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A Amazônia morre e os jornais não veem.

"A separação das notícias tira do leitor a capacidade de entender fatos complexos, como o atual processo de destruição da Amazônia. O fracionamento faz com que a tramitação do Código Florestal no Congresso seja tratada em páginas de política; obras de infraestrutura na Amazônia, em economia; o ritmo da devastação florestal, em ciência; as mudanças dramáticas no clima amazônico, em meteorologia", afirma Leão Serva, jornalista, ex-secretário de Redação da Folha (1988-92), autor de "Jornalismo e Desinformação" (editora Senac), em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 20-12-2011.

Código Florestal (1934-2011).

"Esta é a economia política da revogação do NCF: um pacto do latifúndio mais tropical com as bucólicas elites urbanas. Aliança que já demonstrou imensa força parlamentar. Principalmente por contar com estarrecedora adesão do PT, a reboque da esquisita titular do Meio Ambiente", afirma José Eli da Veiga, professor dos programas de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da USP (IRI/USP) e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em artigo publicado no jornal Valor, 20-12-2011.

Agropecuária ameaça cerrado e Amazônia no PA e MA, diz IBGE.

Novos mapas que mostram a vegetação e uso da terra divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram a atividade agropecuária como predominante nos estados do Sergipe, Maranhão e Pará, sendo os dois últimos inseridos na Amazônia Legal, e apontam ainda ameaças ao cerrado e à floresta amazônica devido às atividades humanas.

Brasil terá bioinseticida contra dengue em 2012.

O país contará com um importante aliado para combater a dengue no próximo ano. Um bioinseticida desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e fabricado por uma indústria farmacêutica promete ser divisor de águas na luta contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

O Código Florestal e os ‘amigos do rei’, artigo de João Lara Mesquita.

O grande escândalo da aprovação do novo Código Florestal não é a anistia a quem desmatou até 2008. Como apontou o artigo A tolerante lei da selva, de Manuela Carneiro da Cunha, Ricardo Ribeiro Rodrigues e Jean-Paul Metzger (Estado, 10/12), “antes disso, os infratores já sabiam o que estavam fazendo”. Data mais justificável seria 24 de agosto de 2001, “data da medida provisória que definia e regulamentava as atividades em reserva legal e áreas de proteção permanente. Ou a data de 1998, da Lei de Crimes Ambientais. Quem obedeceu e tem consciência limpa deve hoje se sentir ‘otário’”.

Indígenas voltam a denunciar irregularidades na construção de hidrelétricas no Tapajós.

Usinas estão sendo construídas sem consulta a povos impactados e deverão atingir locais sagrados de Terras Indígenas, como cemitérios. Lideranças afirmam que autorizações foram concedidas sem avaliação de impactos e estudos sobre componente indígena. Elas afirmam que comunidades estão sendo coagidas a participar das reuniões sobre medidas de mitigação e compensação de danos que desconhecem.

Consórcio de Belo Monte eleito o Pior de 2011.

Há mais de duas semanas, este blog lançou a pergunta: Qual foi a empresa que mais desrespeitou os direitos humanos ou o meio ambiente no Brasil em 2011? Neste sábado, Dia Internacional dos Direitos Humanos, como previsto, a votação foi encerrada. E os leitores elegeram a Norte Energia SA (Nesa), responsável pelo empreendimento.

‘Salvemos as sementes e os cultivos tradicionais’. Entrevista com Vandana Shiva.

Vandana Shiva dirige o Centro para a Ciência, Tecnologia e Política dos Recursos Naturais de Dehradun, na Índia, e está entre as principais especialistas internacionais em ecologia social. Ativista, política e ambientalista, ganhou o Right Livelihood Award, o prêmio Nobel alternativo da Paz em 1993, e o City of Sydney Peace Prize em 2010. Ela escreveu inúmeros livros sobre as questões ambientais, alguns traduzidos ao italiano.

Amapá ameaça ir ao STF contra o Código Florestal.

Contrariado com a última versão do projeto de reforma do Código Florestal, o governo do Amapá promete questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) a constitucionalidade da nova lei, caso a Câmara dos Deputados mantenha e a presidente Dilma Rousseff sancione o texto recém-aprovado pelo Senado. O alvo do provável recurso é um dispositivo que vale exclusivamente para propriedades rurais do Estado e diminui, de 80% para 50%, a preservação obrigatória de mata nativa no bioma amazônico.