Globalização (Pág. 38 de 39)

‘A aliança entre bancos e governos está no centro da crise’, diz o economista Edmund Phelps.

A irresponsabilidade dos bancos europeus contribuiu para a atual crise do euro, afirma Edmund Phelps. Em seu cerne, porém, está um conluio fatal entre governos e bancos, argumenta e economista. Edmund Phelps é professor de Economia Política da Universidade de Columbia, em Nova York, e diretor do Centro sobre Capitalismo e Sociedade. Em entrevista à Deutsche Welle, o vencedor de 2006 do Prêmio de Ciências Econômicas – conhecido como Nobel de Economia – acredita na continuidade da zona do euro, apesar dos problemas.

Quando os ricos ficam mais ricos.

Mansões de um lado do caminho e favelas do outro. Pessoas fazendo fila por um prato de comida enquanto privilegiados se locomovem em automóveis luxuosos com vidro espelhado. São alguns dos paradoxos da crise econômica e financeira global.

O ‘mercado’ da fome traz lucro para os países desenvolvidos doadores.

Luta contra a fome – uma bandeira que praticamente todos levantam. Mas há acusações de que muitos dos que dizem querer ajudar na verdade se beneficiam da miséria alheia. O Haiti é o exemplo típico de uma política que traz lucro para os países desenvolvidos e prejudica os pequenos agricultores locais – justamente as vítimas da fome. Essa é a avaliação do diplomata Jean Feyder, de Luxemburgo, presidente da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).

”Ocupa Wall Street é o movimento mais importante do mundo hoje”

Na quinta-feira, 06 de outubro, Naomi Klein compareceu, convidada, à Assembleia Geral de Nova York. A amplificação foi banida pela polícia. Não havia microfones. Num inesquecível gesto, a multidão mais próxima a Klein repetia suas frases, para que os mais distantes pudessem ouvir e, por sua vez, repeti-las também. Era o "microfone humano". O memorável discurso de Klein foi assistido por dezenas de milhares de pessoas via internet.

Os indignados ”ocupam” os EUA

Os ativistas começaram a armar barracas nas principais cidades e já planejam marchas em direção a bancos, corporações e instituições políticas por todo Estados Unidos. Os ativistas afirmam que a economia beneficia apenas a elite endinheirada.