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As raízes da crise ecológica.

“Para Egger, as raízes da atual crise dizem respeito ao paradigma e ao nosso ser interior. A salvaguarda da criação implica também uma ecologia do espírito. A grande batalha trava-se na nossa cabeça e, mais ainda, no nosso coração”. A reportagem é de Catherine Dupeyron e publicada no boletim Observatoire de la Modernité, do Collège des Bernardins, 02-04-2014. A tradução é de André Langer. Michel Maxime Egger, cidadão suíço, começou sua vida profissional como jornalista. Depois escolheu seguir um duplo caminho: o de um engajamento cidadão, que se traduziu no trabalho de sociólogo, numa atividade em uma ONG, num trabalho de lobby pela ecologia, e o caminho de transformação espiritual, especialmente através da redescoberta das raízes cristãs. Seu último livro intitula-se A Terra como a si mesmo (Ed. Labor et Fides, 2012).

“A maior novidade da CNV será incluir os camponeses e índios entre as vítimas”, afirma Maria Rita Kehl.

A jornalista, psicóloga e escritora Maria Rita Kehl. Ela atuou na imprensa alternativa durante a ditadura como editora do jornal Movimento, um dos principais meios de comunicação da resistência ao regime militar, e nos últimos anos realizou atendimentos psicanalíticos na Escola Nacional Florestan Fernandes. Ganhou notoriedade nacional durante as eleições presidenciais de 2010. Na época, ela escreveu no jornalEstadão um artigo em que ironizava as reclamações de moradores de Fortaleza que não conseguiam contratar um porteiro para seu prédio: “É curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo.” Ela foi demitida do jornal logo em seguida.

CTI divulga relatório sobre violências cometidas pelo Estado brasileiro contra os índios Guarani do oeste do Paraná.

A publicação ocorre logo após a visita oficial da Comissão Nacional da Verdade à região. A psicanalista Maria Rita Kehl, coordenadora do GT “Graves violações de Direitos Humanos no campo ou contra indígenas”, esteve por quatro dias na região, período em que pode ouvir, in loco, os testemunhos dos índios Guarani que vivenciaram ou presenciaram diversas formas de violências, atos de tortura e assassinatos impetrados contra seu povo. (Ver matéria sobre a visita publicada na Rede Brasil Atual).

Grupo Bandeirantes é processado por incitar ódio contra povo Tupinambá.

O Grupo Bandeirantes de Comunicação vai responder a uma ação judicial por ter veiculado, em rede nacional, duas reportagens com conteúdo discriminatório e informações distorcidas sobre os conflitos fundiários no sul da Bahia, responsabilizando caciques do povo Tupinambá de Olivença por toda a sorte de crimes, inclusive a morte de um agricultor, e acusando os indígenas de invadir fazendas, ameaçar e expulsar moradores.

Nos 50 anos do golpe, CNV ouve guaranis vitimados pela ditadura no Paraná.

Além de ter negado presença indígena, colonização agrícola e Itaipu 'aumentaram pressão fundiária' sobre oeste paranaense e contribuíram para esfacelamento de aldeias. "Mesmo sendo tarde, tudo isso tem que ser conhecido. Ninguém sabe o que passamos aqui", conclui Casemiro Pereira, 54 anos, pouco antes de se despedir da psicanalista Maria Rita Kehl com um aperto de mãos e a promessa de que sua história será contada ao país. A integrante da Comissão Nacional da Verdade (CNV) ouviu seu relato nessa segunda-feira numa abafada sala de paredes brancas da escola Teko Nemoingo, município de São Miguel do Iguaçu.

Papa Francisco recebe presidente do Cimi para tratar das violações aos direitos indígenas.

O presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e Bispo do Xingu, Dom Erwin Kräutler, foi recebido nesta sexta-feira, às 12 horas, horário de Roma, Itália, pelo Santo Padre Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco. A audiência ocorreu no gabinete papal e tratou das violações aos direitos indígenas no Brasil, promovidas pelo capital privado em aliança com o governo federal. Esteve presente no encontro o assessor teológico do Cimi, Paulo Suess. Nesta quinta, 03, Kräutler e Suess se reuniram também com o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Gerhard Ludwig Müller.

Manifesto Declaração do Movimento Xingu Vivo Para Sempre.

Nos últimos dias de março, o Movimento Xingu Vivo para Sempre se reuniu em Altamira, PA, para olhar para si, para o Xingu e para a Amazônia, e pensar seus caminhos, os caminhos dos rios e o dos povos que deles vivem. Eis o que concluiu: MANIFESTO-DECLARAÇÃO DO MOVIMENTO XINGU VIVO PARA SEMPRE: QUANDO OS RIOS NOS ENSINAM A DESCONHECER FRONTEIRAS E CONTINUAR LUTANDO.

Ditadura criou campos de concentração indígenas.

De 1969 até meados da década de 1970, a Fundação Nacional do Índio (Funai) manteve silenciosamente em Minas Gerais dois centros para a detenção de índios considerados “infratores”. Para lá foram levados mais de cem indivíduos de dezenas de etnias, oriundos de ao menos 11 estados das cinco regiões do país.

Ministra do STF garante direitos constitucionais indígenas.

Em decisão histórica, a ministra Rosa Maria Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu no dia 11 de março que as condicionantes adotadas no julgamento da Petição 3388/RR, que tratou da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, não possuem efeito vinculante. Ou seja, as decisões aplicadas no caso da Raposa não se estendem às demais terras indígenas no país. Trata-se do Mandado de Segurança da Agropastoril, Madeireira e Colonizadora Sanhaço Ltda, questionando homologatório da demarcação da Reserva Indígena Kayabi, na fronteira dos Estados do Mato Grosso e Pará. Anteriormente, em casos diversos, os ministros Ricardo Lewandowski e Ayres Britto já haviam se manifestado de forma semelhante.

Os Povos Indígenas e o Brasil. Mais de cinco séculos de ditadura.

"Estamos nos aproximando do dia 31 de março, quando completam 50 anos do golpe militar e de um longo e duro período de ditadura, violação de direitos, violências, torturas, assassinatos políticos. Para os povos indígenas foi o início de políticas indigenistas militarizadas, repressão e controle do movimento indígena, transferência forçada de dezenas de povos e comunidades em função das grandes obras, rodovias, hidrelétricas, mineração. fronteiras vivas, instalação de obras militares em terras indígenas na fronteira, projetos geopolíticos, como o Calha Norte.