Essa entrevista é muito rica e ficamos lastimando porque os livros deste jornalista não estão circulando entre nós, em português. Mas aqui aparece o que a modernização da agricultura com sua revolução verde tem contribuído para a agressão ao planeta e seus seres viventes.
O desespero da ganância que leva a se criar centenas de animais num espaço confinado, com seus aspectos fisiológicos naturais que num processo doentio como esse criatório só pode levar a um resultado como esse.
Uma das situações mais dramáticas para a sobrevivência da população brasileira em geral, está aqui tratada É mostrada a partir da ideologia e da doutrina do agronegócio com toda a sua face mais espúria. Como sempre defendemos, deveríamos chamá-lo de 'AGRONECRÓCIO', como um processo que privilegia a morte de tudo e de todos pelo dinheiro e não da Vida como um todo.
Fica patente de que há mais de 500 anos, a beligerância, a ganância, a desumanidade, a devastação e a busca da extinção ambiental e étnica, são praticadas pelos brancos, ao obedecerem, sem trégua, à ideologia da colonialidade. Seguem os preceitos da doutrina do supremacismo branco.
Nosso website concorda in totum com o jornalista da Deutsche Welle. Também lastimamos algumas ações do MST porque somente municia tanto a mídia comprometida como os supremacistas brancos que seguem a doutrina da colonialidade, no campo e na cidade. Não querem reconhecer que mais de 70 a 75% do que comemos vem da agricultura familiar, onde também está o MST.
A ideologia e a doutrina do agronegócio='agronecrócio' está como viemos vendo em vários textos aqui publicados para um colapso global por estar destruindo a produção de alimentos para se transformar na produção de dinheiro. Nem os seres vivos e por sua vez o planeta, não conseguirão se manter num ambiente saudável para que todos continuem a viver.
Proposta política da União Europeia de se ir em busca da verdadeira produção de alimentos com o resguardo da qualidade alimentar e dos ecossistemas, no sentido de um retorno dos excessos que levaram à destruição das paisagens e da biodiversidade.
A mesma realidade dramática que se vive aqui com o 'agronecrócio', na Bretanha, França, os agricultores experimentam o mesmo. Que praga é essa que está destruindo a produção de alimentos, no mundo?
Cada vez fica mais claro que a 'modernização da agricultura' na verdade, com sua 'revolução verde', criou foi a 'modernização da escravidão' ou a 'escravidão da agricultura'. Mas podemos nos libertar, bem como todas as formas de vida que estão conosco no campo e na cidade.
Mais uma violência em nosso pão de cada dia. A intromissão da visão industrialista sobre a agricultura levou a descaracterização de que essa cultura no campo tem por finalidade produzir alimentos e não capital e destruição.
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino
