Fibras plásticas na água encanada de todo o mundo
Mesmo tendo material anterior sobre o tema, publicamos por ter sido feito pelo media inglesa de alta credibilidade: ‘The Guardian’. Questionador. Informe-se!
Infelizmente o professor não ressalta de que sendo moléculas sintéticas, a vida jamais vai reconhecê-las e com isso degradá-las a nível elementar. São formulações estranhas à Vida. Como ela poderá fazer o que faz com moléculas naturais que ela mesma formulou? Somente tangencia este aspecto, mas não dá toda a importância que esperaríamos que desse. Supomos que se ainda houver moléculas sintéticas, como as resinas plásticas, não deverão nunca mais ser colocadas no ambiente como se fossem ser degradadas naturalmente. E outro aspecto fundamental que não foi destacado, no nosso ponto de vista, foi denunciar a agregação de plastificantes como os ftalatos, bisfenol-A/BPA e tantos e tantos outros que são disruptores endócrinos além dos metais pesados que acrescentam aos produtos finais como 'aprimoramento' das resinas para nosso uso cotidiano. Sabemos que estes aditivos aderem aos fragmentos dos micro e nanoplásticos aumentando seu efeito danoso quando no ambiente.
Mesmo tendo material anterior sobre o tema, publicamos por ter sido feito pelo media inglesa de alta credibilidade: ‘The Guardian’. Questionador. Informe-se!
Vale a pena o esclarecimento no momento atual sobre alguns fatos quanto à realidade das embalagens como um todo. Estamos atolados nelas em todos os níveis. Lembremos as ilhas de plástico nos oceanos. Já a lata, por exemplo, tomou conta de tudo: do refrigerante ao suco ‘natural’. Mas será que alguém se deu conta de que todas as latas, conforme a pesquisa científica vem mostrando, tem uma película interna com o insidioso BPA (bisfenol A) em sua composição? Lembram-se das mamadeiras do plástico policarbonato que foram proibidas porque dela lixiviava o BPA que surgiu da reação química desta molécula com a arma química fosgênio? Pois a lata tem esta resina ou a epóxi que também vem do BPA. Mas alguém se pergunta se ao consumir qualquer produto em lata que esta substância pode estar se liberando dela e se misturando naquilo que vai se dar a seu filho?
Até onde iremos com essa crescente agressão das resinas plásticas invadindo todos os corpos dos seres vivos do Planeta, incluindo nós os humanos? É uma questão tão assustadora porque os fragmentos plásticos estão progressivamente se transformando em mico e nanoplásticos e como tirarmos de nossos corpos estas partículas que se fragmentam cada vez mais. Esta á a grande incógnita dos próximos tempos.
Mais um alerta para se abandonar o emprego de água engarrafada em recipientes plásticos com todos os danos que este tipo de embalagem traz a todos. Quando iremos seguir este alerta e ter uma atitude mais amorosa com todos os seres vivos?
Como dito pelos cientistas, foi a Antártica o ambiente planetário mais resguardado durante milênios das garras perversas dos seres humanos. No entanto, hoje não é mais. Com a negligência das últimas décadas, no pós IIª Guerra Mundial, diferentes de toda a humanidade anterior, passamos a desprezar todos os ambientes, a começar pelos oceanos. E agora colhe-se os frutos desta negligência. O futuro está tão nebuloso porque continuamos a agir como se mal não estivéssemos fazendo com esta opção por este capitalismo indigno e cruel e esta arrogância de produzirmos moléculas sintéticas e por isso agressiva e que acabam criando um mundo onde só alguns têm todos os direitos e o restante só lhes sobra as sobras.
Para aqueles negacionistas que ainda duvidavam de como estamos sendo ‘nutridos’ por microplásticos (e nanoplástico e partículas talvez ainda menores), esta matéria irá arrasar com quaisquer deles. Infelizmente! Abaixo está a situação atual das populações em todo o Globo. Tragicamente, como demonstrado, a via mais intensa é através da alimentação com peixes. Este é o resultado de todos os plásticos que acabaram chegando no grande escoadouro planetário, os oceanos. E agora? Não comer mais peixes? Este é o legado das corporações, que tiveram sua origem na química sintética, gestada por primeiro nos países europeus, destacadamente Inglaterra, França e Alemanha, e hoje espalhada por todo o planeta. Quando então levantamos que são organismos que fazem parte de uma máfia criminosa, poderemos ser taxados de exagerados, injustos e cruéis. Mas com estes resultados sobre os microplásticos e, pior, a ainda manutenção destes empreendimentos, qual conclusão se poderia chegar?
Em vez de estarmos fazendo guerras egoicas que, estupidamente, destroem vidas, deveríamos fazer uma cruzada global contra os inimigos das futuras gerações. Quantos recursos são gastos em produtos supérfluos enquanto vastas parcelas da população planetária passa fome e não têm possiblidades de preservarem minimamente suas existências. E enquanto isso estamos, como consumidores, por total e absoluta negligência e displicência, destruindo além de todos os seres vivos, comprometendo a vida saudável de quem ainda nem nasceu. Esta molécula que foi identificada como venenosa, permanece incólume entre nós. Vale a pena ver o documentário “Homens em extinção”, legendado ou dublado, para vermos que desde o início dos anos 2000, já se sabe o que o Bisfenol-A causa. E, amargamente, ele ainda está gerando efeitos deletérios sobre nossos descendentes. Até quando?
Sempre a tentativa de manter o mesmo status quo. Como nós os consumidores somos os verdadeiros responsáveis pela poluição global já que somos nós que disseminamos os produtos como lixo, chegou o tempo de sermos mais atentos e espertos. A indústria sempre se justifica de que só faz o que faz porque a sociedade exige dela aquilo que produz. Ou seja, se nós não soubermos o que estamos fazendo, a indústria também dirá que, inocentemente, produz pela exigência do ‘mercado’. Mas agora basta! Não temos, por tudo o que temos visto, mais o direito em relação a todos os nossos descendentes, de continuarmos sendo passivos e omissos. A não ser que pouco nos importa o que estamos legando para quem vem depois de nós. Se assim é, pelo menos, tomamos uma decisão ‘consciente’.
Cada vez fica mais evidente de que o imenso equívoco da chamada sociedade moderna baseada em moléculas sintéticas e feitas pelo ser humano, definitivamente estão comprometendo a sobrevivência de todos os habitantes do Planeta. Só existe uma solução: PARAR IMEDIATEMENTE COM QUAISQUER USOS DE SUBSTÂNCIAS ARTIFICIAIS EM TODAS AS ATIVIDADES HUMANAS! A natureza não pode decompô-las porque são totalmente estranhas e, por isso agressivas, aos organismos vivos da Terra!
O mais chocante desta matéria do professor é quando diz, expressamente: “Se eu tivesse uma varinha mágica, afirma, tocaria “a mente e o coração das pessoas para que recusassem o plástico descartável em suas vidas”. “Não sou a favor da proibição, sou a favor de que as pessoas optem por proteger a saúde de suas famílias, melhorar a sua economia com alimentos a granel, próximos delas, e eliminar os resíduos de suas vidas. Isto todos nós podemos fazer amanhã mesmo, não é necessário esperar que os legisladores em Bruxelas ou na comunidade autônoma tomem decisões. É algo gradual”. É algo que nos entristece porque há mais de 30 anos, estamos também, não nossa pequenez pessoal, trazendo a mesma percepção que tomamos contato em 1989 quando nos chega um texto sobre os efeitos dos chamados aditivos, melhor definido como ‘plastificantes’ sobre a saúde de todos os fetos machos, de todos os seres vivos, que ainda nem haviam nascido. O efeito era constatado então sobre os nossos espermatozoides que acontece deste os nossas primeiras semanas de vida uterina. Hoje, esta realidade vai muito além. Afeta todos os organismos naquilo que temos de mais rico em nosso processo humano de evolução: sobre nossos cérebros! Mas como afirma o professor, ainda há esperanças!
Mais uma informação que nos coloca sob suspense. O que nos fica é a opção industrial de fazer qualquer coisa que lhes dê lucro, mesmo que seja em detrimento da sobrevivência de todos os seres planetários. Pelo texto se constata o impasse que estamos vivendo porque a retirada de quaisquer destas moléculas do ambiente, parece ser algo, pelo menos no momento, praticamente impossível. Assim, só nos resta perguntar: e agora, o que a humanidade fará? E principalmente como lidar com os verdadeiros personagens que geram este crime corporativo que se transforma em crime contra a humanidade e todos os seres vivos da Terra?
Sendo uma tecnologia originária de uma visão de mundo arrogante e supremacista, típicas da energia masculina tóxica, tanto presente em homens como em mulheres, é muito sintomático que seus efeitos ocorram exatamente sobre seus ícones machistas, o pênis e os testículos. A pergunta que nos fica é: “e agora, José? O que fazer?” Pois esse é o derradeiro impasse da vida tecnocrática, plastificada e sintética que optamos para vivermos nossos dias. Com a desculpa da praticidade, da ‘falta de tempo’, da ‘corrida da vida moderna’, fizemos escolhas tanto de produtos de consumo=ultraprocessados, como nas formas de guardar, conservar e transportar todos os nossos itens de consumo e de convivência diária. Ainda só se constata, já que não se fazemos nada. Não porque estejamos imobilizados sem saber o que fazer, mas sim, dramaticamente, não nos movemos por estupidez mesmo. Por estarmos tão anesteciados que nos tornamos impotentes por preguiça, desleixo e irresponsabilidade pelo que estamos não só vivendo em nossos corpos, mas pela herança insolucionável que legamos para quem está vindo depois de nós. Triste fim que optamos dar às nossas vidas, inertes e esterilizadas.
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino