Corporações (Pág. 29 de 43)

Teia de interesses liga políticos a mineradoras em debate sobre novo Código.

As veias do Brasil continuam abertas. De olho nelas, os políticos. Diferentemente da bancada ruralista, os parlamentares ligados à mineração orbitam em torno do poder do PMDB no setor. Mas um PMDB ampliado, com parceiros em outros partidos. A Frente Parlamentar da Mineração Brasileira, com 196 membros, é uma pista falsa sobre o tema. Traz até políticos que criticam abertamente o loteamento no setor.

Monsanto consegue a patente do brócolis.

Em junho, o Escritório Europeu de Patentes, em Munique, concedeu uma patente sobre o cultivo convencional de brócolis. Seminis, uma empresa que é de propriedade da Monsanto, recebeu a patente (EP 1597965) do brócolis derivado do melhoramento convencional. As plantas, que se supõe que tenham as colheitas melhoradas, derivam do cruzamento e seleção tradicional. A patente abrange as plantas, as sementes e a “cabeça de brócolis cortada”.

O desabafo de Naomi Klein contra a aliança dos ambientalistas com os capitalistas. “Negócio do WWF”.

As grandes organizações ambientalistas têm uma responsabilidade tão grande quanto os climato-céticos na atual regressão da política ambiental. Esta é a tese defendida pela jornalista altermundialista Naomi Klein. Segundo ela, a escolha de colaborar com as grandes empresas e a ideologia neoliberal só pode levar ao fracasso. Sua posição provoca um importante debate nos Estados Unidos.

Transgênicos: uma nova semente.

A multinacional Dow Agrosciences, que integra a corporação Dow Chemicals, vai lançar no Brasil uma nova semente transgênica de soja, imune a três agrotóxicos – glifosato, glufosinato de amônia e o 2,4-D (Nota do site: esta molécula é uma das que fazia parte da famigerada arma química dos EUA da guerra do Vietnã nas décadas de 60 e 70).

Estudo indica que indústria do alumínio no Brasil prejudica saúde pública.

A exploração de alumínio se tornou um problema de saúde pública no município de Barcarena, no estado do Pará. A cidade, de 120 mil habitantes, concentra a maior refinaria do metal do mundo. Toda a movimentação em torno da atividade industrial seria responsável por problemas ambientais, sociais e trabalhistas. A qualidade da água nas áreas do entorno das atividades industriais foram reprovadas em mais de 90% dos casos por fatores de controle químico ou microbiológicos. Esta é uma das principais constatações do relatório parcial feito pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), ligado ao Ministério da Saúde. Os resultados finais só devem ser divulgados em outubro.

Deserto verde em expansão no Paraná. Entrevista especial com Roberto Martins de Souza.

“Ao contrário do que anuncia o setor de papel e celulose, sua presença não implica em melhoria nas formas de vida locais. Por quanto esse padrão de acumulação capitalista drena há décadas toda a potencialidade econômica e social local para permitir a construção de um modelo que segue as pegadas de nossa matriz colonial, ainda que se aproprie do discurso da modernidade e da sustentabilidade”, afirma o pesquisador.

Grandes corporações promovem uma ditadura do alimento.

Considerada a inimiga número um da indústria de transgênicos, a física e ativista indiana Vandana Shiva afirma que há uma ditadura do alimento, onde poucas e grandes corporações controlam toda a cadeia produtiva. E dá nome aos bois: Nestlé, Cargil, Monsanto, Pepsico e Walmart. “Essas empresas querem se apropriar da alimentação humana e da evolução das sementes, que são um patrimônio da humanidade e resultado de milhões de anos de evolução das espécies”, diz. Crítica feroz à biopirataria, Shiva ressalta que a única maneira de combater o controle sobre a alimentação é o ativismo individual na hora de consumir produtos mais saudáveis e de melhor qualidade.

“Queremos ser os maiores produtores de alimentos saudáveis para a população”.

O governo federal acaba de anunciar os investimentos para a agricultura no período 2012/2013. O chamado Plano Safra contará dessa vez com R$ 115,2 bilhões. O problema é que todo esse dinheiro não vai para os pequenos agricultores e nem para a produção de alimentos saudáveis. A realidade é denunciada por Cleber Folgado, coordenador nacional da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

“Política do governo favorece agrotóxicos”.

A matéria de capa da revista Galileu de setembro mostra uma série de problemas enfrentados por agricultores brasileiros relacionados ao uso de agrotóxicos. Denúncias como as presentes na revista mobilizaram cerca de 50 entidades e movimentos sociais, que incluem instituições como a Fiocruz, o Inca e o MST, em torno da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.