Bayer e Basf condenadas a pagar US$ 265 milhões a agricultor

Bill Bader processou as empresas alegando que mil acres foram prejudicados de forma irreparável pelo

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Data 16.02.2020

Tribunal nos EUA determina que gigantes alemãs indenizem produtor de pêssegos que teve plantações danificadas por herbicida dicamba. Empresas dizem que vão recorrer da decisão, a primeira entre vários processos.

NOTA DO WEBSITE: Importante informação porque esta se soma a notícias anteriores onde demonstram que, ENFIM, a está sendo feita. Estes produtos estão, cada vez mais, sendo reconhecidos como VENENOS, de todas as ordens, e não ‘DEFENSIVOS‘. Este conceito de herbicida -mata mato- pode estar chegando ao seu verdadeiro entendimento: são biocidas, antibióticos e, por isso, atacam todos os vegetais. Este por exemplo, como o glifosato, é considerado um bacteriostático. O que significa? Que afeta bactérias. E o que nos protege, como todos os outros seres viventes, como aliados do nosso sistema imunológico? Exatamente o microbioma de cada um destes seres, formado por toda a diversidade de microvida que está dentro -a mais conhecida, a chamada flora intestinal- e por fora de todos nós. E estes produtos ao eliminarem as ‘plantas daninhas’, afetam, se não eliminam, todo o microbioma que habitam em todos os seres, incluindo a nós mesmos!

Um tribunal nos Estados Unidos condenou as gigantes alemãs do setor químico Basf e Bayer a indenizarem em 265 milhões de dólares um produtor de pêssegos do estado do Missouri, cujas plantações foram devastadas pelo herbicida à base de dicamba produzido pelas empresas.

Bill Bader, o maior produtor de pêssegos do estado, receberá 15 milhões de dólares para compensar os danos reais causados pelo dicamba à sua produção, e outros 250 milhões de dólares por danos punitivos, determinou o tribunal distrital em Cape Girardeau, no Missouri.

Bader processou as companhias alegando que seus mil acres (cerca de quatro quilômetros quadrados)(nota do website: um acre equivale a 0,40 hectare) de plantação de pêssego foram prejudicados de forma irreparável pelo herbicida que elas produzem, que chegou às suas árvores a partir de fazendas próximas.

O julgamento de três semanas foi o primeiro caso nos Estados Unidos a decidir sobre o uso de herbicidas à base de dicamba, acusados de terem danificado dezenas de milhares de acres de terras cultivadas no país. Agricultores alegam que o químico se transforma em vapor e pode ser carregado no ar por muitos quilômetros quando utilizado em determinados climas.

A Bayer afirmou estar “decepcionada com o veredito do júri” e comunicou que pretende recorrer da decisão. A Basf também se disse “surpresa e desapontada” e reiterou os planos de apelar à Justiça. Ambas empresas afirmam que seus herbicidas à base de dicamba são seguros quando usados conforme indicado pelos fabricantes.

“Acreditamos que as evidências apresentadas no julgamento demonstraram que os produtos da Monsanto não foram responsáveis pelas perdas”, afirmou a Bayer, mencionando a companhia americana que ela comprou por 63 bilhões de dólares em 2018 e que produz o herbicida dicamba.

A Bayer e a Basf enfrentam uma série de outros processos devido ao dicamba. Os casos devem ser julgados ainda neste ano pelo mesmo tribunal no Missouri, segundo informou o advogado Billy Randles, cujo escritório representou Bader e defende dezenas de outros casos parecidos.

As alegações “são todas as mesmas”, disse Randles. “Eles reivindicam que o produto é negligente e que [as empresas] falharam em alertar sobre isso.” O tribunal considerou as duas companhias igualmente responsáveis pelos danos.

Além do dicamba, a Bayer enfrenta uma série de outros processos milionários ligados ao uso do herbicida Roundup, também fabricado pela Monsanto.

Bader, cujas fazendas estão localizadas no sul do Missouri, afirma que perdeu muitas árvores quando o herbicida contendo dicamba foi usado em fazendas de soja e algodão nas proximidades e se espalhou por sua propriedade.

Segundo ele, a exposição repetida ao dicamba a partir de 2015 matou ou enfraqueceu as árvores de pêssego. “Enquanto houver dicamba, não é viável”, disse o advogado Randles sobre a plantação.

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA impôs restrições ao uso de dicamba em novembro de 2018 devido a preocupações sobre possíveis danos às plantações próximas.