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Conab aponta aumento de 345% no uso de agrotóxicos nos últimos 12 anos.

O aumento expressivo do uso de agrotóxicos é um dos principais resultados da liberação dos transgênicos no Brasil. Pesquisa apresentada pelo representante da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, Asdrúbal de Carvalho Jacobina, durante o Seminário Internacional “10 anos de Transgênicos no Brasil”, aponta que o uso de agrotóxicos cresceu 345% na agricultura brasileira nos últimos 12 anos.

Proibidos, falsificados e perigosos, agrotóxicos são vendidos descontroladamente.

A venda descontrolada de agrotóxicos ganhou na internet um novo canal para driblar a lei, dificultando a fiscalização e ampliando o risco à saúde de consumidores e agricultores. A novidade agrava um cenário em que uso exagerado dos químicos na lavoura o consumo cresceu muito acima da área plantada , contaminação da água e dificuldade de identificar eventuais excessos de veneno nos alimentos que chegam à mesa se combinam para elevar o perigo escondido nos alimentos.

Agrotóxicos contrabandeados foram apreendidos pelo Ibama em três cidades do Rio Grande do Sul.

Cerca de três toneladas de agrotóxicos, sem registro no Brasil, foram apreendidas em atuação conjunta do Ibama com o Exército Brasileiro, nas cidades de Rosário do Sul, São Gabriel e Lavras do Sul. A maior parte em uma granja que realizava plantio de 250 hectares de arroz. A lavoura foi embargada com a suspensão da atividade agrícola e recebeu multa de R$2 milhões. A Polícia Federal também já foi comunicada para investigação na esfera criminal.

Transgênicos: mais agrotóxicos na sua mesa.

Na última reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTN-Bio), em 17 outubro, foi rejeitado pedido de audiência pública apresentado pelo Ministério Público Federal, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) para realizar um debate aberto com a sociedade sobre os impactos de sementes transgênicas resistentes ao herbicida 2,4-D – que estão em vias de liberação no Brasil. Segundo o representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ruy de Araújo Caldas, a comissão não pode ser palco político para “leigos” no assunto: os debates devem ficar sob responsabilidade dos técnicos.

Anvisa vai rastrear distribuição de frutas, legumes e verduras para facilitar a fiscalização do uso de agrotóxicos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou um grupo de trabalho para discutir formas de rastrear a distribuição de frutas, legumes e verduras em todo o país. Um dos objetivos do grupo é definir normas que possibilitem que a agência faça um mapeamento dos produtores destes alimentos para facilitar a fiscalização do uso de agrotóxicos.

Governo libera agrotóxico sem registro.

Mesmo com dois pareceres técnicos contrários, o Ministério da Agricultura (Mapa) liberou o uso de um agrotóxico não registrado no país para combater emergencialmente uma praga nas lavouras de algodão e soja. A decisão, publicada anteontem no Diário Oficial, permite o uso de defensivos agrícolas que tenham em sua composição o benzoato de emamectina, substância que, por ser considerada tóxica para o sistema neurológico, teve seu registro negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2007.

ABRASCO: Moção em defesa da vida e da saúde contra o agro(negócio)tóxico e o MAPA.

No triste cenário de suspeita de quatro casos de intoxicação por agrotóxicos de trabalhadores quilombolas da comunidade de Rio Preto, em Campos no Rio de janeiro, em 12 de novembro (LEIA AQUI), agravados por duas mortes; e da divulgação pela ANVISA que mais de 60% dos alimentos examinados contêm agrotóxicos, sendo 28% considerados impróprios para o consumo (LEIA AQUI), nos deparamos com absurdas lei, decreto e portaria elaborados pelo governo no último mês e que ampliam enormemente a vulnerabilidade da população.

Campanha mostra efeitos de agrotóxicos em abelhas.

Reduzir o uso de pesticidas tóxicos que causam o desaparecimento de abelhas em larga escala é um dos objetivos da campanha coordenada pelo professor Lionel Segui Gonçalves, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.