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Os impactos das grandes represas, por Efrén Diego Domingo.

O relatório final do Comitê Mundial de Represas, apresenta ampla evidência de que as grandes represas não conseguem produzir a electricidade projetada, fornecer a água requerida nem prevenir os prejuízos por inundações na extensão informada pelos promotores. Além disso, estas obras superam normalmente orçamentos de custos e de tempo de construção. Além de produzirem graves danos ambientais e estes se traduzirem em grave impacto que repercute sobre os direitos humanos das pessoas e das comunidades afetadas.

‘É preciso manter nossos produtos e não descartá-los’.

Quando a cientista ambiental Annie Leonard divulgou na internet o filme A História das Coisas, em 2007, não tinha grandes expectativas: um filme, uma homepage, e só. Mas o filme se popularizou e foi visto por mais de 12 milhões de pessoas – quase 500 mil só no Brasil. Quatro anos e sete filmes depois, o vídeo foi adotado em várias escolas americanas e virou livro (em coautoria com Ariane Conrad), recém-lançado no Brasil pela editora Zahar. Na obra, a ativista (ex-Greenpeace) delineia os cinco estágios da economia mundial (extração, produção, distribuição, consumo e descarte) e descreve o imenso impacto do nosso estilo de vida para o planeta.

Outro paradigma: escutar a natureza, artigo de Leonardo Boff.

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central – idéia – (eidos em grego) significa visão. A tele-visão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Liberação de obras de Belo Monte sem redução de impactos é carta branca para o caos na região, diz MPF.

Derrubada da decisão que exigia o cumprimento de ações de minimização dos impactos socioambientais da hidrelétrica pode causar prejuízos irreparáveis, afirmam procuradores da República no Pará. A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que liberou a instalação do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte sem o cumprimento de ações de prevenção e redução dos impactos socioambientais do projeto – as chamadas condicionantes foi considerada temerária pelo Ministério Público Federal no Pará.

Eliminação dos HCFC, uma ‘tsunami’ anunciada, artigo de Jorge Colaço.

Participei da feitura do projeto brasileiro de eliminação dos CFC’s aprovado pelo Comitê Executivo do Protocolo de Montreal de 2002. A melhor forma que poderia sugerir para comemorar o cumprimento da meta de eliminação quase total dos CFC´s, após oito anos decorridos, seria fazer uma analise profunda dos números obtidos no recolhimento e reciclagem destes gases de refrigeração e com base nisso traçar estratégias corretivas para o enfrentamento dos HCFC sob a nova fase de assistência do Protocolo de Montreal ao Brasil.

A Amazônia morre e os jornais não veem.

“A separação das notícias tira do leitor a capacidade de entender fatos complexos, como o atual processo de destruição da Amazônia. O fracionamento faz com que a tramitação do Código Florestal no Congresso seja tratada em páginas de política; obras de infraestrutura na Amazônia, em economia; o ritmo da devastação florestal, em ciência; as mudanças dramáticas no clima amazônico, em meteorologia”, afirma Leão Serva, jornalista, ex-secretário de Redação da Folha (1988-92), autor de “Jornalismo e Desinformação” (editora Senac), em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 20-12-2011.

Código Florestal (1934-2011).

“Esta é a economia política da revogação do NCF: um pacto do latifúndio mais tropical com as bucólicas elites urbanas. Aliança que já demonstrou imensa força parlamentar. Principalmente por contar com estarrecedora adesão do PT, a reboque da esquisita titular do Meio Ambiente”, afirma José Eli da Veiga, professor dos programas de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da USP (IRI/USP) e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em artigo publicado no jornal Valor, 20-12-2011.