Cidade do Teflon: Um Legado Tóxico

A fabricação de quaisquer produtos com teflon sempre irá contaminar as águas e com isso a saúde de todos. Imagine-se o que gera o contato da molécula do teflon das panelas e outros, com o alimento que comemos?

 

https://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2017/12/12/pfoa-contaminate-residents-soil-water-supplies.aspx

 

Resumo da história

  • As emissões tóxicas da indústria ChemFab, fábrica que fazia tecidos de fibra de vidro cobertos com Teflon, poluíram a água potável  e o solo na cidade de North Bennington, Vermont/USA, com o ácido perfluoroctanoico/PFOA (nt.: para conhecimento deste material colocamos esta foto abaixo);

Pvc E Teflon

(nt.: cobertura feita de PVC e Teflon)

  • Em média, os habitantes Vermont (nt.: considerado o estado menos habitado e mais rural dos EUA) têm níveis de PFOA no sangue de 10 microgramas por litro. Entre os residentes da cidade de Bennington, vivendo em áreas contaminadas, os níveis que foram detectados no sangue são de 1.125 microgramas por litro; centenas de poços privados da mesma área também foram contaminados (nt.: anexamos esta imagem abaixo para mostrar o ponto que atingiu o tema. Imaginemos as cidades do Brasil e do RS onde se fabrica artigos com Teflon, como devem estar as águas?);

Pfoa Survey New Hoosick Falls 082917jpg

  • Residentes em Belmont, Michigan, estão enfrentando a contaminação das águas, já que a área é um local de um antigo depósito de lixo da corporação Wolverine World Wide (nt.: ver as marcas de seus artigos – http://www.wolverineworldwide.com/), fábrica de sapatos que usava produtos da corporação química 3M que contêm PFOS, marca comercial Scotchgard, impermeabilizante empregado para deixar o couro à prova d’água;
  • A exposição ao PFOA e aos químicos similares (nt.: … todos da mesma família do FLÚOR) está conectada a problemas de desenvolvimento fetal e infantil, cânceres, danos ao fígado, efeitos imunológicos, problemas na tiroide muito outros.

 

By Dr. Mercola

No final dos anos 60s, a corporação ChemFab/Chemical Fabrics Corporation, abriu uma fábrica na localidade de North Bennington, no estado de Vermont. Ela confeccionaria tecidos de fibra de vidro cobertos com Teflon, um tipo de material usado em correias transportadoras, coberturas para estádios e arenas de esportes bem como para estruturas similares para exposições, feiras e locais com presença de público. Veio com a promessa de que “não haveria absolutamente nenhum poluente” que fosse gerado pela fábrica. A companhia desfrutou de um explosivo crescimento por décadas, tendo levando inclusive sua sede administrativa para a cidade de Merrimack, próximo a Boston, no estado de New Hampshire. Para se ter ideia, arrecadou em seu movimentou em vendas, no ano de 2000, $126 milhões de dólares. 1

No entanto, naquele mesmo ano, a ChemFab foi vendida para outra corporação, de origem francesa, Saint-Gobain Performance Plastics (nt.: ver – https://www.plastics.saint-gobain.com/). Após a compra, encerra as atividades da fábrica do estado de Vermont.

Infelizmente, sua herança tóxica permanecerá e continuará por tempo indeterminado, envenenando as pessoas que vivem até os dias atuais, nesta região, de acordo com investigação conjunta entre as mídias estadual VT Digger (nt.: ver – https://vtdigger.org/) e local Bennington Banner.

Aqueles que viviam na região da fábrica sabiam muito bem o que ela era. Alguns deles até trabalhavam dentro de suas paredes ou moravam a poucos passos de suas chaminés.

 

 

Abaixo estão as partes feitas pela mídia VTDigger e que mostram em cinco parte o que acontece e aconteceu no estado de Vermont.

Série divulgada em 27 de agosto de 2017:

Mostra uma fábrica que se instala em uma bucólica cidade do estado de Vermont, norte dos EUA, na fronteira do Canadá, que se tornou famosa por seus tecidos revolucionários. Agora, no entanto, sua trágica fama é mais bem conhecida pela poluição que gerou sobre toda a terra da cidade com a substância tóxica que se faz o “Teflon” e outros tipos de produtos de consumo, o químico PFOA.

https://vtdigger.org/investigations/teflon-town-part-1/

https://vtdigger.org/investigations/teflon-town-part-2/

https://vtdigger.org/investigations/teflon-town-part-3/

https://vtdigger.org/investigations/teflon-town-part-4/

https://vtdigger.org/investigations/teflon-town-part-5/

Residente e antigo trabalhador da fábrica, David Barber, disse à VT Digger que costumava coletar o Teflon líquido, de um tambor de quase 100 litros, com um antigo galão de leite, usado como concha, pescando-o da sopa tóxica com seu braço nu, caso o produto estivesse muito fundo no tambor. As mídias assim reportam:2

“Havia reclamações dos vizinhos da fábrica sobre os gases e as fumaças, e ele [Barber] disse, ‘mas nem sempre era ruim; era imprevisível. Eu sei que, à noite, passamos por muitos perrengues porque a fumaça que eles geravam era terrível. Faziam assim porque não queriam que os vizinhos reclamassem já que se via a fumaça saindo das chaminés’.

O odor parecia sempre o mesmo, independente do tecido que era feito, e assim ele disse. ‘Era só um cheiro muito desagradável e tudo era como se a fumaça gerasse um nevoeiro, uma névoa azul… Todos nós ficávamos embaixo dos dutos de ar fresco — eles bombeavam o ar fresco de fora para perto de cada máquina’.”

Altos Níveis de PFOA Contaminam Área Residencial, o Solo e o Abastecimento d’Água

O ácido perfluoroctanoide (perfluorooctanoic acid/PFOA) é um dos químicos mais altamente tóxico usado na produção destes tecidos cobertos com Teflon (ele aglutina o Teflon ao tecido). Em média, os residentes do estado de Vermont têm níveis de PFOA no sangue de 10 microgramas por litro. Entre os moradores da localidade de Bennington, que vivem nas áreas contaminadas, foram detectados níveis no sangue de 1.125 microgramas por litro. Centenas de poços d’água na área também foram contaminados, em alguns foram detectadas, mais de 2.000 partes por trilhão/ppt de PFOA na água.

Para comparar, o nível de recomendação quanto a efeitos sobre a saúde estipulado pela U.S. Environmental Protection Agency/EPA (nt.: Agência de Proteção Ambiental dos EUA) para as substâncias fluoradas PFOA e similar da mesma família, o ácido perfluoroctanossulfônico/PFOS (nt.: em inglês – perfluorooctanesulfonic acid/PFOS), em água potável é de 70 partes por trilhão/ppt. Já para alguns grupos ambientalistas esse nível ainda está muito alto. Para o estado de Vermont este limite oficial de contaminação com PFOA em água potável está estabelecido em 20 partes por trilhão. Conforme afirma a EPA3

“[E]studos indicam que exposição tanto ao PFOA como ao PFOS, acima de certos níveis, pode resultar em efeitos adversos à saúde, incluindo o desenvolvimento fetal durante a gravidez ou aos nenês lactentes (por exemplo, baixo peso ao nascer, puberdade acelerada, variações esqueléticas), câncer (testicular, rins), sobre o fígado (danos aos tecidos), sobre o sistema imunológico (por exemplo, produção antibiótica e imunidade), sobre a glândula tiroide e ainda outros efeitos (como alterações no colesterol).”

A mídia VT Digger reportou o caso de Jenny Kelly, residente de North Bennington, onde no poço d’água foram detectadas concentrações de PFOA de 3.500 partes por trilhão/ppt. Ela e sua família beberam desta água por seis anos até descobrirem esta contaminação. Kelly sofre de hipertireoidismo (hyperthyroidism) e acredita ser devido a água contaminada. De acordo com a VT Digger4

“Ao contrário de outros locais poluídos pelo país aonde os danos ambientais vieram de derramamentos de líquidos, os tóxicos em North Bennington foram oriundos da exaustão das chaminés instaladas no solo, próximas da fábrica, e se disseminaram com a água da chuva através dos solos, para os lençóis freáticos subterrâneos.

Acredita-se que a maioria do material tóxico tenha sido depositado sobre uma pequena área a leste da fábrica — onde Kelly e dezenas de outras moradias estivessem localizadas — em razão dos ventos predominantes, de acordo com os mapas presentes no relatório da Saint-Gobain Performance Plastics encomendado neste ano.

… Um engenheiro, Dave Hassel, que por décadas trabalhou numa fábrica similar à ChemFab no estado de New York, estima que esta fábrica em North Bennington liberou em torno de 6 toneladas de PFOA nos 25 anos que operou. Em razão das ligações químicas entre flúor-carbono que constituem o PFOA, formarem os compostos mais poderosos e persistentes, o PFOA disperso pelas correntes de ar, num raio além de vários quilômetros  da fábrica, ainda não foi, por isso, decomposto.

Em vez disso, este químico, que é tóxico em diminutas quantidades, deve ter migrado, muitas das vezes para os aquíferos subterrâneos. Hassel diz que estas seis toneladas representam suficiente PFOA para poluir o valor de 10 Lake Champlain (nt.: lago que fica entre os estados de New York e Vermont, chegando à fronteira do Canadá, tem 1.300 km2…. a Lagoa do Patos, no sul do Brasil, tem 10 mil km2, ou seja, equivaleria a área da comparação que o engenheiro faz) como manancial hídrico para consumo, numa concentração acima do limite do estado que é de 20 partes por trilhão.”

 

Autoridades Locais Permitiram que a Fábrica ChemFab Continuasse a Poluir

Residentes da área apresentaram centenas de reclamações sobre o odor de “plástico sujo” para as autoridades locais, mas enquanto os fiscais estaduais requeriam que a fábrica ChemFab realizasse testes sobre suas emissões dos químicos tóxicos, a corporação ignorava e nunca fez. E mesmo quando as violações das emissões foram registradas, apenas uma ação de execução foi tomada de 1984 a 2002.  “Em vez de exigirem que a ChemFab cumprisse as normas ambientais, as autoridades buscavam uma aproximação conciliatória e repetidamente permitiam que a companhia violasse os padrões de emissões, sem nenhuma penalização,” reportou a VT Digger, continuando: 5

“Os executivos da ChemFab distorciam os padrões de controle de poluição em outros estados e pressionavam os fiscalizadores do estado de Vermont para relaxarem os padrões de qualidade do ar manipulando com o uso de falsas declarações. Por exemplo, a companhia dizia que no estado de New Hampshire permitiam aos concorrentes e a outras plantas industriais da ChemFab, que operassem sem quaisquer equipamentos de controle de poluição em algumas das chaminés. Como resposta a esta pressão vinda da corporação, as autoridades de Vermont concederam à ela isenção de impostos e desistiram das normas de qualidade do ar.”

Os moradores não só se preocuparam quanto à sua saúde, em longo prazo, mas também com seu futuro financeiro. Além da possibilidade de serem abarcados pelos custos de cuidado com a saúde pelos problemas relacionados com o PFOA, os valores de suas propriedades tiveram um impacto, a água dos mananciais subterrâneos e os solos contaminados podiam impedi-los de terem a possibilidade de venda de suas casas. Muitos acreditam que seus problemas haviam terminado quando a fábrica foi inicialmente fechada e a fabricação deixou a cidade. No entanto, somente muito mais tarde se deram conta de que a contaminação poderia persistir por muito tempo depois de a companhia ter fechado seus portões.

É difícil comprovar que os efeitos sobre a saúde estão relacionados às exposições químicas, mesmo no caso do POFA. No entanto, isso já não é inédito. O PFOA é objeto hoje, pelo menos, de 3.500 ações judiciais contra a DuPont, que vem empregando esta molécula, o PFOA, por décadas, para fazer o Teflon. Uma mulher que desenvolveu câncer de rins depois de ingerir água contaminada por esta molécula, foi indenizada com $1.6 milhões de dólares por seus danos. 6

Neste momento, a corporação, de origem francesa, Saint-Gobain, está em negociações com o estado de Vermont para fornecer fontes alternativas de água potável para os moradores afetados.

“No final de julho [de 2017], as autoridades anunciaram um acordo parcial com a transnacional, que concordou financiar $20 milhões de dólares em extensões da rede municipal de água para, mais ou menos, 200 propriedades no setor oeste da zona conflagrada. Novas negociações e testes ambientais continuam no setor leste da área… e o estado espera ter um acordo similar para aquelas propriedades no início do ano de 2018”, observou a mídia VT Digger7

Fontes Particulares do estado vizinho de Michigan Também Estão Contaminadas por PFOA e PFOS

Contaminação de polifluoralquil ou químicos perfluoralquil (PFASs), onde estão incluídos tanto o PFOA como o  PFOS, podem ser encontrados em todos os Estados Unidos/EUA, incluindo em Belmont, Michigan. A área é o local de uma antigo lixão da Wolverine World Wide, uma companhia de sapatos (fabricante dos renomados e afamados sapatos da marca ‘Hush Puppies‘, entre outras) que usava para impermeabilizar o couro dos sapatos, o produto Scotchgard da corporação 3M que também contém o PFOS.

Sapatos Hush Puppies

(nt.: colocamos esta imagem para guardarmos que é este tipo de sapato ‘fashion‘ e ‘casual‘ que está acabando com nossa saúde!!)

 

Como em Vermont, as fontes d’água desta área foram testadas positivamente quanto a estes químicos tóxicos, incluindo um cerca de 400 vezes o nível recomendado pela EPA — 4.600 partes por trilhão/ppt para PFOA e 23.000 partes por trilhão para o PFOS.

“Com 27.600 ppt, a fonte tinha a mais alta concentração combinada de PFOS e PFOA que os toxicologistas dos Michigan Department of Health and Human Services jamais haviam visto antes em um poço d’água potável,” reportou o canal de notícias MLive 8 .” ‘Está fora da escala,’ disse David O’Donnell, supervisor da divisão de remediação junto ao escritório do  DEQ [Department of Environmental Quality] na cidade de Grand Rapids. ‘Esperamos que este seja um ponto fora da curva’.”

Será isso verdade? No entanto, como permanece sendo visto ainda não se sabe já que nem todos os poços foram analisados e as investigações somente estão nos primeiros estágios no local exato onde se localiza o lixão. E pior, o solo desta área é de onde os fluxos do lençol freático subterrâneo correm para muitas direções. Significa que poderá levar meses ou anos até se possa conhecer a completa extensão da contaminação. Juntamente com o PFOS e o PFOA, mais de 20 outras substâncias químicas fluoradas adicionais também foram encontradas nesta área, incluindo o químico que se usa como substituto ao PFOS, o perfluorbutano sulfonado (perfluorobutane sulfonate/PFBS).

Por agora, os moradores de Belmont/MI estão experimentando muitos dos mesmos sentimentos que vivem os moradores de North Bennington. Incluem o medo e a frustração de que possivelmente venham bebendo água pesadamente contaminada, por décadas. A companhia Wolverine, enquanto isso, juntamente com o setor público/DEQ, vem distribuindo água engarrafada, cartões de compras em supermercados e filtros para águas subterrâneas para os moradores afetados — um gesto que além de ser muito pequeno, é muito tardio.

Milhões de Norte Americanos Estão Bebendo Água Contaminada por PFASs (nt.: polyfluoroalkyl substances – substâncias perfluoralquil)

Mesmo se não morássemos nem perto de uma fábrica deste tipo de químico conhecido por ser venenoso como de lixões destas empresas, existe a chance de nossa água estar contaminada com estes venenos onipresentes e altamente tóxicos. De acordo com um estudo de 2016 da Universidade de Harvard, foram detectados níveis de, pelo menos, um tipo de PFAS na água potável (PFAS in their drinking water) em 16,5 milhões de norte americanos e em torno de seis milhões estão ingerindo água potável que contém PFAS tanto no nível de segurança da EPA como até acima dele. 9

Enquanto se detectou que o fornecimento de água encanada está envenenada (toxic water supplies) em 33 estados, 75% das amostras com elevada quantidade de PFAS se originam de 13 estados: Califórnia, New Jersey, North Carolina, Alabama, Florida, Pennsylvania, Ohio, New York, Georgia, Minnesota, Arizona, Massachusetts e Illinois. Não surpreende que os níveis de concentração mais altas de PFAS tenham sido detectados em bacias hidrográficas próximas a distritos industriais, áreas de treinamento de tiro militar e em áreas de estações de tratamento de esgoto. Poços privados também foram reconhecidos como contaminados.

Quanto aos riscos à saúde, aqueles relacionados aos PFASs continuam a crescer. Em maio de 2015, mais que 200 cientistas de 40 países assinaram a Declaração de Madrid, que adverte sobre os perigos dos químicos da família dos PFASs e documentam os efeitos potenciais à saúde por sua exposição: 10

Toxicidade sobre o fígado Disfunção do metabolismo dos lipídios e dos sistemas imune e endócrino
Efeitos adversos neuro comportamentais Toxicidade e morte do neonatal
 

Tumores em múltiplos sistemas orgânicos

Cânceres testicular e dos rins
 

Mal funcionamento do fígado

Hipotireoidismo
 

Alto colesterol

Colite ulcerativa
 

Redução do peso e tamanho do recém-nascido

Obesidade (obesity)
 

Decréscimo de resposta imune a vacinas

Níveis reduzidos dos níveis de hormônios e atraso na puberdade

 

Filtrarmos Nossa Água de Beber dos Químicos PFASs e Evitarmos Exposições Adicionais

A existência de químicos como os PFASs, que não têm gosto nem cheiro, em água potável é a razão do por que eu recomendo efetivamente que todos nós filtremos nossa água que bebemos. No entanto, devemos ter cuidado já que a maioria dos filtros d’água disponíveis em supermercados não irão remover os PFASs. Necessitamos realmente uma filtragem com sistema de carvão ativado de alta qualidade que faça isso.

Para estamos certos de que estaremos acessando água da mais pureza que se possa ter, devemos filtrar a água tanto no ponto de entrada como no ponto de uso. Isso significa que filtraremos toda a água que entra e que venha para dentro de nossa casa (filtering all the water that comes into the house). Ainda filtrar novamente tanto para a cozinha como para o chuveiro.

O New Jersey Drinking Water Quality Institute recomenda usar carvão ativado granulado “ou uma tecnologia igualmente eficiente” para remover os químicos PFCs como o PFOA e o  PFOS de nossa água de beber. 11 O carvão ativado vem demonstrando remover mais que 90% destes químicos. Se soubermos ou suspeitarmos de que estamos sendo regularmente expostos aos PFASs via nossa água de beber, sejamos sábios se não só para implementarmos esta filtragem e as recomendações para limitarmos nossas futuras exposições tóxicas, como também considerarmos fazer um programa de desintoxicação (detox program).

Além disso, todos estarão bem servidos se seguirem as recomendações da Declaração de Madrid para se evitar produtos que contenham ou que em sua fabricação sejam empregados os PFASs. Sempre ter presente que inclui a maioria de tudo o que é considerado antiaderente, resistente a manchas e de ser à prova d’água. Mais dicas úteis podem ser encontradas no ‘Guia de Rejeição aos PFCs’ da ONG EWG (Environmental Working Group’s/EWG – Guide to Avoiding PFCS). 12 Recusar então:

 

Itens que tenham sido pré-tratados com produtos contra manchas optando por outros tratamentos quando for comprar móveis ou carpetes.

Roupas que sejam resistentes ou repelentes à água ou manchas. Uma dica é quando algum item feito com fibra artificial é descrito como “respirável.” Estes são tipicamente tratados com politetrafluoretileno (PTFE), um polímero de flúor artificial.

Itens tratados com retardadores de chama (flame retardant chemicals), que inclui uma ampla variedade de artigos para nenês, móveis acolchoados, colchões e travesseiros. Em vez disso, optar por materiais menos inflamáveis como o couro, a lã e o algodão.

Fast food e ‘marmitex’, já que as embalagens são tratadas efetivamente com PFCs.

Pipoca de micro-ondas (microwave popcorn). O PFOA pode não só estar presente na película interna das embalagens de pipoca, como também pode migrar dela para o óleo que está impregnando a embalagem, durante o aquecimento. Em vez disso, comer pipocas de panela como no sistema “old-fashioned” – “pipoca no velho estilo”.

Panela antiaderente (nonstick cookware) e outros utensílios de cozinha com este tipo de tratamento. Opções saudáveis incluem panelas de cerâmica e de ferro esmaltadas, ambas são duráveis, fáceis de limpar e completamente inertes, o que significa que não liberarão nenhum químico em nossas casas.

Fio dental da marca ‘Oral-B’ e quaisquer outros produtos de higiene pessoal que contenham PTFE ou ingrediente de “flúor” ou “perfluorado”.

Fontes e Referências

 

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, janeiro de 2018