Mudanças Climáticas (Pág. 5 de 31)

Emergência climática: Dados mostram que Brasil perdeu 55% da região do agreste e está se tornando sertão

Passarão alguns meses ou anos e todos diremos: "Puxa! Por que não acolhemos e agradecemos a cientistas como os irmãos Nobre que vêm, há anos, nos mostrando a loucura desses tempos em que não 'ouvimos' nem honramos os alertas que a Natureza tem nos dado?". Talvez possa ser tarde demais como todas as famílias arrasadas pelas cheias de maio de 24, no Rio Grande do Sul, estão plasmadas. Mas não foi o fizemos com os clamores, no verdadeiro sentido da expressão, que, furiosamente muitas vezes, José Lutenberger, o 'velho Lutz', 'berrava' nos nossos ouvidos? E nós, impassíveis, fazíamos ouvidos moucos. Pois bem... aí está o que amorosamente, com veemência, o Lutz nos instigava. Mas agora, não adianta 'chorar sobre o lenho seco', nem 'o leite (sic!) derramado'. A tristeza e a solidão é a herança que nós, os supremacistas brancos e os invasores, legamos para os conterrâneos gaúchos deserdados de hoje. Quem serão os de amanhã?

Emergência climática: A agonia da seca na Amazônia

Matéria que mostra como a população de toda a Amazônia está vivendo em razão da seca que ocorreu na segunda metade do segundo semestre de 23. E o dramático contraste é com as enchentes no outro extremo do Brasil, no Rio Grande do Sul, e essa seca que ainda se manifesta na Amazônia. E a se recordar de que o Prof. Eneas Salati, USP/SP, falecido em 2022. foi quem desvelou a magnífica ciclagem das águas amazônicas. Nos anos 70 foi ele que mostra a existência dos vapores d'água e das nuvens formam os rios voadores que tornam férteis o centro oeste, o sudeste e o sul. do país, além da Bolívia e Paraguai. Revelou ao Brasil e ao mundo de que a Amazônia tinha 75% da sua água do solo para cima e 25% do solo para baixo. Ou seja, as árvores, suas copas e as nuvens, geradas pela evapotranspiração das folhas das árvores, detêm o maior percentual de todas as águas amazônicas. Pois com essa seca, esses 75% desapareceram e ainda pelo calor fez com que esses 25% ficassem extremamente minguados. E pelo movimento atmosférico que com os ventos que vem do mar na altura do equador, formam essa riqueza líquida que, pelas mudanças climáticas, vieram 'desaguar' de forma inimaginável no Rio Grande e no nosso vizinho Uruguai. E com isso causou pela concentração das precipitações uma tragédia no sul do Brasil. Constrastes que mostram esses extremos paradoxais com ausência d'água onde deveria ser abundante e devastadora na região onde deveria ser a origem da fartura e da abundência. Constrastes esses, sem dúvida, gerados pelas devastações que, desde a ditadura militar, vem sendo praticadas pelo agronegócio tanto da soja como da pecuária.

Emergência climática: O olhar das fotógrafas sobre a seca da Amazônia

Vale destacar que essa matéria é de novembro de 23, ou seja, há uns cinco mêses. Incrível para quem já navegou pelos rios Negro e Solimões e esteve em Tefé e foi até a Reserva Extativista de Mamirauá, pelos rios abundantes e pelos lagos cheios de vida e beleza, constatar isso. É impossível se crer que essa situação, mostrada abaixo, possa ser real. Ver agora essas paisagens desoladoras é uma realidade tão absurda que parecem cenas ficcionais. E é a repetição daquela inesquecível seca de 2005 que parecia que jamais haveria algo com aquela dramaticidade. Mas ocorreu e num tempo muito curto para ser ocasional. E o mais irônico é o contraste com as inundações históricas que acontecem agora no Rio Grande do Sul. É um imenso paradoxo. Infelizmente real e assustador.

Mudanças climáticas: Como troca de vegetação nativa por soja pode ter agravado as enchentes no Rio Grande do Sul

Matéria que nos mostra como foram várias as ações em todos os ambientes e que demonstram como os que chegaram lá pelo século XIX, vieram para tornar o estado num arredo do que conheciam em seus espaços de origem. Ou seja, eles não chegaram aqui, eles não sairam de lá. Desta forma, já que não dava para replicar exatamente a paisagem e a produção agrícola que lá faziam, agiram com total despreparo e desrespeito aos ecossistemas locais. Por que? Simplesmente porque nem passou por sua mente supremacista de que os que aqui estavam já moravam a milhares de anos nestes mesmos ecossistemas e até poderiam ter soluçãos muito mais adequadas do que as suas. Basta ver que os invasores até acharam que as terras e as florestas eram, misoginamente, 'virgens'. Dando a entender de que os 'homens' não haviam 'penetrado' nelas. Nem conseguiam ver que os povos originários, ecologicamente, sabiam como conviver, de forma harmônica e integrada, com os espaços e com sua biodiversidade, de forma pelo menos positiva. Caso contrário, se os povos originários agissem como os supremacistas brancos agiram e agem, os tais invasores não teriam encontrado pedra sobre pedra e viveriam as mesmas agruras que os descendentes do invasores estão vivendo agora. Sentem a diferença de relacionamento dos supremacistas com os espaços e que são completamente diferentes daquele que os povos originários têm?

Mudanças Climáticas: Por que apostar nos saberes ancestrais

Sem questionamentos supremacistas: o Brasil não pode mais abdicar dos saberes de quem vive há séculos nesse continente e que não o invade. Os povos originários, sempre desprezados e humilhados, mostram para os que têm por prática a invasão, a agressão, a submissao e o esbulho, que o futuro de todos somente acontecerá quando todos os que aqui habitam realmente cheguem nesse espaço geográfico chamado Brasil. Os tempos que os invasores têm passado por aqui não tem sido de harmonia e integração, nem com os espaços, nem entre eles e os povos originários. Até quando? Quando o último dos invasores for embora ou desaparecer?

Emergência climática: “O crescimento de políticos populistas negacionistas é um risco enorme”.

Pelo menos três aspectos terríveis destacamos no dito pelo grande cientista que é Carlos Nobre e que já vínhamos expondo em nosso website com a mesma intensidade que ele frisa: políticos populistas negacionistas, em nosso ver, a autoproclamada bancada ruralista de todas as legislaturas estaduais e federal; ressalta de que o Rio Grande do Sul é o estado que abriga o maior número de negacionistas no Brasil (e o centro-oeste e Goiás com seu governador que é mais extremado do que o do RS?); e, por fim destaca o agronegócio. Para nosso website, esses três destaques feitos, leva-nos à compreensão de que o RS realmente é o celeiro dos devastadores da Amazônia e do Cerrado, ideologica e praticamente. Nunca esquecer que a soja chega ao Brasil pelo RS no final dos anos 60. E também jamais esquecer que é o lugar de nascimento do maior número de militares ditadores brasileiros que devastaram com sua visão de mundo, nosso país entre 60 e 80 do século XX. E, sem compreendermos porque, é exatamente a maioria dos integrantes das três Forças militares onde repousa o vírus do negacionismo que vem infestando nosso país. Quanto ao agronegócio, veio conjuntamente com a soja onde estava imbutida praga do 'agribusiness' dos EUA e praticado sem esse nome pelo sul. E quando a ideologia se instala será exatamente pelas mãos dos sulistas (dos estados do RS, SC e PR) que foram transferidos para invadir o Cerrado e a Amazônia. Aqui no RS essa transferência de gente começa pelos que estavam nas margens das rodovias, como em Encruzilhada Natalino, no início de 80. Foram expulsos da terra pela imposição da revolução verde entre final de 60 e início de 80 que estava colada com a soja. Sem condições de acompanharem toda sua parafernália, tiveram que entregar suas terras. E os militares-ditadores, como medo do 'comunismo', tentaram transferir todo esse povo acampado nas rodovias para a nova fronteira agrícola como foi o RS em meados do século XIX com a vinda dos alemães e dos italianos. Agora o novo 'eldorado' é a Amazônia. Mas muitos se recuram a ir e ficaram e junto com os que retornaram mesmo na contramão da ditadura, formaram um movimento que depois se chamou de Movimentos do Sem Terra. E a reforma agrária que poderia ser a grande geradora de alimentos para a sociedade e não de commodities de expostação do agronegócio, não acontece como deveria e com isso estamos vivendo toda essa distopia sócio-econômico-ambiental que se constata de norte a sul e de leste a oeste em todo o país.

Emeregência climática: Como as alterações climáticas estão provocando uma epidemia global de problemas de saúde imunitária e como travá-los

Uma matéria como essa de uma médica que atua exatamente nessa área, destaca, como faz, o que representa para a sociedade como um todo, os efeitos sobre sua saúde das mudanças climáticas. É uma joia. Estimula-nos a pensar como, individualemente, podemos agir dentro de nossas limitações, para contribuirmos efetivamente para aplacar esses prognósticos sobre essas realidades extremas do clima. Vivemos, no aqui e agora, plasmadas no Rio Grande do Sul/Brasil e Afaganistão, concomitamentemente, essas enchentes arrasadoras. Assim essas informações aqui compartilhadas por essa médica, ratifica todas as outras que tratam desse mesmo tema. Temos que nos insurgir contra esse paradigma do supremacismo branco eurocêntrico que se considerando efetivamente superior, faz ouvidos moucos inclusive para cientistas de sua mesma civilização porque não interessa à doutrina do capitalismo indigno e cruel saber dessas 'coisas'. Mostra que não enxerga um palmo além de seu nariz, a não o dinheiro a quem devota todo seu amor, sua competência, seus saberes e sua visão de mundo. Até porque muito dos atuais 'donos do mundo', cinicamente, não sofrerão os efeitos nefastos de suas ações irresponsáveis e criminosas. Ou porque já terão morrido ou porque terão condições de criar seus oásis para desviarem e/ou suportarem aquilo que a população planetária sofrerá, indefesa, em sua própria carne.

Emergência climática: Tragédia do Rio Grande do Sul. Um desastre previsto

Quando o cientista afirma que há 50 anos a ciência alerta sobre o terror da emergência climática, nunca podemos esquecer os cidadãos comuns, fortemente no Rio Grande do Sul, sempre responsáveis e consequentes. Por acessarem informações, muitas vezes de difícil entendimento da população, e que circulavam pelo primeiro mundo, 'traduziam' para todos entenderem. Traziam o que se passava no mundo meritocrata dos supremacistas brancos eurocêntricos que transitavam pelo hermifério norte, espaço dos permanentes escravocratas que se mimetizam pelos tempos em que vivem, São os Fantasmas Famintos que nunca se saciam e que vivem, nas vísceras, o mito de Erisícton, da antiga Grécia. E hoje, na mesma tecla da ideologia da colonialidade que segue a doutrina do capitalismo individualista indigno e cruel, destroem a vida de todos. Os mesmos ciclos dos portuguêses invasores do século XV, com suas capitanias hereditárias, agora se plasmam nos latifúndios e no agronegócio com suas commodities que continuam na mesma batida de que o que importa é exportar. Exportar tudo o que deveria ser distribuido entre todos os nascidos no Brasil quando fossem alimentos. Mas não, plantam e arrazam as florestas com a soja que vai alimentar porcos, salmões, galinhas e vacas exatamente lá onde estão os Impérios Coloniais. E o povo daqui? Fica com a devastação, a destruição de suas vidas, a miséria, a fome e as milícias, estejam em Brasília ou espalhadas pelo território nacional.

Emergência climática: “Não tem mais volta”

Temos, toda a população global, com todos os extremos que estão se plasmando em todo o planeta, que exigir de quem escolhemos para governar, legislar e administrar nossos países, total responsabilidade sobre todos os seus atos que estão levando à dor e à desgraça, nunca para eles, mas para toda a sociedade da Terra. E é claro, de todos os 'empreendedores', ruralistas e 'homens dos negócios' que têm feito toda essa devastação que origina essa afirmativa desse honorável cientista brasileiro. É terrível! Já basta os ouvidos de mercador que todos os inconsequentes que vieram antes e que estão agora, nababescamente sentados em suas poltronas ou em seus tratores, fasendo tudo contra a harmonia e saúde de todos. Basta estarem surdos para os profetas-cientistas e cidadãos como Lutenberger, Lewgoy, Magda Renner e tantos e tantos outros, por exemplo, no próprio Rio Grande, que clamavam de que isso iria acontecer. Bem, não ouviram e a população sofre. Mas agora a palavra chave é: chega!! Chega desse roubo não mais do futuro de todos, mas do nosso presente, aqui e agora.

Emergência climática: Relatório revela que Brasil teve 12 eventos climáticos extremos em 2023

Irônico que seja a ONU que escracha o que temos feito, a partir dos legisladores, incluindo os gaúchos, tanto no estado do RS como no Congresso Nacional. Com sua voracidade de Fantasmas Famintos favorecem por suas ações irresponsáveis de eliminarem todos os entraves que são interpostos frente aos criminosos que não respeitam a sociedade. Não suportam que haja um ambiente saudável e harmônico que não provoque os terrores que viemos, no Brasil, vivendo cada vez de forma mais intensa. Será que eles desconhecem o que a ciência vem mostrando para todo o planeta? Ou será que são venais e com as mãos molhadinhas, rabiscam e rasgam todas as conquistas feitas pela sociedade para abrir perspectivas de uma vida mais igualitária e onde mais e mais conterrâneos possam usufruir as benesses que toda a natureza de nosso país disponibiliza para todos nós?