Parte 1:
O PFOA e outros
PFCs que vêm com os produtos comuns a todos os lares
Site em inglês: http://www.ewg.org/reports/pfcworld/part1.php
Panelas
com antiaderente, móveis, cosméticos, clareadores domésticos, roupas
e invólucros para embrulhar alimentos podem conter os PFCs.
Muitos deles se degradam até o PFOA no ambiente ou no organismo humano.
Os nomes comerciais são conhecidíssimos: TEFLON,
STAINMASTER, SCOTCHGARD, SILVERSTONE
e outros. Estes compostos também são utilizados em um vasto número
de produtos e processos industriais.
- TEFLON
E PFOA: o Teflon
ele mesmo não é um PFOA (nt.: também denominado em inglês como C8). No entanto é utilizado
para fabricá-lo. Sua liberação
na atmosfera, juntamente com outros PFCs, ocorre quando as panelas
de Teflon são aquecidas a temperaturas de ebulição. O PFOA também
é liberado para a atmosfera e para a água pelos efluentes de seus
complexos fabris.
- OUTROS
PRODUTOS COMUNS DE CONSUMO E O PFOA (fluorpolímeros e telomer
alcohols): o PFOA também vem de produtos projetados para repelir
solo, graxa e água, incluindo o tratamento de carpetes e móveis,
invólucros de alimento, sprays para couro, sapatos e outras vestimentas,
produtos para pintura e clareadores, limpadores – além de produtos
como shampoos e ceras de chão, onde os PFCs
são empregados como surfactantes. Dentre estes produtos com PFC,
incluem-se formulações como o protetor fabril STAINMASTER e o protetor
de papel ZONYL. São fabricados com substâncias químicas que se degradam
até o PFOA e outros químicos correlatos, tanto no ambiente como
no interior dos organismos.
- POLUIÇÃO
INDUSTRIAL E O PFOA:
as companhias químicas como a DuPont e
a 3M não foram exigidas por lei a monitorarem ou reportarem as emissões
de PFOA, de PFOS ou de outros PFCs para a atmosfera, águas e aterros
de lixo porque estes químicos estão completamente fora de regulamentação.
Assim todas as emissões são legais. Estudos da indústria submetidos
à EPA fornecem estimativas parciais das
descargas poluidoras das companhias, mas só de anos recentes e de
seus processos fabris, não da “torrente” de seus consumidores industriais
que os empregam em produtos finais de consumo. Por estes documentos
ficamos sabendo que toneladas de PFOA estão sendo liberadas anualmente
como poluição aérea e hídrica tanto das fábricas da DuPont
como da 3M em West Virginia, North Carolina, Minnesota e Alabama;
nas fábricas de carpetes, roupas e papel na Georgia, North Carolina
e em outras partes. Somente em 1999, a DuPont liberou mais do que 40 toneladas (86,806 pounds) de PFOA para o ar e
para o rio Ohior de sua fábrica Washington de produção de TEFLON
em West Virginia. A companhia agora se vangloria de haver reduzido
aquelas descargas a 10 toneladas (20,168
pounds) em 2002.
- O
SCOTCHGARD ORIGINAL DA 3M E O PFOA: os produtos Scotchgard feitos pela 3M antes de 2001 degradam-se
no ambiente em PFOA, entre outros químicos. A EPA
obrigou a 3M a alterar sua formulação do Scotchgard em razão de
que os químicos presentes no produto foram reconhecidos como tóxicos
e persistentes no ambiente e no corpo humano. Os informes públicos
contêm pouca informação sobre a nova fórmula do Scotchgard. A 3M
está usando PFBS (nt.: sigla em iglês de Perfluorobutane sulfonate),
irmão químico do PFOS, como um substituto ao PFOS como base química
para alguns produtos. O PFBS não se degrada. Se a química substituta
da 3M estiver baseada nos álcoois telômeros, eles provavelmente
irão se degradar em PFOA.
- OUTROS
PFCs:
o PFOA é somente um de muitos compostos terminais de degradação
de produtos domésticos que contém PFCs e somente um dos 15 PFCs
conhecidos que poluem o sangue humano. Alguns outros compostos persistentes
que vêm nos produtos de consumo, detectados no sangue humano que
incluem químicos “irmãos” do PFOA, são caracterizados por compridas
cadeias de carbono mais longas ou mais curtas do que a cadeia de
oito carbonos do PFOA. Outro grupo de PFCs
encontrado em produtos de consumo degradam a substâncias do tipo
do PFOS, os sulfonatos perfluorados que constituiam a formulação
original do Scotchgard da 3M.
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