Análise, peça a peça, de aditivos e plastificantes ingeridos por aves marinhas

Plástico: armadilhas das aves marinhas

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0025326X1930387X

Elsevier

Marine Pollution Bulletin

Volume 145, August 2019, Pages 36-41

KosukeTanakaa1Jan A.van FranekerbTomohiroDeguchicHideshigeTakadaa

aLaboratory of Organic Geochemistry (LOG), Tokyo University of Agriculture and Technology, Fuchu, Tokyo 183-8509, Japan

bWageningen Marine Research, Ankerpark 27, 1781 AG Den Helder, the Netherlands

cDivision of Avian Conservation, Yamashina Institute for Ornithology, Konoyama 115, Abiko, Chiba 270-1145, Japan

Received 1 February 2019, Revised 11 May 2019, Accepted 12 May 2019, Available online 18 May 2019.

Destaques

• Análise de triagem sem alvo de 194 plásticos detectando vários químicos.

• Quatro estabilizantes de raios UV, dois retardadores de chama e um sub-produto de manufaturados foram quantificados.

• As aves marinhas são possivelmente expostas aos químicos através da ingestão de plásticos.

• Produtos químicos com valores de log Kow de 5,6 a 10 apresentaram alto potencial de exposição.

Resumo

O risco dos organismos marinhos ingerirem plásticos tem se tornado uma preocupação crescente devido a presença de químicos perigosos nos fragmentos plásticos (nt.: se estes químicos chegam aos mares pelos plásticos, será que não se sabe que muitos deles antes estiveram em contato com nossos alimentos?). Para identificar os compostos aos quais as aves marinhas têm potencialmente exposição substancial, 194 fragmentos plásticos e pelotas ingeridas por elas, dos tipos, fulmares do norte das Ilhas Faroe, albatrozes-de-laysan e albatrozes pata-preta da Ilha de Mukojima, foram analisados peça a peça. Detectou-se quatro tipos de estabilizantes de raios UV (nt.: são muitos, mas aqui só se acessa à generalidade, ficando difícil, pelo custo – 40 dólares acessar todo o artigo – termos os dados quais são estes estabilizantes), dois retardadores de chama bromados e oligômeros de estireno (nt.: oligo significa pouco, poli=muito. Ou seja, aqui são poucas moléculas do cancerígeno estireno, insuficiente para formar um polímero. Entender que cada molécula deste plástico é cancerígena, não importando se são poucas ou muitas. Produtos de estireno no dia a dia=isopor e EPS), foram detectados a frequências de 4,6%, 2,1% e 2,1%, respectivamente. As concentrações variaram de não detectado (n.d.) a 1700 μg/g medidas para os estabilizantes de raios UV, n.d. a 1100 μg/g para os retardadores de chamas e n.d. a 3200 μg/g para os oligômeros de estireno. Constatamos que estes químicos poderia ficar retidos nos resíduos plásticos durante a deriva e a própria fragmentação nos oceanos e daí capturados pelas aves marinhas. Este tipo de transporte, via plásticos, pode ser o meio direto que acaba introduzindo estes compostos perigosos nos organismos marinhos.

Resumo gráfico

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Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2019.