Energia (Pág. 8 de 11)

O resgate de uma dívida social. As concessões de usinas hidrelétricas.

No momento em que está em discussão a MP 579 que trata da renovação das concessões de usinas hidrelétricas, mais do que oportuno retomar o artigo de Ildo Sauer, especialista em fontes energéticas. diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP e ex-diretor da Petrobras, sob o título O resgate de uma dívida social, publicado pela página da revista Carta Capital, 14-05-2012.

Quando as hidrelétricas são fato consumado.

“O país pode precisar ou não das obras. Mas a forma atual de implementação traz riscos e prejuízos ambientais, sociais e econômicos que extrapolam os eventuais benefícios. É preciso construir um quadro de segurança, adiantando o dever de casa, em vez de buscar fatos consumados”, escreve Roberto Smeraldi, jornalista, é diretor da OSCIP Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 20-09-2012.

Área indígena sagrada vai virar hidrelétrica.

Na curva onde o rio divide os Estados do Pará e Mato Grosso, as águas esverdeadas e velozes do Teles Pires escondem um santuário de belezas naturais e um reino místico da cultura indígena. Para o “homem branco”, nada mais é do que a sequência de sete quedas de corredeiras. Entre os povos indígenas, trata-se de um lugar sagrado, que não pode ser mexido. Ali, entre ilhas, pedras e uma mata ainda intocada, eles acreditam que vivem os espíritos de seus antepassados, a mãe dos peixes e da água. “Se for destruído, coisas ruins vão acontecer para o homem branco e para a comunidade indígena”, prevê o cacique João Mairavi Caiabi, que aos 51 anos comanda 206 pessoas da aldeia Cururuzinho

Afogando florestas e o Yucumã.

“As usinas gaúchas, por outro lado, não executam nada que não seja o mínimo previsto em leis de redução de impacto ambiental e engalfinham-se em pendengas judiciais com as populações desalojadas. Conclusão: não há mais meios de sustentar essa situação insustentável”, escreve Carlos Dominguez, jornalista e doutorando na Linha de Pesquisa Jornalismo e Produção Editorial da PPGCOM/UFRGS, em artigo publicado no jornal Zero Hora, 25-06-2012.

Belo Monte, Anúncio de uma Guerra – o filme.

A primeira ideia era escrever um roteiro de ficção sobre a Amazônia. Depois de uma expedição pela floresta — e a constatação de que a Amazônia não é tão simples quanto parece —, a ideia passou a ser fazer uma pesquisa filmada. Após três anos, 120 horas de filmagens e R$ 140 mil angariados em uma grande vaquinha pela internet, o projeto finalmente saiu do papel. E em uma data propícia. O documentário “Belo Monte – Uma Guerra Anunciada”, sobre a usina hidrelétrica que está sendo construída no Pará, estreou no último domingo, com exibição no auditório Ibirapuera, em São Paulo, em meio às discussões sobre meio ambiente promovidas pela Rio+20. Agora, ele está disponível na internet para quem quiser assitir neste link. Na próxima sexta-feira, o longa-metragem pode ser assistido na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo. O horário da sessão ainda não foi definido.