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FAO adverte ‘intensos processos de concentração e estrangeirização de terras’ na América Latina.

Deslocalização agrícola – Estrangeiros alugam terras latino-americanas para se beneficiar da riqueza do solo – São 330 mil hectares da província argentina de Río Negro que seu governador anterior considerava improdutivos. A maior empresa de alimentos da China, a estatal Heilongjiang Beidahuang, quer transformá-los em um pomar para garantir a provisão de alimentos durante 20 anos.

A miséria do ‘novo desenvolvimentismo’, artigo de José Luís Fiori.

“O capitalismo só triunfa quando se identifica com o estado, quando é o estado”,Fernand Braudel, “O Tempo do Mundo”, Editora Martins Fontes, SP, p: 34.

O “debate desenvolvimentista” latino-americano não teria nenhuma especificidade se tivesse se reduzido à uma discussão macro-econômica entre “ortodoxos”, neo-clássicos ou liberais, e “heterodoxos”, keynesianos ou estruturalistas.

‘A aliança entre bancos e governos está no centro da crise’, diz o economista Edmund Phelps.

A irresponsabilidade dos bancos europeus contribuiu para a atual crise do euro, afirma Edmund Phelps. Em seu cerne, porém, está um conluio fatal entre governos e bancos, argumenta e economista. Edmund Phelps é professor de Economia Política da Universidade de Columbia, em Nova York, e diretor do Centro sobre Capitalismo e Sociedade. Em entrevista à Deutsche Welle, o vencedor de 2006 do Prêmio de Ciências Econômicas – conhecido como Nobel de Economia – acredita na continuidade da zona do euro, apesar dos problemas.

Quando os ricos ficam mais ricos.

Mansões de um lado do caminho e favelas do outro. Pessoas fazendo fila por um prato de comida enquanto privilegiados se locomovem em automóveis luxuosos com vidro espelhado. São alguns dos paradoxos da crise econômica e financeira global.

O ‘mercado’ da fome traz lucro para os países desenvolvidos doadores.

Luta contra a fome – uma bandeira que praticamente todos levantam. Mas há acusações de que muitos dos que dizem querer ajudar na verdade se beneficiam da miséria alheia. O Haiti é o exemplo típico de uma política que traz lucro para os países desenvolvidos e prejudica os pequenos agricultores locais – justamente as vítimas da fome. Essa é a avaliação do diplomata Jean Feyder, de Luxemburgo, presidente da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).