Agrotóxico (Pág. 31 de 36)

Lobby por agrotóxico na Anvisa é um inferno, diz ex-gerente.

Luiz Cláudio Meirelles, ex-gerente de toxicologia da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi exonerado do cargo em novembro de 2012 quando denunciou um esquema de corrupção para aprovar 7 princípios ativos de agrotóxicos mais rapidamente. Nesta entrevista, ele relata como era a abordagem para que se apressasse as aprovações e diz que vê sua saída como algo já desejado há muito tempo pela bancada ruralista do congresso.

Consea pede proibição de agrotóxicos vedados em outros países.

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) encaminhou à presidenta da República, Dilma Rousseff, Exposição de Motivos (EM) com as propostas elaboradas pela Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos, realizada em Brasília, nos dias 20 e 21 de setembro de 2012. A EM foi aprovada na Plenária do Conselho de junho deste ano, depois de ter sido discutida nas Comissões Permanentes.

Ministros da Justiça e da AGU sugeriram criação do PLP 227 aos parlamentares ruralistas.

Os ministros da Justiça José Eduardo Cardozo e da Advocacia-Geral da União Luiz Inácio Adams sugeriram aos parlamentares ruralistas a criação do PLP 227/2012, que busca lei complementar ao artigo 231 da Constituição Federal – “Dos Índios” – apontando as exceções ao direito de uso exclusivo dos indígenas das terras tradicionais. O projeto é rechaçado pelo movimento indígena.

Paraná recolhe 1,2 mil toneladas de agrotóxicos proibidos.

Mais de 1,2 mil toneladas de agrotóxicos proibidos no país desde a década de 1980 foram recolhidos no Paraná. A principal substância devolvida pelos agricultores do estado foi o BHC ou hexaclorobenzeno. Os defensivos fazem parte da lista dos 21 Poluentes Orgânicos Persistentes, conhecidos como POPs na lista da Convenção de Estocolmo. Pelo tratado ratificado por diversos países em 2004, diversas substâncias devem ser extintas por causar grandes males à saúde humana e ao meio ambiente.

O Veneno está na mesa.

Vídeo do cineasta Silvio Tendler aprofundando a questão do uso abusivo de agrotóxicos no Brasil, o país que mais se alimenta com veneno no mundo. Entrevistas com agricultores, especialistas em saúde, representantes da Anvisa e ambientalistas mostram a realidade vivida no camp0 – fruto de questões políticas e um lobby poderoso das indústrias. Produtos banidos há anos em diversos países ainda encontram mercado por aqui e os agricultores perdem cada vez mais autonomia para grandes corporações, que controlam as sementes geneticamente modificadas e os agrotóxicos.

Agronegócio: uma burrice insustentável. Artigo de Egydio Schwade.

"O agronegócio é insustentável porque começa depredando a biodiversidade e as fontes da ciência, depende da máquina que compacta o solo e não respeita os meandros da natureza, envenena e contamina os produtos da terra, que não visam o bem viver do povo, mas o dinheiro de uns poucos", escreve Egydio Schwade, um dos fundadores do Cimi e primeiro secretário executivo da entidade, em 1972. Hoje é colaborador dessa instituição, residindo em Presidente Figueiredo, AM.

Agricultores da capital de São Paulo começam a eliminar agrotóxicos de suas lavouras.

Profissão: agropecuarista. Cidade de domicílio: São Paulo. Sim, na maior cidade do Hemisfério Sul, densamente urbanizada, há 435 agropecuaristas. Entre eles, 35 se livraram de agrotóxicos e fertilizantes químicos e aderiram a uma produção orgânica, de acordo com dados da Prefeitura – no ano passado, oito conquistaram uma certificação especial do Ministério da Agricultura que garante que sua produção é totalmente orgânica. Matéria de Edison Veiga e Rodrigo Burgarelli, em O Estado de S.Paulo.