Como 'trancar' essa farra devastadora do agronegócio que assola o nosso país e os corações, mentes e visão de mundo dos cidadãos brasileiros? Como não se consegue perceber tudo isso que está aí tão explícito na morte que essa visão supremacista branca eurocêntrica tem trazido ao mundo?
Não há mais como justificar. A perda de visão de conjunto e de responsabilidade social que os chamados 'empreendedores do agronegócio' têm sobre a terra de todos os brasileiros é inquestionável. E o contraste que se constata quando se compara o seu comportamento devastador com o manejo que os povos originários, os quilombolas, ribeirinhos e agricultores familiares, é dramático. Realmente a única saída para o Brasil é a agricultura ecológica com quem sabe o que é ser um Ser Coletivo na essência.
Excelente matéria que mostra como o pretenso empreendedorismo neoliberal do agronegócio é uma falácia. O discurso de que são independentes e que o Estado deve ser mínimo e que atrapalha tudo, é uma mentira. Ler é importante para se ver como o que é dito de que o agro é pop, é uma inverdade. O agro é, na verdade, vampiro! E o sangue é da sociedade. Ou seja, dos verdadeiros donos da terra brasileira.
Notícia que nos mostra o contraste entre a proposta e a prática da agricultura ecológica/agroecologia em sua relação com os componentes dos ecossistemas, e a visão de anti-mundo do agronegócio. Por isso resolvemos chamar de 'agronecrócio' para identificar essa prática agrícola com a morte de todos os ambientes, onde estão inclusive os seres humanos.
O texto por si só já mostra que estarmos dando, como sociedade e país, mais importância para o nefasto agronegócio, encarnação explícita do supremacismo branco eurocêntrico, é porque ainda não chegamos no Brasil. Convidamos que os 'invasores' do agronegócio cheguem, caso contrário, por favor. voltem para seu império colonial.
Realidade que demonstra que o agro se apropriou de um bem público, o solo brasileiro. E como os invasores do século XVII, manda toda a riqueza que locupleta, para a realeza imperial. Só que hoje a realeza é o próprio supremacista branco que tem uma pata aqui para usurpar o que é de todos, e a outra pata num paraíso fiscal qualquer. Mas afinal, quem é o verdadeiro lesa-pátria?
Por essa devastação deflagrada pelo agro não tech, mas tóxico, transformando todos os nossos biomas em imensos necrotérios. Daí ser uma prática agrícola do 'agronecrócio', ligada à morte. De tudo e de todos!
Não se pode deixar de fazer uma avaliação sobre o contraste entre os que lutam a favor da vida com que lutam contra a vida. A solução do nosso país é a produção de alimentos, saudáveis e democráticos, onde todos os brasileiros podem e devem ter acesso à terra quando essa for a sua missão existencial. O resto é rentismo e colonialidade.
Incrível! Chega a ser trágica a imbecilidade do supremacismo branco eurocêntrico, desde os primórdios do século XVI, tanto dos português como espanhóis e outras etnias europeias quando ousaram afirmar -religiosa, antropológica e cientificamente- de que os povos originários eram, além de ineptos, incompetentes, preguiçosos e vagabundos... e mais estupido é estar sendo defendida essa tese, até os dias de hoje, por presidentes brasileiros em plena democracia atual!
Mais um dado que mostra como as corporações seguem, através de seus CEOs, acionistas e diretores, a ideologia e a doutrina do supremacismo branco. O importante é espoliar e extorquir quaisquer área da sociedade, mesmo que se esteja tratando da produção de alimentos. E através deles vão os produtores de commodities com seu agronegócio onde todo o 'negócio é negócio'.
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino
