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Agronegócio: Como o rentismo e ele estão se unindo

Essa nova visão da realidade dos alimentos, da produção agrícola e do rentismo internacional, mostra que o agronegócio provoca não só a devastação ambiental, mas vai extrapolando a atingir níveis sociais e até a ações no poder político nas nações. É uma nova e assustadora faceta do mundo agrícola que está cada vez mais sendo envolvida e se imiscuindo com as corporações, das imensas manipuladoras de alimentos até os fundos geradores e administradoras de capital internacional às corporações petroagroquímicas. E todas essas esferas são monopolistas e vão engolfando todas as áreas de sobrevivência da humanidade global.

Agrotóxicos: mudança política da França em relação aos químicos agrícolas

Material que nos mostra como de repente as questões ambientais e de saúde pública que sofrem os efeitos nefastos de todos os produtos oriundos de moléculas sintéticas produzidos pelas imensas transnacionais petroagroquímicas e já identificados como maléficos a todos os seres vivos, são reconsideradas. E reconsideradas pela extrema-direita de todos os países do planeta. Para nosso website, isso comprova a intuição que tivemos de reconhecermos que, com as últimas decisões, por exemplo da justiça norte americana quanto aos 'químicos eternos/forever chemicals/PFAS/perfluorados', e dos efeitos cancerígenos do herbicida glifosato e de outras tantas substâncias, fez com que indústira petroquímica procurasse parceiros políticos que lhes fossem favoráreis em troca de algo que imaginamos que seja de um apoio econômico-financeiro. E encontraram esses parceiros: os políticos ligados à direita e à extrema-direita. Principalmente na Europa que terá eleições para a Assembleia da União Europeia, no meio do ano, e com isso eliminarem possíveis transtornos legais nas disseminações de suas moléculas maléficas. Será um crime corporativo legalmente permitido.

Agricultura: Restaurar e produzir é possível

Uma belíssima demonstração de que aquilo que se chama de 'floresta em pé', nada mais é do que realmente se fazer 'cultura no campo'=agricultura, de forma 'ecológica'=eco-oikos-casa; lógica-logus-conhecimento. Ou seja, de quem conhece verdadeiramente sua casa. O resto é rapina, destruição, autofagia, fome, egolatria, devastação e extermínio. Infelizmente, pela colonialidade, temos os 'brasileiros'=os potugueses que vinham sacar o pau-brasil para levar para os mercados europeus, feito exatemente como os invasores fizeram nos séculos XV e seguintes em todos os continentes. Essa tem sido a verdadeira face do supremacismo branco eurocêntrico com sua ganância e arrogância acima de tudo e de todos. Mas temos gente em casa. Grato por suas presenças gratificantes e deteminantes!

Povos Originários: O que podem realmente nos ensinar sobre a adaptação às alterações climáticas

Depois de vermos a crise atual da agricultura no mundo, após a chegada no pós 2ª Guerra, da ideologia da 'modernização da agricultura/revolução verde', pode-se pensar que o único caminho é o definido pelo supremacismo branco eurocêntrico. Mas não! Cada vez mais, muitos/as pensadoras/es e pesquisadoras/es das relações humanas e sua sobrevivência em todas as culturas, têm constatado de que há muito mais uma distorção pela imposição da ideologia 'industrialista' sobre a produção de alimentos do que o reconhecimento de que esse processo humano deverá estar muito mais conectado com o calor da humanidade e o frescor da humildade do que com a frieza e a insensibilidade das finanças. A agricultura lida com os mistérios da Vida e não com monolíticas e tacanhas Máquinas.

Emergência climática: Revolta de produtores rurais desafia política climática na Europa

Queremos destacar o último parágrafo dessa matéria. É no que tange ao crime civilizatório de se atribuir os problemas vividos pelos agricultores, no caso europeus, aos aspectos ligados à questão ambiental e de saúde. Temos que reconhecer que foi sua adesão à 'modernização da agricultura' -conversadora-, que trouxe muitíssimos dos problemas que vivem hoje. Como? Ao renunciarem aos métodos ancestrais de se produzir alimentos, autônoma e autarquicamente, para se jogarem nos insumos modernos, todos originários de origem fóssil e finita. E pior. Ao se deixarem dominar pelas imensas corporações petroagroquímicas donas destes insumos -agrotóxicos, adubos solúveis, sementes híbridas e/ou transgências além dos imensos oceanos de recursos econômico-financeiros além de se apossarem de todas as indústrias de alimentos que produzem os ultraprocessados e fast foods que usam as matérias primas que querem, artificiais ou não já que tudo é definido pelo lucro sobre tudo e sobre todos. E mais dramático: são completamente livres para elevarem, manipularem, gerirem e fazerem o que quiserem com os preços de todas as cadeias de seus produtos. Incólume e desavergonhadamente! Mas infelizmente não conseguem ver que foram eles mesmos que cavaram essa sua sepultura por suas ignorância e ganância. Quais saídas? Retomarem as origens da Vida e da conexão com a abundância e a generosidade da Mãe Terra.

Bioma mais degradado do Brasil, Pampa está virando soja e areia

Foi no Pampa do RS e do Uruguai que as Missões tinham suas estâncias onde criavam gado. Depois da expoliação das terras, conjuntamente por Portugal e Espanha, dos Guarani, todo o gado ficou 'cimarrón', ou seja, selvagem e provavelmente ainda na mesma visão de extrativismo sem trabalho, esse gado missioneiro pode ter originado, em continuação ao que faziam as Missões, nas charqueadas tanto de Pelotas como dos arredores de Porto Alegre. Será que não? Isso já mostrava a aptidão natural do Pampa ser um bioma adaptado à pecuária. Mas a ganância da colonialidade, fez a reversão para as commodities da soja e do eucalipto. Enfim, essa terra não tem dono, tem oportunista.

Agricultura e florestas exóticas cortaram 30% da vegetação nativa do Pampa

Está assustador de como a ideologia do agronegócio está contaminando o mundo rural em todo o mundo. O Rio Grande doSul onde chegou a soja, na década de 60, para cobrir o desmatamento sofrido na região do Planalto Sul-Riograndense, por termos exportado toda a mata original de Araucárias para a recuperação da Europa/Alemanha, foi o berço da modernização da agricultura. Nela vinha imbutida a 'revolução verde' dos insumos modernos -agrotóxicos, calcário, adubos solúveis, máquinas, monocultura, latifúndios, sementes híbridas e crédito rural- e ninho onde se gerou toda a ideologia do supremacismo branco eurocêntrico, com sua colonialidade e a doutrina do capitalismo a qualquer custo. E tudo isso plasmou-se no favorecimento do êxodo dos pequenos agricultores para o norte, centro-oeste e nordeste brasileiro, implantando com o beneplácito da ditadura militar, o agronegócio que hoje arrasa todos os ambientes brasileiros e os povos originários.

Como o agronegócio despovoa o campo

Os equívocos do agronegócio, em nosso ponto de vista, em sua arrogância 'tecnológica' e de aprimoramento da violência que levou à produção de alimentos no mundo, reflete-se não só na agressão aos ambientes, tanto em sua flora como fauna, como na criação de animais, além do criminoso envenenamento de tudo e de todos com seus agrotóxicos e adubos solúveis. Pior ainda, também gera a fome, a criminalidade e a miséria urbana. Como a exígua população abstada tanto do campo como da cidade, não consegue captar o erro do 'agronecrócio' em nosso País?

Carne: produto agrícola brasileiro mais distante das regras antidesmate da UE

O mais cínico do chamado 'agronegócio', ou melhor, 'agronecrócio', é que tudo o que é produzido não tem como prioridade o povo brasileiro, o verdadeiro dono de todo o solo nacional, mas sim aqueles que, no boteco dos capitalistas, pagará mais alguns vinténs pelas riquezas da Nação. E assim, os que se apossaram, até com 'documentação legal', das terras do País, estão a serviço de seus bolsos e da satisfação dos domadores globais. E os capachos daqui, de quatro, ficam abanando o rabinho para os opressores de sempre.

Ecologia: quase 30 milhões de hectares de pastagens degradadas no Brasil podem ser convertidas em áreas agrícolas

por todos os materiais que temos publicado só existe um caminho para esse projeto que não consegue deslanchar enquanto as terras 'degradadas' estiverem nas mãos dos que tiveram a imensa capacidade de degradá-las. Assim, somente o Movimento dos Sem Terra que vem plantando milhares de mudas de árvores, junto com os quilombolas, povos originários e ribeirinhos podem recuperar muito mais do que os solos, recuperarão a verdadeira função social da terra que é a de produzir alimentos. E alimentos sem agrotóxicos, sendo portanto, saudáveis e próprios para consumo humano, como sempre frisou o genial Nasser Youssef Nars, do Espirito Santo.