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Ailton Abl

Tradições: Ailton Krenak rompe um silêncio de 127 anos dos indígenas na ABL

Nosso convite para a leitura dessa peça de humanidade, bem como nossa vênia e nosso respeito por esse homem que sabe transitar pelos lindos mundos diversos da Humanidade sem perder, nem pretender tirar os pés, descalços da 'terra preta de índio', da lama que gera toda a Vida dessa nossa Pindorama. Viva Ailton em todos nós, os que o reconhecem e o acolhem e os que o rejeitam e têm medo de sua humildade, simplicidade, limpidez e autenticidade. Gratidão por estares em nós e nos acolhendo e indicando as mil trilhas de nosso continente e nossos corações.

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Tradições: Fazendeiros destroem antiga civilização na Amazônia

Mais uma demonstração do que os 'brasileiros' - como os portugueses que faziam o pau-brasil desde o século XVI - que exortam a degradação, a exploração e a devastação de todo o solo e a cultura do País. A única coisa que os invasores fazem, é extirpar tudo sobre tudo, por dinheiro. Esses são os 'patriotas' e no restante do pais estamos nós, os 'idiotas' que não fazemos nada até porque queríamos estar fazendo o que eles fazem. O dinheiro acima de tudo e de todos. Esse é o verdadeiro 'deus' que nos une.

Tradições: A história do alemão que educou indígena como “experimento”

Somente para lembrar e contextualizar, devemos ter em mente de que depois das denúncias das crueldades e vilanias que os espanhóis submeteram os povos originários que viviam no Caribe nos primeiros anos, após a chegada de Colombo, o Papa Paulo III edita uma bula. Estas denúncias foram feitas principalmente por Bartolomé de Las Casas, ex-oficial espanhol que resolve tornar-se frei para sair da posição de 'encomendero' para poder defender os povos originários. Escreveu para o bispado espanhol da época e para o próprio Imperador Carlos V, demonstrando que os 'cristãos' espanhóis simplesmente matavam mulheres grávidas, cortando-lhes o ventre, bem como esquartejavam crianças para dar 'carnes' para seus cachorros. Daí surge a bula papal de 1537, ou seja meados do século XVI, exortando de que os povos originários eram 'pessoas humanas'. Ou seja, tinham 'alma'! O que me aterroriza? Abaixo se sabe que um médico, imigrante alemão, sentir-se emocionalmente tocado porque uma criança, entre o final do século XIX e inícios do século XX, no sul do Brasil, em Santa Catarina, tinha ficado órfão porque os colonos europeus, alemães no caso, tinham contratado os 'bugreiros' para exterminarem sua família dentre outros pertencentes à etnia dos Xokleng!! E o que aconteceu com esta família: a mãe foi DEGOLADA e o irmão ESQUARTEJADO! Quantos séculos depois da Bula 'Sublimis Deus' do Papa Paulo III? Quando então tratamos do supremacismo antropocêntrico dos imigrantes europeus que invadiram as Américas, a África e todos os outros continentes do Planeta, de ser na verdade supremacismo branco eurocêntrico, muitos ficam importunados. Quem? Os que seguem a doutrina da colonialidade e a ideologia do capitalismo indigno e cruel. Dá para entender o porquê de tratar esse tema desta forma?

Brasil: Que fazer diante da militarização do cotidiano?

Abaixo anexamos uma imagem que nos mostra, principalmente para os negacionistas do sul e do sudeste, qual o legado do que os ditadores do golpe militar de 64, nos legaram com seu fanatismo. Foi quando resolveram invadir, como os portugueses e espanhóis fizeram nos séculos séculos XV e seguintes, as Américas. Só que no século XX foi na Amazônia e daí, a mesma ideologia de devastação expandiu-se, hoje, para o Pantanal, Cerrado e todo o Brasil. Foi esta doutrina da 'segurança nacional' que gera agora a insegurança cidadã. E veio com seu agronegócio, seu integrismo e sua doutrina do capitalismo 'caboclo', subserviente, indigno e cruel, além de submisso à colonialidade. Agora dos "Rios Voadores" que fertilizavam o sul e o sudeste do Brasil, nos legam as "Fumaças Voadoras" que infectam e adoecem todos os habitantes do território nacional. E ainda existem os insanos como o texto mostra, que estão apegados ao extermínio de todos e não só dos povos originários como os militares pretendiam inicialmente eliminar.

Tradições: Decolonialidade – O desafio do pensamento outro

Texto didático e esclarecedor para aqueles que ainda não se apropriaram perfeitamente do representa os novos conceitos de colonialidade, em suas diferenças quanto à colonialismo; de uma imposição civilizatória do eurocentrismo e, por isso, do mundo em que nosso país e nossa sociedade está imersa, por desconhecer os novos tempos. Aqui se fortalece a percepção de que o supremacismo branco eurocêntrico tornou-se uma realidade da sociedade nacional, que, independente de ser ou não consciente, ainda se submete a um poder que não é nosso, mas sim de uma visão de mundo que nos contamina em nosso fazer, sentir e agir de todo o dia e de toda a hora.

Tradições: “Continuamos na mesma sociedade escravocrata de antes com roupagens mais modernas.” 

Uma reflexão incisiva e contundente que nos faz pensar como lidamos conosco mesmo como nação e povo. Precisamos ter todas as facetas de nossa realidade social conhecidas para sabermos o que representam nossos padrões como sociedade para termos um vislumbre de como estamos construindo nossas relações humanas e civilizatórias. Aqui não é citado diretamente, mas extrapolamos para reconhecermos que, de alguma forma, seguimos a doutrina da colonialidade e a ideologia do supremacismo branco com fundamentos de nossas atitudes e opções em nossas atitudes no cotidiano.

Tradições: Como a ideologia dos militares moldou a Amazônia de hoje

Importante matéria que mostra, como já refletimos anteriormente, que a devastação da Amazônia em todos os níveis: desmatamento, queimadas, gado, soja, desrespeito aos povos originários, as minerações e invasões do capital estrangeiro, são reflexos de uma política ideológica do organismo pago pelos brasileiros para lhes defender, o Exército, dentro das Forças Armadas. Percebe-se que, mesmo que indiretamente, professam a doutrina da colonialidade, fundada num capitalismo indigno e cruel, além de mostrarem ser supremacistas antropocêntricos e etnocratas. Sabe-se hoje, inclusive cientificamente, que uma das saídas para o impasse civilizatório que a humanidade está trilhando para seu extermínio, é a busca dos fundamentos de todos os povos originários de todos os continentes. Reconhece-se que a visão de mundo eurocêntrica com suas revoluções industrial, agrícola, petroquímica e tecnológica, está gerando um beco sem saída para a sobrevivência de todos os seres vivos, incluindo os humanos. Lastimamos que sustentamos quem não nos sustenta. Está na hora dos militares avançarem com seus corações e mentes e abandonarem a visão de mundo supremacista portuguesa do século XV que além de estar há séculos superada, mostra-se deletéria e caquética.

Povos Originários: Os conflitos entre imigrantes alemães e kaingang no Sul

Duas matérias, no mesmo dia e na mesma mídia pública alemã, DW. A mesma história, mas vista sob prismas diferentes. As duas partes vítimas da mesma ideologia que promoveu a ocupação dos territórios originários com o intuito de instalar uma colônia que estivesse a serviço dos Impérios Coloniais, uns mais visíveis e explícitos do que outros. No entanto, a doutrina sempre foi igual: agregar patrimônios=recursos móveis e imóveis aos cofres dos Impérios. E para tanto, os espaços americanos deveriam ser considerados como terras sem gente para abrigar gente sem terra. Argumento este que foi propalado, séculos depois, pela ditadura militar, do século XX, quando fez o mesmo com as terras do Pantanal, da Amazônia e do Cerrado. Lembram do discurso do Garrastazu Médici quando, na televisão em cadeia nacional, 'apresentou' as obras da Transamazônica? Idêntica visão de mundo que se perpetua no tempo e nos espaços. Será que não dá para se ver no exato dia de hoje com os homens do 'agronegócio' o mesmo de sempre? Percebam que esta ideologia da apropriação do patrimônio da humanidade, que sempre os povos originários de todas as Américas foram os guardiães e, com inteligência e harmonia, conservando e integrando, por princípios sociais e éticos, antes da chegada dos primeiros invasores, supremacistas brancos eurocêntricos, na modalidade portuguesa, no século XVI e que vem se desdobrando, sob várias modalidade europeias, desde então? Hoje são os crentes da doutrina da colonialidade, mas a visão sobre a Vida permanece idêntica. Como se vê, a história branca sempre é contada por eles, os 'cristãos', os 'bravos', os 'competentes', os 'progressistas', os 'meritocratas', em contraposição aos 'selvagens', os 'obtusos', os 'primitivos', os 'desgrenhados', os 'pagãos', os 'impuros', os 'bugres'.

Tradições: Marco temporal: violência contra indígenas dispara com incerteza jurídica sobre demarcação de terras

Texto abaixo demonstra que todas as reflexões que fizemos nos dois textos que a mídia alemã DW publicou sobre os 200 anos da imigração alemã, não fogem do nosso cotidiano. É o mesmo dia a dia como se ainda estivéssemos vivendo a mesma ladainha desde o final do século XV e início do século XVI. A visão de mundo, com todos os seus paradigmas, se escracha até hoje. Mas até quando? Será que vai ser quando o último dos 'parentes' dos povos originários der ó derradeiro suspiro? Este futuro está em nossas mãos, mas antes passa pelos nossos corações e mentes.

Tradições: A ofensiva da extrema direita sobre Terras Indígenas no Brasil

A insensatez das chamadas bancadas ruralista e da BBB/Bala/Boi/Bíblia, vem demonstrando que podem ser tudo menos concidadãos em nosso país. Mesmo que fossem praticantes da colonialidade, fundada no capitalismo indigno e cruel, e crentes da doutrina do supremacismo branco eurocêntrico em seu confronto com os povos originários, os verdadeiros 'donos' imemoriais de todo o continente das Américas, jamais poderão negar que são eles que criam as possibilidades reais de podermos superar os embates das crises climática, social e ambiental de todas as Américas. Esta pretensão dos eurodescendentes de se sobreporem aos povos que vieram por séculos mostrando que só com a integração objetiva com a natureza iremos legar um planeta saudável para todas as futuras gerações de todos os seres, humanos e não-humanos, demonstra como são realmente anti-humanos e tacanhos. Além de criminosos pela violência de suas ações inviabilizarem um devir harmônico para seus filhos e netos.

Tradições: Pensando como ancestrais para salvar o planeta

Reflexões que se coadunam com a visão de mundo do nosso 'parente' e imortal Ailton Krenak. Sim, existe entre nós muitos que também pensam que o que chamam de progresso foi um decisão equivocada e fantasiosa já que vivemos num planeta com seus patrimônios finitos. Recuperarmos práticas que nosso povos originários, nossos ancestrais, queiramos ou não, sempre utilizaram, mostram que humilde e sabiamente reconhecem exatamente isso: a Grande Mãe Terra nos disponibiliza tudo o que todos, mas todos mesmo, seres, humanos e não-humanos que aqui coabitam, tem o que precisam. O resto é roubo e crueldade.