
Crédito: Kenny Eliason/Unsplash
https://www.ehn.org/toxic-chemicals-in-everyday-products-may-help-explain-rising-rates-of-autism
21 mai 2025
[Nota do Website: Há anos que viemos em nosso website destacando pesquisas e materiais que mostram que essa realidade iria um dia ser explicitada. Infelizmente! Mas, agora que se tem essa situação, o que então os responsáveis, ou seja, todos nós, do presidente da república, aos CEOs das corporações, os responsáveis públicos e privados pelas áreas da saúde e também e definitivamente cada um dos pais e mães que não fizeram, fazem e farão nada, por ignorarem consciente ou inconscientemente esse tema, para preservarmos o futuro de todas as gerações que ainda nem nasceram?].
Os diagnósticos de autismo entre crianças americanas aumentaram quase 70% em quatro anos (nt.: destaque em negrito e itálico dado pela tradução em função da extrema gravidade desta afirmação!), e alguns cientistas dizem que toxinas ambientais, especialmente aquelas encontradas em plásticos, podem desempenhar um papel fundamental.
Steve Curwood e Aynsley O’Neill fazem uma reportagem para o Living on Earth.
Resumidamente:
- O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., ordenou uma investigação sobre as causas do autismo, já que dados recentes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças mostram um aumento significativo nos diagnósticos, que agora afetam uma em cada 31 crianças (nt.: destaque em negrito e itálico dado pela tradução pelo óbvio);
- O pediatra e especialista em saúde ambiental Dr. Philip Landrigan associa o aumento do risco de autismo à exposição precoce a produtos químicos tóxicos como ftalatos e bisfenóis, comumente encontrados em plásticos, especialmente durante a gravidez.
- Estudos científicos têm repetidamente desmascarado alegações relacionadas a vacinas sobre autismo, enquanto crescem as evidências de que a crescente exposição a produtos químicos em alimentos, água e produtos de consumo está contribuindo para distúrbios do neurodesenvolvimento.
Citação chave:
“O mais importante a entender aqui é que as crianças no mundo de hoje estão expostas a milhares de produtos químicos em todos os aspectos do seu ambiente.”
— Philip Landrigan, pediatra e diretor do Programa de Saúde Pública Global e Bem Comum do Boston College
Por que isso é importante:
O transtorno do espectro autista agora afeta mais crianças do que nunca e, embora a conscientização e os diagnósticos aprimorados desempenhem um papel, os fatores ambientais estão cada vez mais sob escrutínio. Cientistas identificaram uma ampla gama de substâncias químicas — especialmente compostos disruptores endócrinos, como ftalatos e bisfenóis — que podem interferir no desenvolvimento do cérebro quando a exposição ocorre no útero ou durante a primeira infância (nt.: sempre estamos insistindo para que se veja o documentário ‘Amanhã, seremos todos cretinos?‘ para se entender como esse tema é mais amplo do que somente a ‘algumas’ moléculas sintéticas). Essas substâncias são onipresentes e sua crescente prevalência coincide com a explosão da produção de plástico em todo o mundo, grande parte impulsionada por interesses em combustíveis fósseis. Embora muitas dessas substâncias químicas nunca tenham sido exaustivamente testadas quanto à segurança, as crianças continuam a enfrentar exposição crônica de baixo nível. As consequências podem se estender além do autismo para problemas de desenvolvimento mais amplos, incluindo QI reduzido, distúrbios comportamentais e dificuldades de aprendizagem (nt.: todos estes aspectos são expostos no documentário acima citado. O que mais surpreende a tradução é o mesmo, bem como as pesquisas dos cientistas citados nele, nunca serem referidos em notícias como essa!).
Cobertura EHN relacionada : Autismo e ftalatos: exposição no útero associada a traços autistas em meninos
Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, maio de 2025