Brasil diminui desigualdade social, aponta relatório da ONU.

O Brasil foi lembrado no novo relatório Pessoas Resilientes, Planeta Resiliente, preparado pelo Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global das Nações Unidas, em razão da queda nos índices de desigualdade. A plataforma, que teve entre seus integrantes a ministra do Meio Ambiente brasileira, Izabella Teixeira, destaca também que o país reduziu o desmatamento e apresentou bons índices de energia limpa.

 

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31/01/2012

 

por Redação Brasil

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Ribeirinhos no Acre. Programa Bolsa Verde recompensa as famílias que ajudam manter a floresta em pé. Foto: Talita Oliveira

O relatório do Painel de Alto Nível é uma preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada em junho, no Brasil, duas décadas depois da Rio-92 (também conhecida como Eco-92 ou Cúpula da Terra).

Enquanto a desigualdade entre ricos e pobres aumentou na maioria dos países, o Brasil, junto com a Turquia, foi lembrado pelas Nações Unidas como país que seguiu caminhos contrários a essa tendência nos últimos dez anos.

A nação, assim como a Indonésia, também foi elogiada pela “redução substancial” dos índices de perdas de vegetação. Quanto a energia, a ONU observou o rápido progresso de fontes renováveis no Brasil, que corresponde a mais de 80% de sua fonte de energia.

O relatório ressalta que o Brasil, por meio do programa federal Bolsa Verde, planeja beneficiar cerca de 73 mil famílias de extrema pobreza que se comprometem com a conservação ambiental. A iniciativa inclui pagamentos trimestrais, capacitação de manejo florestal e está inserida no Plano Brasil Sem Miséria.

Alguns dos dados mundiais preocupantes do relatório são: a inflação nos preços dos alimentos; o aumento em 20 milhões de pessoas que passam fome; o desmatamento médio anual de 5,2 milhões de hectares no mundo; e o crescimento de 38% da emissão anual de gás carbônico entre 1990 e 2009. Além disso, 884 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água e 2,6 bilhões estão sem serviços de saneamento básico.

Copresidido pelo presidente finlandês Tarja Halonen e pelo presidente sul-africano Jacob Zuma, o Painel lançou seu relatório final com 56 recomendações para colocar em prática o desenvolvimento sustentável e integrá-lo às políticas econômicas o mais rápido possível.

Entre os 22 membros do Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global estão chefes e ex-chefes de Estado, ministros e representantes do setor privado e da sociedade civil.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ao receber o relatório do Painel, reforçou que o desenvolvimento sustentável é uma prioridade para seu segundo mandato. “Precisamos traçar um novo rumo, mais sustentável para o futuro, que fortalece a igualdade e o crescimento econômico ao mesmo tempo em que protege o nosso planeta”.

* Publicado originalmente no site da ONU Brasil e retirado do site EcoD.