https://www.ewg.org/news-and-analysis/2019/09/science-PFAS-rebuttal-3m-s-claims
By EWG’s Science Investigations Team
TUESDAY, SEPTEMBER 10, 2019 – This post was updated on Wednesday, September 11, 2019
Por décadas, a 3M foi um dos principais produtores mundiais dos produtos químicos fluorados tóxicos conhecidos como PFAS (nt.: importante acessar este link porque se conhecerá como e onde estas substâncias estão impregnando os produtos de consumo do nosso dia a dia). Nos primórdios da década de 1950, os próprios estudos da 3M mostraram que os produtos químicos PFAS se acumulavam no sangue e, pelos anos 60, os estudos em animais feitos pela empresa já mostraram seu potencial de danos. Mesmo assim, a corporação continuou produzindo estes químicos – PFAS – sem notificar seus funcionários de seus riscos.
Desde então, existem centenas de estudos (hundreds of studies) que identificam os riscos à saúde associados a estes produtos químicos. É também muito mais conhecida a ampla dispersão da contaminação provada pelos PFAS. A partir de dados federais e estaduais, o EWG identificou mais de 700 locais contaminados (more than 700 sites contaminated) com estes químicos.
Apesar das preocupações de segurança bem documentadas associadas ao PFAS, a 3M está reforçando suas alegações falaciosas sobre estes químicos e seu envolvimento na atual crise desta contaminação. Como consequência de legislações, estadual e federal, que ainda estão pendentes bem como as ações judiciais contra fabricantes atuais e antigos de PFAS, como a 3M, esta corporação cria um website de propaganda (propaganda site) com a intenção de minimizar os riscos do PFAS.
Os cientistas do EWG revisaram suas reivindicações e responderam, usando as pesquisas mais recentes e imparciais sobre PFAS, no sentido não só de refutá-las mas e principalmente para alinharem estes dados. (Todas as declarações da 3M estão no website https://www.pfasfacts.com/, e foram acessadas em 4 de setembro de 2019.)
O PFAS é prejudicial?
A 3M diz:
Embora certos PFAS tenham sido detectados no ambiente em níveis baixos, sua mera presença não significa que sejam prejudiciais. Cada composto PFAS precisa ser avaliado com base em suas próprias propriedades.
Por exemplo, a 3M e outros fizeram pesquisas por décadas sobre possíveis efeitos sobre a saúde pela exposição aos químicos, PFOS e PFOA, quanto a animais e pessoas. Estes são dois dos compostos PFAS que legamos mesmo não sendo mais produzidos ou usados nos Estados Unidos ou na Europa.
Alguns estudos mostraram que, em doses muito altas, alguns compostos de PFAS podem resultar em efeitos adversos à saúde em animais. No entanto, o peso das evidências científicas não mostram que os PFOS ou PFOA causam danos ao meio ambiente ou às pessoas nos níveis atuais ou históricos. A pesquisa mostrou que os níveis de PFOS e PFOA na população em geral, caíram mais de 70% desde 2000.
O EWG responde:
Um volume significativo de evidências científicas (significant body of scientific evidence) demonstra que tanto o PFOA quanto o PFOS, que foram retirados da produção nos EUA, bem como os produtos químicos PFAS que os substituíram, causam danos ao meio ambiente e à saúde humana, mesmo em baixos níveis. É encorajador que os níveis de PFOA e PFOS medidos no sangue estejam diminuindo, mas isso não significa que os níveis atuais sejam seguros (nt.: se se sabe que estas moléculas causam danos aos organismos, é lógico que enquanto estiverem aí dentro, estarão causando efeitos maléficos permanentemente, até sua ‘expulsão’!). Além disso, outros produtos químicos PFAS também foram detectados no sangue humano e em outros órgãos (other organs).
A exposição ao PFAS, mesmo nas mais baixas concentrações, prejudica a saúde humana e coloca em risco as pessoas em comunidades com água potável contaminada. Ciência recente (recent science) sugere que os químicos PFAS mais recentes podem ser tão tóxicos e mais difíceis de lidar como com aqueles que foram eliminados.
O PFAS não se decompõe no meio ambiente e pode se acumular nos tecidos animais e humanos. Eles foram encontrados em níveis extremamente altos nas águas subterrâneas em áreas onde ocorreram descargas industriais em mananciais de água potável, ou perto de instalações militares ou aeroportos onde foi usada espuma de combate a incêndios carregada de PFAS. A partir de dados federais e estaduais, o EWG identificou mais de 700 locais onde o PFAS foi detectado. Dados federais não liberados sugerem que até 110 milhões de norte americanos (110 million Americans) podem ter PFAS em sua água potável.
Mesmo que o website da 3M se foque na eliminação de dois tipos de PFAS, a corporação falha em admitir que mais de 600 outros químicos da mesma família do PFAS foram relatados como ativos no comércio na última década.
Os locais contaminados raramente contêm apenas um ou dois PFAS. Testes recentes de 25 sistemas públicos de água pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (nt.: US EPA) e pelo Serviço Geológico dos EUA (nt.: US Geological Survey) encontraram uma complexa mistura de diferentes químicos PFAS em todas as estações de tratamento, indicando que os norte americanos estão expostos a muitos PFAS diferentes na água potável. Quanto ao PFAS estava presente em todas as estações, indicando que os norte americanos estão expostos a uma mistura complexa de diferentes químicos da família do PFAS.
Além do mais, mesmo que tanto o PFOA como o PFOS tenham sido eliminados da produção devido à pressão da EPA, eles foram usados em grande volume por décadas e detectados em centenas de locais contaminados. Como até mesmo os químicos que foram eliminados nunca se decompõem no meio ambiente, mesmo os lançamentos de décadas atrás, continuam colocando as pessoas em risco se não forem sacados dos ambientes.
Este legado dos químicos PFAS também causa danos em baixas doses, incluindo sobre o sistema imunológico e gerando um desenvolvimento alterado das glândulas mamárias. Embora os níveis de PFOA e PFOS em nossos corpos estejam diminuindo, produtos químicos como os da GenX (nt.: uma marca registrada dada a uma tecnologia que é empregada para fazer polímeros fluorados sem a presença de PFOA/ácido perfuoroctanoide) (Gen X have similar toxic effects). Até o momento, a avaliação de produtos químicos da família do PFAS, um de cada vez, mostrou-se ineficaz, destacando toxicidades semelhantes e testes inadequados de extremidades sensíveis e durante períodos vulneráveis de desenvolvimento dos organismos. Para proteger a saúde pública, é fundamental que os químicos PFAS sejam considerados como uma classe (as a class) (nt.: ou família como são outros químicos devastadores como foram os PCBs).
O que a ciência nos diz sobre o PFAS?
A 3M diz:
Embora algumas pesquisas tenham indicado possíveis associações com certos biomarcadores ou resultados de saúde em pessoas para PFOA e PFOS, os resultados de estudos que examinaram esses parâmetros encontraram observações inconsistentes ou conflitantes e não mostram causalidade. A 3M e outros especialistas líderes em todo o mundo continuam pesquisando o PFAS para procurar possíveis problemas de saúde.
O EWG responde:
As ligações entre resultados adversos à saúde e a exposição aos PFOA e PFOS estão bem estabelecidas, inclusive nos próprios estudos da indústria química, estudos de regulamentadores governamentais e em muitos estudos independentes e revisados por pares. Um corpo científico crescente sugere que os químicos PFAS que vieram substituir tanto o PFOA como o PFOS provavelmente causarão o mesmo tipo de danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Uma análise feita por nossa organização, EWG, de documentos da indústria (EWG analysis of industry documents), liberados em razão das ações contra a 3M e a DuPont, mostra que estudos em animais realizados pelas corporações revelaram que, desde a década de 60, os químicos PFAS poderiam trazer riscos à saúde. Memorandos internos, estudos e outros documentos das corporações demonstram que estas empresas estavam e estão cientes dos riscos destes químicos.
De 2005 a 2013, o Painel Científico sobre os Compostos C 8 (nt.: por que é importante acessar este link sobre estes compostos? Para que nós os leigos nas parafernálias inventadas por estas corporações que resultam nos nossos produtos de consumo diário, possamos saber, pelo menos, onde eles estão quando chegarmos numa prateleira para comprarmos algo) (C8 Science Panel) conduziu uma grande análise epidemiológica dos resultados de saúde humana pela exposição ao químico PFOA. Os três cientistas independentes que faziam parte do painel, trabalharam com amostras de sangue de quase 70.000 moradores do vale do rio Ohio por terem sido expostos por trabalharem ou morarem nas cercanias de uma fábrica da DuPont que produz materiais com Teflon. O painel foi financiado pela própria corporação como solução parcial da ação judicial movida pelos residentes, sendo que a empresa concordou com sua constituição. Os cientistas encontraram links para danos à saúde, incluindo dois tipos de câncer e danos durante a gravidez, como visto abaixo.
Resultados do Painel Científico C8
Encontro | Link provável | Não é um link provável |
5 de dezembro de 2011 | Hipertensão induzida pela gravidez e pré-eclâmpsia | Defeitos de nascença Nascimento prematuro ou baixo peso ao nascer Aborto e natimortos |
16 de abril de 2012 | Câncer de testículo Câncer de rins | Diabetes no adulto Outros tipos de câncer |
30 de julho de 2012 | Doença da tireoide Colite ulcerosa | Acidente vascular encefálico Asma ou doença obstrutiva crônica das vias aéreas Distúrbios do desenvolvimento neurológico em crianças Gripe Doenças autoimunes |
29 de outubro de 2012 | Colesterol alto | Mal de Parkinson Osteoartrite Doença hepática Doença renal crônica Pressão alta Doença cardíaca coronária |
Fonte: Grupo de Trabalho Ambiental, dos relatórios de links prováveis do C8 Science Panel. www.c8sciencepanel.org/prob_link.html
Os regulamentadores governamentais também identificaram riscos à saúde conhecidos ou prováveis pela exposição aos PFOA e PFOS. O comunicado da EPA sobre a água potável (drinking water advisory) diz que a exposição aos PFOA e PFOS pode causar “impactos no desenvolvimento durante a gravidez e nos bebês, câncer, danos ao fígado, ao sistema imunológico, à tireoide e outros efeitos, incluindo alterações no colesterol”.
A Agência Federal de Registro de Substâncias Tóxicas e Enfermidades (Agency for Toxic Substances and Disease Registry/ATSDR) diz que a exposição ao PFAS pode “aumentar os níveis de colesterol, diminuir a resposta do organismo às vacinas, aumentar o risco de doenças da tireoide, diminuir a fertilidade nas mulheres, aumentar o risco de doenças graves bem como pressão alta ou pré-eclâmpsia em mulheres grávidas e menores pesos do bebê ao nascer”.
As agências estaduais de saúde e água potável também realizaram rigorosas revisões científicas para desenvolverem diretrizes sobre água potável e limites legais para os químicos PFAS. O estado de New Jersey (New Jersey) desenvolveu padrões propostos para água potável de 14 partes por trilhão ou ppt, para PFOA, com base em efeitos no desenvolvimento, 13 ppt para PFOS, com base em efeitos de imunotoxicidade, e estabeleceu um limite legal de 13 ppt para PFNA, com base em efeitos no desenvolvimento e na imunidade. O Gabinete de Avaliação de Perigos em Saúde Ambiental da Califórnia estabeleceu níveis de referência, uma diretriz de saúde não aplicável, representando um em um milhão no risco de câncer ao longo da vida, de 0,1 ppt para PFOA e 0,4 ppt para PFOS, com base no risco de câncer de fígado em animais estudos.
Os regulamentadores internacionais também confirmaram os riscos do PFAS. No ano de 2018, a avaliação de risco apresentado pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (European Food Safety Authority) para o PFOS e o PFOA em alimentos, constatando que estudos epidemiológicos em humanos, fornecem forte conexão causal entre exposição e níveis séricos elevados de colesterol bem como dá suporte a níveis séricos aumentados da enzima hepática alanina transferase. A revisão de estudos em humanos sugere também associações causais de PFOS, e possivelmente PFOA, com a diminuição das respostas às vacinas (decreased vaccine responses) em crianças. A agência também encontrou algumas evidências de uma associação causal entre exposições pré-natais tanto ao PFOS como ao PFOA em relação do peso ao nascer.
A Agência Ambiental Alemã utilizou dados humanos para publicar (publish) uma concentração sérica segura de 2 nanogramas/mililitro para PFOA e 5 ng/ml para PFOS, que evitaria preocupações com fertilidade e gravidez, peso do recém-nascido, metabolismo lipídico, impactos no sistema imunológico, impactos no sistema imunológico, no desenvolvimento hormonal, metabolismo da tireoide e início da menopausa. Testes (tests) recentes dos Centros federais de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (nt.: US CDC) em 2015-2016 mostram que mais de um quarto dos americanos tinham PFOA em níveis acima de 2,5 ng/ml e PFOS em níveis acima de 8,1 ng/ml.
Se os limites de risco à saúde estabelecidos pela Agência Ambiental da Alemanha forem comparados a pesquisas de biomonitoramento de PFOA e PFAS na população dos EUA, os critérios alemães sugerem que mais de um quarto do público americano pode estar enfrentando riscos à saúde.
Os químicos da família do PFAS que estão sendo usados para substituir o PFOA e o PFOS, apresentam muitos dos mesmos riscos. As avaliações toxicológicas preliminares da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (nt.: US EPA) sobre a GenX e PFBS (nt.: químico criado para substituir a molécula PFOS/sulfonato perfluoroctano) mostram que esses dois químicos podem ser tão tóxicos (just as toxic) quanto o PFOA e o PFOS. Um estudo recente dos chamados produtos químicos PFAS de cadeia curta – um grupo de produtos químicos PFAS comumente usado para substituir PFOA e PFOS – descobriu que eles são amplamente detectados no ambiente e levam mais tempo para se metabolizarem e podem contaminar áreas maiores e as tecnologias de tratamento são frequentemente menos eficazes.
A 3M diz:
O Painel de Saúde Especializada dos PFASs (nt.: PFAS Expert Health Panel) , formado pelo governo australiano, determinou em seu relatório de março de 2018 (March 2018 report) que “existe praticamente uma evidência limitada ou inexistente de qualquer vínculo com doenças humanas” e “não há evidências atuais que apoiem um grande impacto na saúde de um indivíduo.” Eles também relatam que “não há evidências atuais que sugiram um aumento no risco geral de câncer.” No entanto, eles recomendam que a pesquisa continue, incluindo esforços para obter uma “melhor compreensão de como o PFAS afeta os seres humanos e em que nível.”
Nos Estados Unidos, a Agência de Registro de Substâncias e Doenças Tóxicas (nt.: em inglês – Agency for Toxic Substances and Disease Registry/ATSDR) – encarregada pelo Congresso de estudar os efeitos de substâncias perigosas – informou em maio de 2018 (reported in May 2018) que “os estudos em humanos disponíveis identificaram alguns alvos potenciais de toxicidade; no entanto, as relações de causa e efeito não foram estabelecidas para nenhum dos efeitos, e os efeitos não foram consistentemente encontrados em todos os estudos.”
O EWG responde:
Por quase 70 anos (nearly 70 years), a 3M, a DuPont e outras corporações químicas sabem que seus produtos PFAS se acumulam no sangue. Eles sabem há quase tanto tempo que estes produtos químicos têm um efeito tóxico em nossos órgãos e trabalharam para manterem estas informações em segredo. Várias agências e pesquisadores de saúde autorizados nos Estados Unidos, como a Agência de Proteção Ambiental (nt.: US EPA), a Agência acima citada (ATSDR) e o Painel sobre estas substâncias (nt.: C8 Science Panel) , vincularam a exposição do PFAS à pré-eclâmpsia, câncer de testículo, câncer de rim, doenças da tireoide, colite ulcerativa, colesterol alto, supressão imunológica (immune suppression), redução da fertilidade e outros efeitos sobre a saúde. As últimas pesquisas e estudos envolvendo seres humanos (latest research and human studies) continuam mostrando ligações entre riscos sobre a saúde humana e os PFAS.
Contrariamente à alegação da 3M, o Painel australiano sobre os PFAS (Australian PFAS Expert Health Panel) não os exime. O Painel concluiu que “importantes efeitos na saúde dos indivíduos expostos à esta substância não podem ser descartados com base nas evidências atuais.” O relatório do painel também aponta para as qualidades persistentes e bioacumulativas dos PFAS, ressaltando que: “Os químicos PFAS não se decompõem prontamente no ambiente, podem transitar por longas distâncias tanto pelos solos como pelas águas, podendo inclusive ser detectados nas águas subterrâneas. Níveis de PFAS acumulam-se em animais e humanos, permanecendo por longos anos no corpo humano.”
A citação da 3M sobre o relatório do ATSDR, também é enganosa. O ATSDR lista vários efeitos na saúde associados à exposição ao PFAS em seu site, incluindo aumento dos níveis de colesterol, do risco de câncer, interferência hormonal e diminuição da fertilidade nas mulheres. Além disso, os níveis mínimos de risco incluídos no perfil toxicológico do PFAS do Painel australiano foram sete a 10 vezes inferiores aos níveis da norte americana EPA, empregados para calcularem os padrões para água potável tanto para o PFOA como para o PFOS (nt.: são substâncias com o mesmo flúor e pertencentes à família ou classe dos PFAS). Embora este Painel reconheça que há pesquisas em andamento sobre possíveis preocupações adicionais quanto à toxicidade, isso não nega as outras descobertas da agência.
Mais sobre PFAS
A história de contaminação por PFAS e sua tentativa de regulamentação é longa e complexa. Aqui estão alguns links que fornecem informações essenciais.
Antecedentes e evitar a exposição
- Antecedentes (Background) à esta crise de contaminação.
- Por que todos os produtos químicos PFAS devem ser regulamentados como uma classe ou família (regulated as a class).
Documentar o conhecimento dos poluidores sobre contaminação
- Documentos que comprovam a linha do tempo (timeline) do PFAS .
- Um estudo sobre os C8 (nt.: importante acessar a este link porque aqui começa um processo de traduções sobre este tema – Produtos Perfuorados – formado de muitas partes que irão nos introduzindo neste assunto que tanto nos agride e que não temos a mínima noção de sua existência. Estas traduções foram feitas a partir de 2006. Ou seja, este assunto está disponível há mais de quatorze anos em português!) encontrou conexões como o câncer (links to cancer).
- Antecedentes de documentos que demonstram (showing) as décadas de decepção.
- A 3M sempre tinha conhecimento (known) sobre o potencial de aumento de riscos à saúde trazidos pelo PFAS, tendo detectado um risco elevado de câncer em seus trabalhadores.
Danos à saúde causados pelo PFAS
Os efeitos de PFOS, PFOA, PFHxS e PFNA na saúde foram mais amplamente estudados do que outras substâncias per e polifluoroalquil (PFAS). Alguns, mas não todos, estudos em humanos com exposição ao PFAS mostraram que certos PFAS podem:
- afetam o crescimento, a aprendizagem e o comportamento de bebês e crianças mais velhas;
- diminuir a chance de uma mulher engravidar;
- interferir com os hormônios naturais do corpo;
- aumentar os níveis de colesterol;
- afetar o sistema imunológico; e,
- aumentar o risco de câncer.
Na maioria das vezes, os animais de laboratório expostos a altas doses de um ou mais destes PFAS mostraram alterações na função hepática, tireoidiana e pancreática, bem como algumas alterações nos níveis hormonais. Como animais e seres humanos processam estes químicos de maneira diferente, mais pesquisas ajudarão aos cientistas entenderem completamente como os PFAS afetam a saúde humana. Os cientistas ainda estão aprendendo sobre os efeitos na saúde das exposições a misturas de PFAS.
Estudos adicionais:
- O estudo dos compostos C8 detectou conexões com o câncer (found links to cancer).
- O PFAS prejudica (harm) o sistema imunológico e diminui a eficácia da vacina: “Uma revisão recente de estudos epidemiológicos em humanos realizada por Rappazzo et al. mostra que o PFAS pode influenciar a resposta de anticorpos à vacinação e outros problemas de saúde, como a asma.”
- Danos à saúde associados à exposição ao FPAS, conforme listado no relatório (report) da Agência de Registro de Doenças e Substâncias Tóxicas (nt.: em inglês – Agency for Toxic Substances and Disease Registry).
Luta do EWG contra o PFAS
Por duas décadas, a EWG se comprometeu a impedir (stopping) a propagação da contaminação por PFAS.
Tradução parcial livre de Luiz Jacques Saldanha, fevereiro de 2020.