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Belo Monte e as muitas questões em debate. Entrevista especial com Ubiratan Cazetta.

“Belo Monte compromete, de maneira irreversível, a possibilidade das gerações presentes e futuras de atenderem suas próprias necessidades. Apesar de ser um debate novo no judiciário brasileiro, o direito da natureza e das gerações futuras é objeto de pelo menos 14 convenções e tratados internacionais, todos ratificados pelo Brasil, além de estar presente na Constituição Federal”, afirma o procurador da República do Estado do Pará.

Estudo avalia sustentabilidade de projetos hidrelétricos para MDL.

Além da incerteza que permeia o futuro do Protocolo de Quioto e consequentemente ameaça o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a ferramenta recebeu outra má notícia na última semana. Segundo uma nova análise, mais de 20% dos créditos de carbono gerados pelo esquema vêm de projetos de grandes hidrelétricas que não cumprem as exigências de redução de impactos ambientais e sociais do mecanismo.

Belo Monte: bilhões que soam como tostões.

“Quais são as justificativas oficiais para que o custo de implantação de Belo Monte, mais recentemente divulgado, esteja na casa dos R$ 31 bilhões? Em 2010, quando passou de R$ 16 bilhões para R$ 19 bilhões já foi bem mal explicado. Nós ainda nem sabemos como o custo saiu de R$19 bilhões para R$ 25 bilhões e pulou para R$28 bilhões”, escreve Telma Monteiro, ambientalista, em artigo publicado no seu blog, 28-11-2011.

A energia que derrota o mercado. Entrevista com Jeremy Rifkin.

“A economia verde é o único setor da nossa economia que ainda funciona, porque é o único que está alinhado para o futuro. Os outros segmentos estão em crise e todas as vezes que têm um momento de recuperação temporária e o motor da produção se coloca novamente em movimento com o velho sistema, os preços do petróleo e das matérias-primas dispararam para as estrelas, fazendo o mecanismo emperrar novamente: a segunda revolução industrial chegou ao fim, porque não soube calcular os limites físicos do planeta”.

Mesmo após oito meses da parada, reação de fissão na usina nuclear de Fukushima continua.

O combustível da usina nuclear de Fukushima, no Japão, continua com sua reação de fissão. Pelo menos foi o que informou ontem a companhia elétrica que opera a central, Tepco, depois de detectar xenônio, um gás produto da reação atômica, no reator 2. Isso quer dizer que quase oito meses depois que o tsunami deixou a usina em ruínas, e apesar do anunciado, os reatores ainda não estão em parada fria.

Governo alemão vai substituir energia nuclear pela solar, eólica e biomassa.

Alemanha quer ter energia limpa equivalente a 14 vezes Belo Monte. Cidadãos podem vender energia produzida nas residências. A decisão do governo da Alemanha de encerrar a geração de energia proveniente de usinas nucleares e diminuir a quantidade de complexos movidos a carvão, responsáveis por altas emissões de carbono, vai aumentar o emprego das energias renováveis no país, como a solar, eólica e biomassa.