula pelos corpos de pessoas iguais a todos nós, que se sentem, no mais profundo de seu coração e de sua vísceras, como Seres Coletivos. E isso é o que o Ser Individualista, do Supremacismo Branco Eurocêntrico, jamais conseguirá se apropriar nem roubar dessa parcela da Humanidade. Será que não é por isso que precisam matar porque parece não suportarem a dor da de um outra grandeza da Espiritualidade e do Amor que vai além de cada um de nós? Mas como todos somos Humanos, tudo isso, do devastador e ganancioso, em seu individualismo, ao Ser Coletivo em seu desarmado acolhimento de outro ‘Parente’, faz parte da essência de nossa espécie. Tudo isso faz parte do chamado ‘Patrimônio Imaterial da Humanidade’. E pode e deve ser aprendido e apreendido pelo coração e mente de cada um de nós, em vez de ser pelo bolso e pelo banco. A felicidade é ainda termos entre nós todas essas possibilidades vivas e elegíveis. No entanto, a escolha está assentada na característica humana da individualidade e do livre arbítrio. No entanto, para isso precisaremos abdicar do distorcido e famigerado individualismo que nos assola a mente e o coração supremacistas brancos. Então o que fazer? É no ‘Aqui e Agora’ irmos para a ‘classe de alfabetização’ e assistirmos, despojadamente, essa ‘Aula Magna’ e cantar com compositora visceral chilena Violeta Parra: ‘Gracias a la Vida que nos ha dado tanto’.].

https://www.youtube.com/watch?v=mQOmGQwM5j8

Repórter Eco

17 de out. de 2022

A morte, em agosto de 2022, do último sobrevivente da desconhecida etnia Tanaru revela a tragédia dos massacres que se repetem no Brasil desde a colonização.

O indígena do buraco viveu sozinho por 25 anos, em fragmentos de floresta da região de Corumbiara, no sul de Rondônia.

Vincent Carelli , indigenista e cineasta, foi quem denunciou o massacre. Na época, fazendeiros locais afirmavam que ali não existiam indígenas para desmatar à vontade.

C O R U M B I A R A

https://www.youtube.com/watch?v=ONNKDTfVqcc

12 de mar. de 2021

Documentário de Vicent Carelli

Ano: 2009

Sinopse: Em 1985, o indigenista Marcelo Santos denuncia um massacre de índios na Gleba Corumbiara (RO), e Vincent Carelli filma o que resta das evidências. Bárbaro demais, o caso passa por fantasia, e cai no esquecimento. Marcelo e sua equipe levam anos para encontrar os sobreviventes.

Duas décadas depois, ‘Corumbiara’ revela essa busca e a versão dos índios…”

Leiloada durante o governo militar, a gleba Corumbiara, no sul de Rondônia, é o cenário, em 1985, de um massacre de índios isolados.

Apesar dos sinais da tentativa de apagar as evidências de sua existência, filmadas pelo documentarista Vincent Carelli, e das denúncias do indigenista da Funai Marcelo Santos, o caso é esquecido.

Dez anos depois, os inequívocos sinais da continuidade dos crimes contra os povos indígenas são revelados, em um processo de selvagem apropriação de terra na Amazônia.

Data de lançamento: 28 de março de 2009 (mundial)

Diretor: Vincent Carelli

Roteiro: Vincent Carelli

Produção: Vincent Carelli

Edição: Mari Corrêa

Elenco: Vincent Carelli, Altair Algaier, Passaká Mequém.