Parte 2: 

O PFOA é um poluente invasivo no sangue humano, assim como outros PFCs.

Site em inglês:http://www.ewg.org/reports/pfcworld/part2.php

  

A DuPont, a 3M e outros fabricantes de PFC tiveram amplas indicações, décadas atrás, que o PFOA e outros compostos perfluorados contaminavam o sangue da população em geral dos EUA. Como e por que eles ignoraram os sinais de perigo é um dos mais perturbadores capítulos nesta tragédia desvelada da poluição dos PFCs.

Em estudos da companhia 3M submetido aos setores governamentais em 2001, os cientistas reportavam ter detectado o PFOA em sangue de 96 por cento de 598 crianças testadas em 23 estados e no Distrito de Columbia. Apesar disto permanece como o maior estudo de sangue de crianças, apesar de ele não ter sido o primeiro. Em 1981 a DuPont detectou PFOA em sangue de cordão umbilical de um bebê e no sangue de uma segunda criança nascida de uma funcionária de sua fábrica de Teflon em Parkersburg, West Virginia. Entre sete trabalhadoras grávidas monitoradas pela DuPont, duas tiveram filhos com defeitos de nascimento – um com um olho "disforme" e um defeito no ducto lacrimal e o outro com defeito na narina e no olho. Neste mesmo ano a DuPont despensa 50 mulheres da fábrica [1]. 

Entre 1972 e 1989, não menos do que nove estudos foram publicados sobre os níveis de PFCs no sangue da população em geral. Já lá por 1976 houve uma tentativa de por primeiro identifica o PFOA no sangue humano. Este foi o mesmo tempo em que os PCBs foram banidos (nt.: uma família de organoclorados, usados em transformadores elétricos e considerados hoje um dos POPs). Em estudos conduzidos nos últimos seis anos, os cientistas da indústria detectaram PFOA em uma imensa maioria das amostras de testes de mais ou menos 3000 pessoas nos EUA. Incluem-se amostras de sangue de 598 crianças, 238 pessoas da terceira idade, residentes no estado de Washington, e de aproximadamente 2000 doadores de banco de sangue. 

Cientistas detectaram agora 15 PFCs no sangue humano – cada um dos quais haviam testado. Num estudo da indústria de 2001, dos seis PFCs no sangue humano, os cientistas encontraram quatro em níveis mais altos em crianças do que em adultos. E as crianças mostravam os níveis mais altos dentre a média que havia sido medida nos trabalhadores da 3M [3] . Trabalhos em laboratório recentes aumentaram as preocupações sobre os efeitos que estes químicos podem ter sobre a saúde e o desenvolvimento das crianças [4]. O PFOA foi encontrado em níveis similares em crianças e adultos.  No entanto, as crianças estão sob riscos maiores face aos aumentos dos efeitos das exposições ao PFOA simplesmente porque seus corpos carregam níveis mais altos de outros PFCs que têm toxicidades similares ao do PFOA.

Uma vez que o PFOA é introduzido, passa a circular no corpo por anos. Se novas exposições pudessem ser, de qualquer maneira interrompidas, o corpo pode necessitar numa estimativa de, mais ou menos, uns 4,4 anos para excretar metade da massa do PFOA acumulada nos órgãos e tecidos [2]. Mas desde que os humanos passaram a ser expostos mais freqüentemente, talvez diariamente, via produtos de consumo e contaminação ambiental, o fato de que o corpo pode excretar lentamente o PFOA, tem menos relevância à saúde humana do que o aspecto que o PFOA está sendo continuamente reintroduzido. 

DE CADA  20 CRIANÇAS TESTADAS,

19 APRESENTAM SEU SANGUE CONTAMINADO COM PFOA. 

Mesmo se o PFOA fosse banido de seu emprego, sua presença pode continuar a se manifestar no ambiente e no sangue humano. Por muito tempo outros compostos fluorados, presentes em produtos comuns de consumo, degradarão ao seu metabólito final – o PFOA. A velocidade com que estas transformações irão ocorrer é totalmente desconhecida. Mas poderá ser por décadas ou por centenas de anos, dado o que se sabe sobre a velocidade de degradação de outros precursores dos PFCs. A humanidade poderá estar exposta a volumes sempre crescentes de PFOA pela contaminação ambiental traçada através das rotas de exposição (água encanada, alimentação e atmosfera, por exemplo), mesmo como exposições pós-banimento do PFOA com o declínio da decomposição destes produtos de consumo. 

QUINZE PFCs FORAM DETECTADOS NO SANGUE HUMANO. Em quase 20 estudos conduzidos entre 1972 e 2002, os cientistas detectaram todos os 15 PFCs definidos para as análises de laboratório, incluindo:  

  • Oito químicos na família dos PFOS (os sulfonatos – sal ou ésteres do ácido sulfônico), na maioria são derivados da fórmula original do SCOTCHGARD. Os cientistas detectaram o próprio PFOS e cinco químicos que apareceram como intermediários na cadeia de degradação dos ingredientes ativos do Scotchgard para o metabólito final (PFOS), incluindo o M570, o M566, o PFOSAA e o PFOSA. Detectaram o THPFOS, uma substância química estruturalmente correlacionada ao PFOS, além de PFHS e THPFDS, “primos” do PFOS com cadeias de 6- a 10-carbonos, respectivamente, em vez de cadeia com 8-carbonos como o PFOS. [24].
  • Sete químicos na família PFOA (os ácidos carboxílicos), são na maioria derivados dos produtos Teflon e produtos feitos com álcoois telômeros e polímeros acrilatos tipo STAINMASTER e químicos ZONYL usados em embalagens de alimentos. Os cientistas haviam detectado PFOS ele mesmo e químico “irmãos” do PFOA caracterizados por cadeias longas de carbono alinhadas de 6 a 12 (químicos referidos como C6, C7, C9, C10, C11 e C12).

EVIDÊNCIA DA CONTAMINAÇÃO DO SANGUE JÁ NOS ANOS SETENTA. O primeiro trabalho para definir a contaminação humana pelos químicos da 3M foi dado não pela companhia, mas por dentistas pesquisando o flúor no organismo humano. O Dr. Donald Taves da Escola de Medicina e Odontologia da Universidade de Rochester reportou uma surpreendente descoberta no aproveitamento de uma amostra de seu próprio sangue. Suas análises mostraram que parte do flúor no seu sangue pareceu ser orgânico e desvinculado dos tipos de flúor acrescidos (controvertidamente) aos suprimentos públicos de água potável com o intento da higiene dental.

Em 1976 o Dr. Taves e seus colaboradores temporariamente identificaram um flúor orgânico na amostras de sangue humano como um dos perfluorados orgânicos da 3M – o PFOA, ou perfluorooctanoic acid [5]. Os autores especularam que muitos perfluorcarbonos pareceram estar presentes no sangue humano e que alguns poderiam estar ramificados ou sulfonatados (outro grupo de compostos perfluorados da 3M). Os autores com um certo pressentimento especularam a origem destes químicos no sangue:

"Estas descobertas sugerem que há uma contaminação global dos tecidos humanos com quantidades traço de compostos orgânicos de flúor derivados de produtos comerciais.... Uma série de compostos têm uma estrutura consistente com a que detectamos aqui em relação à fórmula predominante do flúor orgânico presente no sangue humano com o que é largamente utilizado comercialmente por suas potentes propriedades surfactantes. Por exemplo, eles são utilizados como repelentes à água e ao óleo no tratamento de tecidos e couro. Outros usos incluem a produção de papel encerado e na formulação de cera de assoalho...A prevalência do flúor orgânico no plasma humano é provavelmente muito alto visto que 104 de 106 amostras de plasma testados aqui, além de todas as 35 em um estudo anterior... tinham quantidades detectáveis .... Com a ajuda do computador acessamos aos websites de pesquisa bibliográfica usando o Medline (nt.: a mais ampla fonte “on line” de informações bibliográfica sobre as ciências da vida e biomédicas, financiada tanto pela iniciativa pública como privada), o Toxline (nt.: a mais ampla variedade de informações toxicológicas “on line”, podendo ser da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA como de outros centros do mundo) e o Chemcon (nt.: sigla de Chemical Abstracts Condensates, apoiado pelo Departamento de Educação dos EUA) não conseguindo nenhum dado sobre isto [metabolismo e toxicologia destas substâncias químicas]. Era surpreendente o emprego amplamente difundido destes compostos em produtos comerciais.”[5]. 

Um total de nove estudos foram completados entre 1972 e 1989 quantificando os níveis de flúor orgânico em sangue humano – na população em geral dos EUA, Argentina, China e Japão [6 (p.13)]. Em 1976 a 3M começou a testar – e descobriu – o PFOA no sangue de seus trabalhadores [6 (p.13)]. Mas 31 anos depois da descoberta de Taves, a indústria aparente ou deliberadamente fracassa na continuação de estudos que certamente poderiam ter definido e confirmado a extensão com que o PFOA havia contaminado a população em geral.

Apesar de muitas descobertas de PFCs em sangue humano estarem disponíveis em bibliografia que trata deste tema específico, o diretor médico da 3M expressou "surpresa" [7] quando em 1997 testes financiados pela própria companhia demonstravam PFOS não só no sangue dos trabalhadores, mas também em sangue supostamente limpo – amostras dos bancos de sangue dos EUA foram usados como amostras controle nos testes. A 3M reteve as descobertas por nove meses enquanto conduzia testes confirmatórios.

Ela começou uma série de estudos em seu laboratório ambiental para definir a extensão que suas substâncias químicas contaminaram a população e o ambiente. Em março e abril de 1998 seu laboratório ambiental finaliza dez novos estudos confirmando a presença dos PFCs no sangue da população em geral.

Foram encontrados em 18 bancos de sangue coligados de todas as partes dos EUA e em amostras de sangue tomadas das remotas províncias de Linxian e Shandong na área rural da China em amostras coletadas em 1984 e 1994. Somente em um grupo de amostras os PFCs não foram encontradas: dez amostras de sangue arquivadas e coletadas de recrutas norte-americanos na época da guerra do Coréia. Foram amostradas entre 1948 e 1951, ou seja, em torno de 10 anos antes dos químicos PFOS chegarem à produção comercial.  

Perfluorcarbonos são detectados em amostras de sangue destes grupos ...

PFC detectado

Não detectado em

 

 

1948-1951 – Época da Guerra da Coréia, recrutas do exército dos EUA, 10 amostras

1957 - Suécia, 10 amostras individuais

PFOS

 

1969-1971 - Michigan, 5 amostras individuais de um estudo de câncer de mama

PFOS

 

1971 - Suécia, 10 amostras individuais

PFOS

 

1976 - EUA, 6 amostras coligadas de um estudo de doença do coração

PFOA

 

1980 - EUA, 3 amostras coligadas de um estudo de doença do coração

PFOS

 

1984 - Linxian, província rural da China, 6 amostras individuais*

PFOS

 

1985 - EUA, 3 amostras individuais de um estudo de uma doença do coração

PFOS

 

1994 - Shandong, província rural da China, 6 amostras individuais*

PFOS

 

1995 - EUA. Crianças de 23 estados mais o Distrito de Colúmbia

PFOS, PFOA, PFHS, PFOSA, PFOSAA, M570, M556

 

1999 – EUA, anciões em Seattle, Wash.

PFOS, PFOA, PFHS, PFOSA, PFOSAA, M570, M556

 

2000 a 2002 – EUA, sangue comercial e fontes de bancos de sangue

PFOS, PFOA, PFOSA, PFOSAA, M570, M556, C6, C7, C9, C10, C11, C12, THPFOS, THPFDS

 

*Nota: Nos documentos da 3M AR226-0178[8] e AR226-0202[9], os níveis do PFOS encontrados em 1984 e 1994 em amostras da área rural da China que não são distinguidas separadamente. Três das 12 amostras individuais de 2 grupos de amostras foram compostas de um total de 9 amostras analisadas. O PFOS foi detectado em 3 destas 9 amostras nos níveis entre 1 e 5 ppb.

Fonte: AR226-0178
[8], AR226-0202[9], and AR226-0036[10].

 

OS PFCs NO SANGUE DAS CRIANÇAS. Em 15 de maio de 2001, três anos antes do dia do primeiro "alerta de risco substancial" da 3M, [11]  o diretor médico da 3M, Larry Zobel, fornece à EPA mais uma notícia significativa – alguns perfluorcarbonos parecem ser longe mais prevalentes em crianças do que em adultos e em algumas destas crianças os níveis são tão altos como os dos trabalhadores da fábrica da 3M [3].

Este fato desperta a EPA com relação à contaminação generalizada tanto dos seres humanos como da vida selvagem com a substância química do produto comercial SCOTCHGARD, o PFOS. 

A 3M havia baseado toda a prioridade dos testes com sangue da população em geral, em amostras coligadas com suplementos de sangue de lojas que comercializam este produto. Numa nova série de testes, a 3M analisou amostras individuais de 598 crianças, com idade entre 2 a 12 anos, de 23 estados mais o Distrito de Columbia, além de 600 adultos (primariamente entre as idades de 20-69 anos) de seis bancos de sangue de todo os EUA. O relato de 15 de maio de 2001 da 3M para a EPA demonstrou que dos seis PFCs detectados em amostras de sangue, quatro foram encontrados em níveis mais altos em crianças do que em adultos. E as crianças que mostram os mais altos níveis, estão na média foram detectadas entre os trabalhadores da 3M [3]. Estudos laboratoriais recentes [4, 12] aumentam as preocupações sobre os efeitos que estes químicos podem ter sobre a saúde e o desenvolvimento das crianças. O relato da 3M de 15 de maio de 2001 para a EPA mostra que: 

  • Todas as 598 crianças e os 883 adultos testados tinham químicos fluorados orgânicos em seu sangue. Para muitos perfluorcarbonos individuais, algumas pessoas têm níveis abaixo do nível de qualificação. Entretanto, cada pessoa amostrada até aqui apresentou níveis detectáveis de flúor orgânico. Este tipo de flúor não está relacionado ao mesmo tipo de flúor adicionado aos suprimentos públicos de água potável e é considerado ser medida substituta para a presença dos perfluorcarbonos [13, 14].  
  • As crianças que mostram os mais altos níveis estão dentro da média extraída dos trabalhadores da fábrica da 3M. O PFOS foi detectado num grupo de crianças testadas numa concentração de 515 ppb. Na fábrica Sumitomo da 3M no Japão, o nível mais alto medido nos trabalhadores da fábrica foi num estudo de 1999 e era de 628 ppb [15]. Preocupantemente a EPA constatou que a exposição dos trabalhadores ao PFOS estava perigosamente perto daqueles níveis que apresentam efeitos adversos reportados em trabalhos com animais de laboratório, e nos quais a EPA refere-se como tendo uma “margem de exposição” potencialmente inaceitável [16]. O novo estudo com sangue da 3M coloca pela primeira vez algumas crianças no limite observado nas exposições dos trabalhadores. O mesmo é verdade para o PFOA. Junto à fábrica da 3M em Decatur, AL, os níveis de PFOA no sangue dos trabalhadores estava entre 40 e 12.700 ppb em 2000, enquanto o PFOA foi detectado em crianças tão alto quanto 56 ppb [17].  
  • Algumas crianças têm níveis de perfluorcarbonos em seu sangue muito mais altos do que os testes iniciais haviam mostrado. Um estudo piloto de 12 crianças, em 1999, mostrou a concentração máxima de 115 ppb de PFOS  no soro; o novo estudo coloca o máximo em 515 ppb. No estudo de 1999, o PFHS foi detectado num máximo de 100 ppb. No estudo da 3M de 2001, o PFHS foi encontrado sete vezes a mais do que este nível (um máximo de 712 ppb). As crianças nos níveis mais altos de exposição mostram concentrações 48 vezes acima do que aqueles da média infantil.  
  • Os níveis são mais altos nas crianças do que em adultos na população em geral. Dos seis PFCs encontrados nas amostras de sangue no estudo de 2002 da 3M, quatro são detectados em níveis mais altos em crianças do que em adultos (PFHS, PFOSAA, M570 e M556). Níveis de PFHS são notavelmente mais altos em crianças do que em adultos. Em estudos de curto prazo com animais de laboratório, o PFHS causa danos celulares à glândula tiróide e gera disfunção à habilidade das células para comunicação uma com a outra, exatamente porque substâncias como o PFOS e o PFOA, além de outros químicos, degradam-se até o PFOA.  
  • Um dos perfluorcarbonos, o M556, é longe o mais prevalente em crianças na relação com os adultos. A 3M encontrou este químico em cada uma das 598 crianças testadas, mas em menos do que cinco por cento dos adultos testados. O M556 é um produto de degradação intermediário dos químicos do Scotchgard usados na fabricação e proteção de carpetes, assim como o organismo converte os químicos até o PFOS. Este resultado aponta para a possibilidade que as crianças foram expostas a níveis mais altos de Scotchgard do que os adultos, talvez por causa de padrões diferentes de comportamento. Alternativamente, as crianças podem metabolizar estes químicos mais lentamente do que os adultos o que pode conduzir a que as crianças acabem sendo expostas a metabólitos perfluorados por espaços mais longo de tempo [22].  

OS PFCs PODEM PERMANECER POR MAIS TEMPO DE VIDA NOS ORGANISMOS HUMANOS DO QUE SE SUSPEITAVA ANTERIORMENTE.

O estudo do sangue de crianças em 2001 chegou quando a 3M estava também recuando na afirmativa de como estes químicos de longa vida estão no corpo humano. As estimativas da 3M sobre a meia vida do PFOS no corpo humano (o tempo que o corpo humano leva para excretar metade da quantidade deste químico de seus corpos) têm oscilado entre um e nove anos. No estudo de 2002, baseados nos níveis de PFOS no soro de nove ex-empregados de sua fábrica, os cientistas da 3M avaliam que a meia vida na população é de 8,7 anos [2] .

No mesmo grupo de ex-funconários, a 3M há pouco tempo estimou a meia vida em humanos ser de 4,4 anos para o PFOA [2]. A meia vida estimada para humano cresceu assim que a 3M começou a observar a situação de seus trabalhadores mais assiduamente [2, 23] .

Uma peculiaridade dos perfluorcarbonos é que a meia vida no organismo é menos relevante às preocupações de saúde do que é para outros químicos. Os cientistas não conseguem detectar um mecanismo pelo qual o PFOA e outros PFCs finais podem ser degradados no ambiente. Isto significa que cada molécula do PFOA no Planeta está aqui para ficar. As oportunidades para os humanos (e os outros animais) de serem expostos continuamente ao PFOA podem ser indefinidas, mesmo que ele venha a ser banido.  

Referências: 

[1] Environmental Working Group (EWG). 2002. DuPont Hid Teflon Pollution For Decades. Available online at http://www.ewg.org/policymemo/20021113/20021213.php.

[2] Burris, JM., Lundberg, JK., Olsen, G., Simpson, C and Mandel, J (2002). Determination of serum half-lives of several fluorochemicals: Interim Report #2. Study Sponsor: 3M Company, Corporate Occupational Medicine Department, US EPA AR226-1086.

[3] 3M. 2001. TSCA 8(e) supplemental notice for sulfonate-based and carboxycylic-based fluorochemicals -Docket numbers 8EHQ-1180-373; 8EHQ-1180-374; 8EHQ-0381-0394; 8EHQ-05980373. U.S. EPA Administrative Record AR226-1019.

[4] York, RG (2002). Oral (gavage) two-generation (one litter per generation) reproduction study of ammonium perfluorooctanoate (APFO) in rats. Report prepared for 3M, St. Paul, MN by Argus Research (Horsham, PA). Sponsor's Study No. T-6889.6., Reviewed in US EPA AR226-1092.

[5] Taves, DR., Guy, WS and Brey, WS. 1976. Organic fluorocompounds in human plasma: prevalance and characterization. In Biochemistry involving carbon-fluorine bonds. A symposium sponsored by the Division of Fluorine and Biological Chemistry at the 170th meeting of the American Chemical Society. Chicago, IL. August 26, 1975ed. Washington DC, American Chemical Society. Vol.: 117 - 134.

[6] 3M. 1999. Perfluorooctane Sulfonate: current summary of human sera, health and toxicological data. U.S. EPA Administrative Record AR226-0548.

[7] 3M. 2000. Charles Reich, Executive Vice President of Specialty Material Markets for 3M: "It was a complete surprise that it [PFOS] was in the blood bank supplies." The Washington Post, May 17, 2000.

[8] 3M. 2000. Laboratory composite report: analytical reports of data for fluorochemical analysis in human sera. U.S. EPA Administrative Record AR226-0178.

[9] 3M. 2000. Composite analytical laboratory report on the quantitative analysis of fluorochemicals in environmental samples: Report Number FACT GEN-021, GEN-024, GEN-030, GEN-033, LRN-W2491, W2845, W3197, EOO-1386. U.S. EPA Administrative Record AR226-0202.

[10] 3M. 1998. Working memorandum on data quality assessment [of the mean and range of PFOS (ppb) levels in current and historical human populations]. U.S. EPA Administrative Record AR226-0036.

[11] 3M. 1998. TSCA 8(e) supplemental notice: sulfonate-based and carboxycylic-based fluorochemicals -Docket numbers 8EHQ-1180-373; 8EHQ-1180-374; 8EHQ-0381-0394; 8EHQ-05980373. U.S. EPA Administrative Record AR226-0540.

[12] Christian, MS., Hoberman, AM and York, RG. 1999. Oral (gavage) fertility, developmental and perinatal/postnatal reproduction toxicity study of PFOS in rats. Conducted for 3M (St. Paul, MN) by Argus Research Laboratories, Inc. Protocal Number 418-008, Study Number T-6295.9 Reviewed in OECD 11-21-02 Hazard Assessment of Perfluorooctane Sulfonate (PFOS) and its Salts.

[13] Ubel, FA., Sorenson, SD and Roach, DE. 1980. Health status of plant workers exposed to fluorochemicals--a preliminary report. Am Ind Hyg Assoc J 41(8): 584-9.

[14] Gilliland, FD and Mandel, JS. 1996. Serum perfluorooctanoic acid and hepatic enzymes, lipoproteins, and cholesterol: a study of occupationally exposed men. Am J Ind Med 29(5): 560-8. Reviewed in US Environmental Protection Agency Administrative Record AR226-1137 (pages 153-155; PDF page 50-52).

[15] Burris, J., Olsen, GW., Mandel, JH and Schumpert, JC. 1999. Determination of serum flurochemical levels in Sumitomo 3M employees. Final Report. 3M Company, 3M Medical Department, Epidemiology, 220-3W-05, FYI-0500-01378. Reviewed in OECD Hazard Assessment for PFOS.

[16] US EPA (US Environmental Protection Agency). 2000. Email message from Charles Auer (EPA) to OECD. U.S. EPA Administrative Record AR226-0629.

[17] Environmental Protection Agency (EPA). 2002. Revised draft hazard assessment of perfluorooctanoic acid and its salts, November 4, 2002. U.S. EPA Administrative Record AR226-1136.

[18] 3M. 2002. TSCA 8(e) substantial risk notice on: perfluorohexane sulfonate potassium salt (no CAS number). U.S. EPA Administrative Record AR226-1138.

[19] Hu, W., Jones, PD., Upham, BL., Trosko, JE., Lau, C and Giesy, JP. 2002. Inhibition of gap junctional intercellular communication by perfluorinated compounds in rat liver and dolphin kidney epithelial cell lines in vitro and Sprague-Dawley rats in vivo. Toxicol Sci 68(2): 429-36.

[20] DuPont. 2002. The updated copy of DuPont Product Stewardship on December 17, 2001. U.S. EPA Administrative Record AR226-1069.

[21] DuPont Haskell Laboratory. 2002. Results of an oral gavage combined 90-day repeated dose and one-generation reproductive toxicity study in rats for poly (oxy-1,2-ethanediyl) alpha-hydro-omega-hydroxy- ether, with alpha-fluoro- omega (2-hydroxyethyl) poly (difluoromethane) (1:1) (telomer B monoether)(CAS Number 65545-80-4; non-HPV). US Environmental Protection Agency: Toxic Substance Control Act (TSCA) Section 8(e) Submission Received from 10/15/01 thru 12/07/01: 8EHQ-1001-14915. November 5, 2001. Available online at http://www.epa.gov/opptintr/tsca8e/doc/8esub/8e101501.htm.

[22] Olsen, GW., Burris, JM., Lundberg, JK., Hansen, KJ., Mandel, JH and Zobel, LR (2002). Final Report: Identification of fluorochemicals in human sera. III. Pediatric participants in a group A streptococci clinical trial investigation, Study conducted by Corporate Occupational Medicine, Medical Department, 3M Company, 220-3W-05, St. Paul, MN.

[23] Burris, JM., Olsen, G., Simpson, C and Mandel, J (2000). Determination of serum half-lives of several fluorochemicals: Interim Report #1. Study Sponsor: 3M Company, Corporate Occupational Medicine Department, US EPA AR226-0611.

[24] 3M. 2002. Analysis of pooled human sera and plasma and monkey sera for fluorocarbons using exygen method ExM-023-071. Report prepared for 3M, St. Paul, MN by Exygen Research, State College, PA. Sponsor study number E02-1071; Exygen Study Number: 023-082 U.S. EPA Administrative Record AR226-1152.  

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