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Belo Monte em 2013: o início da descida da montanha-russa.

Quem já andou de montanha russa, especialmente nos primeiros carros do trem, sabe como é aquela sensação do começo da descida, quando você já está indo ladeira abaixo, mas lentamente, pois os últimos carros subindo ainda freiam a composição. A antecipação da emoção que virá em breve já dá o frio na barriga. Acho que essa sensação resume bem a situação de Belo Monte em 2013. Mas pelo lado negativo, infelizmente.

Ventos tornam-se a primeira fonte de energia da Espanha em 2013.

A energia eólica foi, em 2013, pela primeira vez na História, a principal fonte de eletricidade usada na Espanha, anunciou nesta sexta-feira (20) a empresa que administra a rede de transporte elétrico REE. Os ventos permitiram cobrir 21,1% da demanda anual, “três pontos a mais que em 2012″, ficando sutilmente acima da energia nuclear, que representa 21%, destacou a REE em um comunicado.

Em audiência pública, debatedores divergem sobre interrupção da construção de usinas termonucleares no país.

Senadores e convidados que participaram, nesta quarta-feira (27), de audiência pública da Comissão de Infraestrutura não chegaram a um consenso sobre o projeto (PLS 405/2011) do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que suspende pelo prazo de 30 anos a construção de novas usinas termonucleares em território nacional. A necessidade de diversificação da matriz energética brasileira se contrapôs a questões de segurança e ao medo de acidentes, como os ocorridos em Chernobyl (União soviética) há 27 anos, e em Fukushima (Japão), em 2011.

Diesel de dendê pode ser mais poluente que o de petróleo, alerta estudo.

Uma das apostas do Brasil para reduzir sua dependência do petróleo é investir em combustíveis produzidos a partir de plantas, seja o conhecido etanol de cana-de-açúcar ou, mais recentemente, o biodiesel feito de óleo de palma, o famoso dendê. O governo brasileiro e empresas como Petrobras e Vale estão investindo pesado no óleo de palma, especialmente por causa de sua alta produtividade, em comparação com outras opções agrícolas para a produção de biodiesel.

TRF1 decide pela paralisação das obras da usina Teles Pires.

A Companhia Hidrelétrica Teles Pires e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) tiveram agravos (tipo de recurso) negados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília. A decisão da 5ª Turma, que atende a pedido do Ministério Público Federal, confirma a liminar dada pelo desembargador federal Antônio Souza Prudente, que ordenava a paralisação das obras da usina de Teles Pires, sob pena de multa de R$ 500 mil por dia de descumprimento. Como existe uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) que possibilita a continuação do empreendimento, ainda não se sabe se a decisão da turma irá prevalecer nesse caso.

Deferimento da hidrelétrica de Pai Querê era indefensável. Entrevista especial com Paulo Brack.

“Não tinha como deferir” o pedido de licença prévia da hidrelétrica de Pai Querê no rio Pelotas, porque “a área era contígua à montante daquela perdida pela hidrelétrica de Barra Grande, em 2005, que teve suas licenças com base em um estudo fraudulento, que o Ibama deixou passar, há cerca de 10 anos”, diz Paulo Brack à IHU On-Line. Segundo ele, o parecer do Ibama também “recomenda que sejam suspensos todos os processos de inventário, concessão de aproveitamento e licenciamento ambiental de outras hidrelétricas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs na bacia do rio Pelotas, a montante da UHE Barra Grande”.

Ibama indefere, por unanimidade, pedido de licença prévia para hidrelétrica Pai Querê.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) indeferiu o pedido de licença prévia para a construção da Hidrelétrica Pai Querê, no rio Pelotas, na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A área afetada pelo projeto da usina possui profundos vales abrigando fragmentos de Mata Atlântica e araucárias, com dezenas de espécies de fauna e flora ameaçadas.

Japão paralisa geração nuclear de energia.

Neste domingo (15), o Japão desligou seu último reator nuclear, o número quatro da usina de Kansai Electric Ohi, ficando completamente sem geração atômica de energia pela terceira vez em cerca de 40 anos. O penúltimo reator a ser desativado, o número três da usina de Kansai Electric Ohi, teve suas operações interrompidas no início de setembro.

Mato Grosso, hidrelétricas e a cegueira programada.

Após uma votação apertada e empatada no Conselho Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso (Consema), a Secretaria do Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA) se posicionou em favor da Usina Hidrelétrica (UHE) Paiaguá, dando seu voto de minerva pela concessão da licença prévia necessária. Projetada para gerar 28 MW, ela provocará o alagamento de 2.200 hectares afetando 19 km do rio do Sangue, na bacia do rio Juruena (MT).