Um novo relatório do Conselho de Pesquisa Federal (nt.: em inglês – National Research Council) defendeu a inclusão do estireno como “sendo razoavelmente um carcinogênico humano” no 12º Comunicado sobre Carcinogênicos do Programa Federal de Toxicologia (nt.: em inglês – National Toxicology Program’s 12th Report on Carcinogens/RoC). A comissão que redigiu o relatório declarou que esta inclusão está apoiada por “limitada, mas crível” evidência de carcinogenicidade em estudos humanos, “suficiente” evidência de estudos animais e “informação convincentemente relevante” em estudos mecanísticos que observaram o dano ao DNA em células humanas que foram expostas ao estireno. A comissão chegou a mesma conclusão depois de conduzir tanto uma revisão aos pares do ‘RoC’ como de uma avaliação independente da literatura sobre o estireno.
http://www8.nationalacademies.org/onpinews/newsitem.aspx?RecordID=1872
O Programa Federal de Toxicologia é um programa inter-agências que gera o Comunicado sobre Carcinogênicos. O estireno é uma substância de interesse para este Comunicado em razão de que são muitas as pessoas nos EUA que estão expostas a ela. É um líquido oleoso, amarelado e incolor, encontrado em muitos produtos de consumo como embalagens plásticas, frascos para alimentos e bens descartáveis ou não domésticos. Fontes de exposição ambiental incluem a fumaça do cigarro e a exaustão veicular. A exposição ocupacional pode ocorrer durante o processo industrial do estireno.
Com base nos critérios de inclusão do Comunicada sobre Carcinogênicos, uma substância pode ser classificada como sendo imparcialmente um carcinogênico humano está fundamentada sobre evidência suficiente em animais ou evidência limitada em estudos humanos. Nas revisões aos pares do 12º Comunicado, a comissão examinou a literatura principal, citada no documento, bem como outra pesquisa publicada antes de 10.06.2011, e encontrou o que o Comunicado identificou os estudos mais importantes, descrevendo as limitações e os pontos fortes de cada um. E foram estes argumentos que deram suporte para identificar o estireno como sendo imparcialmente um carcinogênico humano.
Em sua avaliação independente, a comissão considerou uma pesquisa adicional publicada em 13.11.2013. Foi detectada que existe uma “persuasiva evidência” em estudos humanos, animais e mecanísticos para dar suporte da inclusão do estireno, no mínimo (nt.: destaque da tradução), como inquestionalmente sendo um carcinogênico humano (nt.: há mais de 13 anos que ele é reconhecido pela própria Anvisa como um xenoestrogênio – ver – https://nossofuturoroubado.com.br/aditivos-plastificantes/o-perigo-do-cafezinho).
A comissão destacou, no entanto, que houve ambiguidade com respeito ao peso da evidência mecanística quando aplicada nos critérios da inclusão e que um forte argumento poderia ser feito para apoiar a inclusão do estireno como um conhecido carcinogênico humano se os dados derivados do estudo de tecidos humanos ou células sozinhas fossem considerados suficientes. Clarificação posterior e orientação ampliada pelo Programa Federal de Toxicologia são necessárias com relação aos tipos e à força da evidência mecanística e como ela é utilizada no contexto dos critérios de inclusão no Comunicado sobre Carcinogênicos, diz o relatório.
DETALHES:
Revisão da Avaliação do Estireno no Programa Federal de Toxicologia no 12º Comunicado sobre Carcinogênicos está disponível para imediato acesso e liberação junto ao http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=18725. Questionamentos da mídia pode ser diretamente junto ao ‘Office of News and Public Information’; tel. 202-334-2138 ou e-mail [email protected].
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2014.